sábado, 29 de junho de 2013

Parlamento italiano confirma compra de 90 caças JSF



A Itália pretende adquirir 60 jatos F-35A e 30 F-35B (foto acima). (Foto: Lockheed Martin)

O plano da Itália para compra de 90 jatos de combate Joint Strike Fighters (JSFs) sobreviveu a uma rebelião dos parlamentares italianos que buscaram interromper o programa.

Depois que uma moção foi apresentada pela oposição ao programa na quarta-feira, um movimento para aprovação acabou sendo votado autorizando os pedidos existentes, mas com um voto parlamentar sendo necessário para novas compras.

A oposição ao JSF tem se apoiado sobre o aumento dos custos do programa enquanto o país pretende reduzir os gastos do governo – particularmente desde as eleições parlamentares de fevereiro, que viu um afluxo de apoiadores do ex-comediante Beppe Grillo.

Os apoiadores de Grillo – aliado com os membros da ala esquerda do partido SEL e uma série de membros do centro-esquerda Partido Democrata – apresentou a moção para interromper o programa, mas foi rejeitada, 378-178.

Os líderes do Partido Democrata e o partido de centro-direita Pessoas da Liberdade, que formam a espinha dorsal de um governo de coalizão, então criaram uma moção que vou levada ao parlamento para que fossem votadas todas as compras do jato de combate JSF – o que pode ter pouco significado já que a Itália dificilmente vai encomendar mais do que os 90 jatos já autorizados.

Essa moção foi aprovada, 381-149.

O Partido Democrata, que fez campanha com promessas de reduzir os gastos do JSF, apresentou a sua própria moção pedindo um voto em todas as compras – incluindo nos 90 caças já previstos – mas o texto da moção foi então mudado para “novas compras”, após consultas com o partido Pessoas da Liberdade.

Após a votação, o Partido Democrata foi criticado como “hipócrita” por apoiadores de Grillo.

O ministro da Defesa Mario Mauro, disse nesta quarta-feira: “Para amar a paz você precisa armar a paz, e o JSF atende a esse requisito.”

A encomenda do JSF pela Itália foi previamente cortada de 131 jatos para 90 para atender restrições orçamentárias. No atual plano, serão 60 unidades da versão de decolagem e pouso convencionais F-35A para Força Aérea Italiana e mais 30 da versão de decolagem curta/pouso vertical (STVOL) para Marinha Italiana.

Fonte: Defensenews – Tradução e Adaptação do Texto: Cavok

Cai a mascara dos Jornalistas brasileiros que são "espiões" dos EUA


Novos documentos vazados pela organização WikiLeaks trazem à tona detalhes e provas da estreita relação do USA com o monopólio dos meios de comunicação no Brasil semicolonial.
Um despacho diplomático de 2005, por exemplo, assinado pelo então cônsul de São Paulo, Patrick Dennis Duddy, narra o encontro em Porto Alegre do então embaixador John Danilovich com representantes do grupo RBS, descrito como “o maior grupo regional de comunicação da América Latina“, ligado às organizações Globo.
O encontro é descrito como “um almoço ‘off the record’ [cujo teor da conversa não pode ser divulgado], e uma nota complementar do despacho diz: “Nós temos tradicionalmente tido acesso e relações excelentes com o grupo”.

Outro despacho diplomático datado de 2005 descreve um encontro entre Danilovich e Abraham Goldstein, líder judeu de São Paulo, no qual a conversa girou em torno de uma campanha de imprensa pró-sionista no monopólio da imprensa no Brasil que antecedesse a Cúpula América do Sul-Países Árabes daquele ano, no que o jornalão O Estado de S.Paulo se prontificou a ajudar, prometendo uma cobertura “positiva” para Israel.

Os documentos revelados pelo WikiLeaks mostram ainda que nomes proeminentes do monopólio da imprensa são sistematicamente convocados por diplomatas ianques para lhes passar informações sobre a política partidária e o cenário econômico da semicolônia ou para ouvir recomendações.
Um deles é o jornalista William Waack, apresentador de telejornais e de programas de entrevistas das Organizações Globo. Os despachos diplomáticos enviados a Washington pelas representações consulares ianques no Brasil citam três encontros de Waack com emissários da administração do USA. O primeiro deles foi em abril de 2008 (junto com outros jornalistas) com o almirante Philip Cullom, que estava no Brasil para acompanhar exercícios conjuntos entre as marinhas do USA, do Brasil e da Argentina.
O segundo encontro aconteceu em 2009, quando Waack foi chamado para dar informações sobre as conformações das facções partidárias visando o processo eleitoral de 2010. O terceiro foi em 2010, com o atual embaixador ianque, Thomas Shannon, quando o jornalista novamente abasteceu os ianques com informações detalhadas sobre os então candidatos a gerente da semicolônia Brasil.
Outro nome proeminente muito requisitado pelos ianques é do jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva, d’A Folha de S.Paulo. Os documentos revelados pelo WikiLeaks dão conta de quatro participações do jornalista (ou “ex-jornalista e consultor político”, como é descrito) em reuniões de brasileiros com representantes da administração ianque: um membro do Departamento de Estado, um senador, o cônsul-geral no Brasil e um secretário para assuntos do hemisfério ocidental. Na pauta, o repasse de informações sobre os partidos eleitoreiros no Brasil e sobre a exploração de petróleo na camada pré-sal.





Fernando Rodrigues, repórter especial de política da Folha de S.Paulo, chegou a dar explicações aos ianques sobre o funcionamento do Tribunal de Contas da União.
Outro assunto que veio à tona com documentos revelados pelo WikiLeaks são os interesses do imperialismo ianque no estado brasileiro do Piauí.
Um documento datado de 2 de fevereiro de 2010 mostra que representantes do USA participaram de uma conferência organizada pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT), na capital Teresina, a fim de requisitar a implementação de obras de infra-estrutura que poderiam favorecer a exploração pelos monopólios ianques das imensas riquezas em matérias-primas do segundo estado mais pobre do Nordeste.

A representante do WikiLeaks no Brasil, a jornalista Natália Viana, adiantou que a organização divulgará em breve milhares de documentos inéditos da diplomacia ianque sobre o Brasil produzidos durante o gerenciamento Lula, incluindo alguns que desnudam a estreita relação do USA com o treinamento do aparato repressivo do velho Estado brasileiro. A ver.

Centro de Tecnologia de Helicópteros começa a sair do papel no Sul de MG

O projeto de instalação do Centro Nacional de Tecnologia de Helicópteros em Itajubá, no Sul de Minas, começa a sair do papel para reforçar a estratégia do governo mineiro de implantar no estado um complexo aeroespacial. A elaboração do projeto executivo, com investimentos de R$ 6 milhões, será feita em parceria pelo ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovação e de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) e a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig).

O governo de Minas vai arcar com R$ 4 milhões e o federal com R$ 2 milhões e a previsão é de que em um ano o projeto esteja finalizado. “Teremos a nacionalização da produção do nosso primeiro helicóptero. O centro vai ser responsável por absorver essa tecnologia e ampliar as pesquisas sobre a indústrias de asas rotativas em Minas”, afirmou o secretário de Ciência e Tecnologia, Nárcio Rodrigues.

FONTE: O Estado de Minas, via Notimp


EUA deporta filipino por tentar contrabandear peças de F-5 para o Irã


Partes de outras aeronaves, como F-4 e C-130, também seriam compradas para essa exportação ilegal, conforme investigação


Autoridades da Imigração dos Estados Unidos deportaram um cidadão filipino por seu papel numa tentativa de exportação ilegal de partes de aeronaves para o Irã. A informação foi dada na quarta-feira, 26 de junho, pela porta-voz do serviço de Imigração, Virginia Kice.

Segundo a porta-voz, o filipino Alfredo Guerrero Esparito, de 41 anos de idade, conspirou para a compra de partes de aeronaves F-5, F-4, C-130, entre outras, destinadas ao Irã.


A conspiração foi descoberta por uma investigação sigilosa em depósito aeronáutico da Flórida (Southward Aviation Supplies). O homem foi preso em janeiro de 2012 e passou 18 meses cumprindo sentença em prisão federal.

A demanda por peças dessas aeronaves no Irã existe porque a Força Aérea daquele país possui diversos aviões de origem americana, comprados ou transferidos a partir dos Estados Unidos quando os países eram aliados, antes da Revolução Islâmica de 1979, quando as relações diplomáticas cessaram. Há embargos para prevenir que o Irã consiga peças para essas aeronaves de forma legal.


FONTE: Associated Press, via Mercury News (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)


sexta-feira, 28 de junho de 2013

Quatro anos após golpe, Honduras sofre com altos índices de violência e impunidade

Durante esse período, país se fundiu em uma complexa crise política, econômica, social e de segurança, sem precedentes
Já se passaram quatro anos desde aquela manhã de 28 de junho de 2009, quando um grande contingente de militares atacou, disparando, a residência do presidente constitucional de Honduras, Manuel Zelaya. Ele foi forçado a embarcar em um avião e a abandonar de pijamas o país rumo à vizinha Costa Rica, não sem antes fazer uma “escala técnica” em Palmerola, a maior base militar norte-americana da América Central.

Leia especial completo:

Giorgio Trucchi/Opera Mundi
Pixação em rua de Tegucigalpa, quatro anos após golpe de Estado em Manuel Zelaya: "Honduras não se vende, se defende"

Durante esse período, Honduras se fundiu em uma crise política, econômica, social e de segurança sem precedentes, com um aumento acentuado dos níveis de pobreza, uma crescente militarização da sociedade e um acelerado desmoronamento das instituições e dos poderes do Estado.

Enquanto isso, os grupos de poder emergentes e aqueles que orquestraram a executaram o golpe começaram uma luta interna para se reacomodar e conquistar espaços, tendo em vista o iminente processo eleitoral de novembro próximo.

Um processo eleitoral que, pela primeira vez em mais de 100 anos, será caracterizado pela ruptura do bipartidarismo clássico, cuja crise se acelerou por causa da criação e participação de um movimento de base amplo e multifacetado e de uma força politica nova e pujante, cujas raízes estão profundamente enterradas na luta contra o golpe de Estado.

Neste sentido, o povo hondurenho se debate entre a crise estrutural da sociedade, agigantada hoje pelos efeitos nefastos que a ruptura da ordem constitucional deixou, e a luta de resistência política e social organizada, que gera esperança para o futuro.

Reportagem da TeleSur no dia do golpe em Honduras: 


“Foram 4 anos caracterizados pelo aprofundamento do processo de fissura institucional do Estado, tanto em termos de segurança, educação, saúde e serviços básicos, como em termos de crise profunda da política e da justiça”, disse a Opera Mundi o sociólogo e analista político Eugenio Sosa.

Violência e impunidade

De acordo com dados da UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, por sua sigla em inglês), Honduras teve em 2012 a maior taxa de homicídios do mundo (86 para cada 100 mil habitantes), ou seja, quase 10 vezes a média mundial de 8,8 homicídios. A OMS (Organização Mundial da Saúde) qualifica como uma “epidemia” a taxa que supera 10 homicídios para cada 100 mil habitantes.


O Observatório da Violência da UNAH (Universidade Nacional Autônoma de Honduras) calcula uma média de quase 20 pessoas assassinadas por dia durante esse mesmo ano. O Ministério Público reconhece que somente 20 de cada 100 casos de assassinato são investigados e é infinitamente baixa a quantidade dos que são levados a juízo e terminam em uma condenação.

Em abril do ano passado, o Congresso Nacional nomeou uma Comissão Interventora do Ministério Público, com o objetivo, entre outros, de realizar um diagnóstico integral da instituição e desenvolver e implementar uma avaliação e depuração de todas as suas estruturas. Como resultado do diagnóstico, a comissão iria proceder em contratar, nomear, substituir, rotar e desfazer-se de funcionários do MP.

Giorgio Trucchi/Opera Mundi
A nomeação dessa comissão foi criticada e até tachada de ilegal pela forma que foi levada a cabo, mas seus membros seguem investigando e conseguiram uma prorrogação de seu mandato inicial de 60 dias.

[Félix Molina, jornalista hondurenho]

“No país, a impunidade é total e o sistema judiciário funciona bem somente para os algozes, para os que cometeram o golpe, enquanto está absolutamente contra suas vítimas”, garante o jornalista e comunicador social Félix Molina.

Segundo ele, durante esses quatros anos não existiram sentenças exemplares que reivindiquem moralmente as vítimas. “Não há uma justiça percebida, e quando a cidadania não percebe a justiça, também tem dificuldade para perceber o Estado”, diz.

Quando se fala de violência e impunidade, é emblemático o caso da região do Bajo Aguán, no nordeste do país. Ali, o conflito agrário que se originou pela expansão da monocultura de palmeira africana e pela falta de acesso à terra para milhares de famílias camponesas, deixou um saldo de nada menos que 60 camponeses organizados assassinados depois do golpe. “Até hoje, nenhum destes casos foi investigado, nem os responsáveis foram levados à justiça. A impunidade é total”, aponta Bertha Oliva, coordenadora do COFADEH (Comitê de Familiares de Detidos Desaparecidos em Honduras).

Durante dois meses, a Comissão Interventora do MP investigou todos os atos realizados por qualquer membro da instituição, e depois de várias mudanças internas, rodízios de pessoas e da não renovação de contratos, apresentou um relatório preliminar no Congresso Nacional. Neste relatório, os integrantes da comissão notaram as graves anomalias cometidas pelas autoridades do MP e empreenderam os primeiros passos para acusar de abuso de autoridade e violação a deveres públicos o procurador-geral Luis Rubí e o procurador-adjunto, Roy Urtecho.

Como consequência imediata deste relatório, a Comissão de Segurança do Congresso Nacional recomendou ontem (25/6) o afastamento de ambos os funcionários de seus cargos por meio de juízo público. Em seu relatório preliminar, a Comissão do Congresso assinala que os fiscais cometeram “incumprimento grave de suas funções, atribuições e obrigações”, e que não exerceram ação penal pública em diversos casos “causando com isso uma grave impunidade em prejuízo da população.”

Giorgio Trucchi/Opera Mundi
Oliva, coordenadora do COFADEH (Comitê de Familiares de Detidos Desaparecidos em Honduras): "impunidade é total"

Além disso, a Comissão do Congresso recomendou ao plenário “iniciar rapidamente a discussão de uma nova lei orgânica do Ministério Público, que permita à instituição cumprir com as suas funções e atribuições e a também com a legislação nacional”. Diante da forte pressão gerada nos últimos meses, na noite deste 25 de junho, Luis Rubí e Roy Urtecho renunciaram.

Ainda assim, a ex-diretora de Assuntos Internos da Policia Nacional, Maria Luisa Borjas, assegura a Opera Mundi que a grave crise dessa instituição e do conjunto de órgãos encarregados de procurar e administrar a justiça ainda está longe de terminar.

Depuração e nova militarização

O nível de violência e impunidade da sociedade hondurenha é diretamente proporcional ao grau de corrupção e infiltração do crime organizado e do narcotráfico nas instituições e poderes do Estado, incluindo os órgãos de segurança pública. Diante dessa situação, o presidente Porfirio Lobo, com o apoio do parlamento, onde goza de ampla maioria, lançou uma ofensiva contra o crime, a corrupção e a impunidade. Porém, os resultados têm sido muito escassos.

Em junho do ano passado, foi aprovado o decreto de emergência 89-2012, para iniciar um processo de depuração policial, durante o qual a recém-formada DIECP (Direção de Investigações e Avaliação da Carreira Policial, por sua sigla em espanhol) iria aplicar testes de confiança integrais – poligráficos, toxicológicos, psicométricos e socioeconômicos – nos oficiais da polícia.

De acordo com as declarações perante o Congresso Nacional do diretor da DIECP, Eduardo Villanueva, durante os quase 13 meses do processo de depuração foram aplicados um total de 774 testes de polígrafo, que resultaram em um total de 230 requerimentos de demissão de policiais à Secretaria de Segurança. Deles, 33 foram convertidos em ordens de afastamento e apenas 7 foram executados, de um total de quase 14 mil membros da instituição policial.

“Como é possível que os oficiais que foram reprovados nas provas de confiança não apenas não foram afastados do cargo, como também foram promovidos ao posto superior imediato ou estão ostentando cargos de direção? De que depuração estamos falando, então?”, se pergunta a ex-comissária de polícia Borjas.

Giorgio Trucchi/Opera Mundi
Borjas, ex-diretora de Assuntos Internos da Policia Nacional: "não há uma verdadeira vontade de fazer uma depuração"

Para ela, é evidente que se pretende fazer o povo crer que realmente se quer curar a instituição policial, “mas seus atos demonstram o contrário”. Ela cita vários exemplos, entre eles o do porta-voz do Ministério de Segurança, o comissário Iván Mejía Velásquez, e do diretor geral de policia Juan Carlos Bonilla Valadares.

Mejía Velásquez tem um mandado de prisão por violação de direitos humanos, abuso de autoridade e lesões, enquanto o “Tigre” Bonilla, como é chamado por aqui, foi investigado por haver perpetrado três assassinatos extrajudiciais e por estar relacionado a vários casos de sequestro e desaparições. Ambos continuam desempenhando altos cargos na instituição.

“Deveriam estar suspensos e até presos, mas Mejía Velásquez acaba de ser promovido ao cargo de diretor da Polícia Preventiva, enquanto Bonilla Valladares ostenta o nível mais alto da instituição”, explica. Borjas estava a cargo da Unidade de Assuntos Internos quando, em 2002, se investigou Juan Carlos Bonilla. “O estávamos investigando por 13 casos de violações graves, incluindo execuções sumárias de jovens e de supostos membros de quadrilhas (pandilleros), mas apenas conseguimos levar um deles à procuradoria, porque depois não nos deixaram continuar.”

A ex-comissária relata a Opera Mundi que foi afastada do cargo em 2003, pelo então ministro de Segurança, Óscar Álvarez. “Tiraram-nos a logística, despediram meus colaboradores e os investigadores e, finalmente, fecharam a unidade. Ainda assim, a promotoria conseguiu levar o caso à justiça e o juiz emitiu ordem de captura contra Valladares e seus três acompanhantes: Carlos Arnoldo Mejía López, José Ventura Flores Maradiaga e Juan José Zavala Velásquez”, explica.

Hoje, os quatro oficiais seguem ostentando altos cargos na instituição, graças a uma absolvição derivada de um “acordo extrajudicial” que em 2004 foi assinado pelo ministro Álvarez e pela então presidenta da Suprema Corte de Justiça, Vilma Morales. “Bonilla Valladares serve para fazer uma ‘limpeza social’ em todo o país. Isso demonstra que não há uma verdadeira vontade de fazer uma depuração, mas sim medo de atuar e até conluio de políticos, fiscais e juízes em atos, tanto de delinquência comum como organizada”, concluiu Borjas.

Além disso, esse processo de aparente combate contra o crime e a impunidade se caracterizou por uma crescente militarização do país. “As Forças Armadas estão cada dia mais envolvidas em tarefas de segurança e têm cada vez mais poder. Foram criadas novas forças especiais, forças de elite e forças de tarefa conjuntas. Não há dúvida de que, por trás de todo esse processo de nova militarização e de mudança de autoridades de segurança, estão os Estados Unidos e seu projeto hegemônico para a região”, afirma o estudioso Eugenio Sosa.

Diplomatas de Rússia, Cuba, Equador e Venezuela farão reunião sobre Snowden

Ex-funcionário da CIA teve o seu passaporte norte-americano cancelado; ele segue no aeroporto de Moscou sem destino certo

Diplomatas da Rússia, Cuba, Venezuela e Equador tratarão na segunda-feira (01/07) sobre a situação do ex-analista americano da CIA Edward Snowden, que pediu asilo político para Quito, informou nesta sexta-feira (28/06) a câmara pública russa.

Os diplomatas realizarão uma mesa-redonda com ativistas dos direitos humanos russos na sede da Câmara Pública da Rússia, "para dar uma avaliação social à situação" do homem reclamado pelos Estados Unidos por três delitos relacionados com espionagem, disse à imprensa um porta-voz desse órgão consultivo adjunto ao Kremlin.

Enquanto isso, o fugitivo completou hoje seu quinto dia em Moscou, supostamente em um terminal de passagem no aeroporto de Sheremetyevo, sem que ninguém possa saber onde dormiu e se comeu pelo menos nos últimos quatro dias.

Também não se sabe até agora se Snowden poderá se refugiar no Equador, embora a possibilidade de atracar no país que já dá refúgio ao fundador do Wikileaks, Julian Assange, tornaou-se mais factível depois que Quito renunciou às preferências tarifárias que tinha com os Estados Unidos.

O Governo equatoriano quis deixar claro que "não aceita pressões e nem ameaças de ninguém", embora tenha dito que a decisão sobre o asilo de Snowden segue pendente.


Em qualquer caso, o Equador não é a única porta que pode se abrir perante Snowden: ontem, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que "quase certo" daria asilo a Snowden se for solicitado.

A mensagem de Maduro, que chegará em Moscou na próxima segunda-feira para participar do Fórum de Países Exportadores de Gás, foi entendido pelos especialistas como um convite para que o ex-analista dos serviços secretos peça refúgio a Caracas.

O líder venezuelano poderá inclusive se encontrar com o fugitivo em Moscou se este seguir na zona de passagem de aeroporto. 



A estratégia francesa para lidar com cortes do orçamento



Caça Rafale

Entrevista do General Denis Mercier chefe da Armée de l’Air ao site Defense News publicada no dia 06 de Junho revelou mais detalhes de como a Força Aérea francesa está lidando com os cortes e alterações descritas no recente Livro Branco de Defesa para manter a capacidade operacional.

Há nove meses no cargo, o general disse que a prioridade é manter a capacidade da Força Aérea em reagir a situações como a Líbia e o Mali, mesmo com o orçamento apertado. Ele explicou que haveriam dois momentos distintos em operações como essas. Um primeiro momento na entrada, que exigiriam um “atividade de alto nível” e outro posterior que seria a capacidade de manter a operação.

Pensando nisso, a Força Aérea criou um esquema onde, a partir de 2016, terá um primeiro escalão de pilotos, altamente treinados em um alto estado de prontidão. Como também teria um segundo nível de pilotos com menos formação, com maior número de horas vôo feitos em treinadores, que seriam utilizados para sustentar as operações nessa “segunda fase” menos exigente. Esse esquema seria tanto para pilotos de caças como para outras aeronaves. Conforme disse Mercier: “É uma questão de dinheiro. Não podemos treinar todos esses caras para as mais altas missões”.

Um ponto interessante da entrevista é quando o General fala em número de horas/ano para o treinamento de pilotos de Rafale. Para os pilotos serem altamente treinado ele considera que o mínimo sejam 180 horas por ano e que o nível de 150 horas atual não seria suficiente. Já o segundo escalão teria cerca de 40 horas no Rafale e cerca de 140 horas em um treinador mais barato.

Quando questionado sobre o tipo de aeronave para treinamento, o General afirmou que estão pensando em várias soluções, mas o tipo que teria em mente seria algo como Pilatus PC-21. A ideia é iniciar uma licitação para ter os aviões até o final de 2016.

Pilatus PC-21

Quanto aos Mirage 2000Ds eles serão atualizados para manter a frota em operação até 2025. No próximo ano haverá a retirada de serviço de alguns Mirage 2000 e Mirage F-1s. O Rafale continua a ser prioridade, mas as entregas seriam desaceleradas, tendo em vista as exportações. Eles seriam produzido além de 2020, porque substituirão os Mirages 2000D. A intenção é manter uma dinâmica permanente na modernização da frota.

Outras prioridades seriam os carguerios e aviões tanque Airbus para substituir os C-135 com mais de 50 anos de idade e o transporte estratégico. A meta é ter o primeiro em serviço em 2017, mas isso ainda estaria em discussão. O Livro Branco de Defesa definiu 12 aeronaves ao invés do 14 originalmente planejadas, mas isso seria um reflexo do corte no número de caças. A configuração do avião tanque teria uma porta de carga para garantir o uso como transporte.

Sobre o Conflito do Mali o General tirou como aprendizado a importância da organização do comando e da capacidade de reação rápida em horas que só é permitida com a integração de dados. Ele citou a melhoria da rede com o uso do Link 16 que esta permitindo divulgar dados aéreos e terrestres do Mali para a França, graças a uma comunicação por satélite integrada a frota de caças.

A entrevista também deixa claro um certo desconforto entre o atual chefe da Armée de l’Air e a redução do número de aviões tanques e cargueiros imposta pelo Livro Branco de Defesa. O ritmo de entregas e o número total ainda estariam em discussão. Até o momento, não haveria decisões.

A400M

Para que a frota de transporte aéreo não fosse afetada até a entrega dos A400M, seria mantidos os C-160 mais tempo do que o planejado e os C-130 passariam por uma atualização para mantê-los além de 2025.

Com relação a UAVs, a curto prazo, a força estaria aguardando a decisão do ministro na aquisição de 12 unidades, onde o favorito do general seria o Reaper, mas isto ainda estaria em discussão, inclusive com os israelenses. A meta é ter as primeiras plataformas em serviço antes de 2017. Um UAV desenvolvido na Europa, devido aos atrasos, estaria sendo considerado mais para longo prazo.

Adaptação Cavok do original do Defense News

Moscou pretende vender mísseis antiaéreos Antey-2500 ao Irã



De acordo com fontes do Serviço Federal para a Cooperação Técnico-Militar da Rússia, Moscou está pronta a oferecer a Teerã um novo acordo de fornecimento de equipamentos militares que deve resolver as falhas na entrega dos sistemas antimísseis S-300 acordados anteriormente com o país.

“Estamos estudando a possibilidade de fornecer ao Irã outros sistemas de defesa antiaérea que não tenham restrições internacionais”, disse uma fonte do governo russo.

Trata-se da possibilidade de fornecer uma versão modificada dos sistema antiaéreos S-300 chamada Antey-2500. O decreto de 2010 que proíbe o fornecimento de equipamentos militares ao Irã não inclui essa nova variedade de sistema antiaéreo.

“Se nossos parceiros iranianos aceitarem a proposta, a posição da Rússia como um parceiro de confiança na esfera técnico-militar será reforçada”, disse o porta-voz da Rosoboronexport (empresa governamental russa responsável pelas exportações de equipamentos militares). “Essa proposta permitirá que o Irã receba o equipamento russo sem perder tempo em tribunais”, completa.

A ONU e o fornecimento

O contrato de fornecimento de 5 baterias S-300 ao Irã foi assinado em 2007. Três anos depois, o Conselho de Segurança da ONU adotou uma nova resolução sobre o Irã, condenando os líderes do país por não interromper o programa nuclear.

Devido às sanções da ONU contra Teerã, que incluem um embargo no fornecimento de armas modernas ao país, o contrato entre a Rosoboronexport e o Irã ficou congelado.

Em 2010, Moscou cancelou um contrato de fornecimento ao Irã de sistemas antimísseis S-300, com base na Resolução 1.929 do Conselho de Segurança da ONU. O documento da ONU proíbe o fornecimento ao Irã de qualquer tipo de tanques, veículos blindados, artilharia, aviões e helicópteros de combate, navios de guerra, mísseis ou baterias de mísseis. Em seguida, o Ministério da Defesa iraniano apresentou uma queixa contra a Rosoboronexport ao Tribunal Internacional de Arbitragem de Genebra.

Em setembro de 2013, o então presidente Dmítri Medvedev assinou um decreto para implementar a resolução da ONU e introduzir sanções ainda mais duras contra o Irã. Medvedev cancelou pessoalmente o contrato de fornecimento dos S-300 ao Irã.

De acordo com os especialistas, o novo contrato de fornecimento do Antey-2500 poderá ajudar a resolver o conflito com o Irã.

“O contrato atende às necessidades e interesses da república islâmica”, diz o diretor do Centro de Políticas Públicas de Investigação, Vladímir Ievseev. “O Antey-2500 fortalecerá as possibilidades de defesa do Irã de maneira muito significativa.”

Segundo Ievseev, do ponto de vista formal, a decisão de fornecer o Antey-2500 ao Irã não está em desacordo com o decreto de 2010. “Tratam-se de sistemas de diferentes marcas e características”, completou.

“Estss complexos são para defensa. O Irã está sempre sob a pressão, é natural que o governo do país queira reforçar sua defesa”, afirma o chefe do Centro de Análise de Estratégias e Tecnologias, Ruslan Pukhov.

Fontes do jornal russo “Kommersant” no Ministério do Exterior iraniano, afirmaram que a questão do fornecimento de novos equipamentos militares será o principal assunto a ser tratado na reunião entre o presidente Vladímir Pútin e seu par iraniano Mahmoud Ahmadinejad, que estará em visita oficial a Moscou a partir de 1° de julho.

O líder iraniano irá à Rússia para participar da cúpula do FPEG (Fórum dos Países Exportadores de Gás), que reúne 11 dos líderes na produção de gás natural mundial: Argélia, Bolívia, Egito, Guinea Equatorial, Irã, Líbia, Nigéria, Qatar, Rússia, Trinidad e Tobago, e Venezuela.

Publicado originalmente pelo “Kommersant”

FONTE: Gazeta Russa 

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O país nas ruas: Barbosa propõe candidatura avulsa, sem partido





Mariângela Gallucci / BRASÍLIA

Na primeira declaração desde o início das manifestações de rua, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, ecoou o discurso dos manifestantes por menos partidos políticos, disse que o povo cansou de conchavos e defendeu maior participação popular nas decisões do País.

Depois de se reunir comapre-sidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, Barbosa defendeu a possibilidade de pessoas não filiadas a partidos poderem se candidatar – mas disse que não pretende disputar as eleições, apesar de pesquisas entre manifestantes o apontarem como o candidato preferencial à Presidência da República.

“Temos de ter consciência de que há necessidade no Brasil de incluir opovo nas discussões sobre reforma. O Brasil está cansado de conchavos de cúpula”, justificou o ministro. “O que se querhoje no Brasil é o povo participando das decisões.”

Pesquisa Datafolha divulgada na semana passada mostrou que ele é o preferido de 30% dos entrevistados. “Me sinto extremamente lisonjeado (com o resultado da pesquisa), apesar de não ser político e não ter feito campanha política”, afirmou o ministro. “Eu sei que são manifestações espontâneas de poucas camadas da população. Naquele universo não estão representados todos os extratos da população”, comentou. “Não tenho a menor vontade de me lançar candidato a presidente”,explicou. “Tenho quase 41 anos de vida pública. Acho que está chegando a hora. Chega.”

Na reforma política que defende, o presidente do STF incluiu a realização de recall – o sistemapelo qual o eleitor insatisfeito pode destituir o político que elegeu. E também propôs o modelo de eleição distrital, com o País dividido em distritos e sendo os deputados eleitos em cada uma dessas áreas menores. De acordo com Barbosa, as duas propostas aproximariam o eleitor do eleito. Porfim, defendeu a extinção da figura do suplente de senador.

“Falei com a presidente do meu entendimento sobre a questão dos suplentes de senador. É uma excrescência totalmente injustificada. Temos por-centual muito elevado de senadores não eleitos”, avaliou.

O ministro, que vota no Rio, disse desconhecer o terceiro integrante da bancada do Estado no Senado. Eduardo Lopes (PRB-RJ) é primeiro suplente e assumiu o mandato com a indicação de Marcelo Crivella para o Ministério da Pesca.

Barbosa afirmou que há “um sentimento difuso na sociedade” em favor da diminuição do peso dos partidos na vida brasileira. E enfatizou que o povo deve ser chamado a se manifestar sobre a reforma política.

Assim como Dilma, Barbosa entende que só com a pressão da sociedade há chances de aprovação de uma reforma política: “Temos representantes que até hojenão demonstraram qualquer interesse em fazer reforma nesse campo. Foi essa falta de interesse que, em parte, levou a essa crise”. Mas, para promover a reforma, ele defendeu que a Constituição seja alterada. “Disse para ela (Dilma) que não se faz reforma política consistente sem alteração na Constituição. Qualquer pessoa minimamente informada sabe que isso é essencial.”

Ele classificou como estéril e irrelevante o debate jurídico sobre a possibilidade de convocação de uma assembleia constituinte exclusiva, como sugeriu a presidente. “Esses leguleios típicos do micro cosmo jurídico brasileiro, em geral sem correspondência da realidade social, não têm importância”, justificou. Mais cedo, o ministro Gilmar Mendes atacou a ideia de uma constituinte exclusiva. Disse ter ficado triste porque o Brasil “dormiu como se fosse Alemanha, Itália e Espanha, em termos de estabilidade institucional e amanheceu parecido com a Bolívia ou a Venezuela”.

Sem conchavos

“Há necessidade, no Brasil, de incluir o povo nas discussões sobre reforma. O Brasil está cansado de conchavos de cúpula”

“Disse para ela (Dilma) que não se faz reforma política consistente sem alteração na Constituição. Qualquer pessoa minimamente informada sabe que isso é essencial”

“Não tenho a menor vontade de me lançar candidato a presidente. Tenho quase 41 anos de vida pública. Chega”

Joaquim Barbosa

PRESIDENTE DO STF

FONTE: O Estado de S. Paulo via Resenha do Exército

Após pressão popular Congresso Nacional aprova medidas de impacto para mudar o país



Belo Horizonte – Como todos os brasileiros acompanharam nas últimas semanas, o Brasil acordou, a população tomou as ruas do país cobrando mais justiça social, investimentos na saúde, críticas aos altos gastos com a Copa das Confederações e do Mundo em 2014, como reflexo imediato, a Presidente Dilma Russef fez um pronunciamento tardio a nação, porém trouxe planos de mudanças importantes como; a realização de um Plebicito para que o povo decida aspectos importantes da reforma política.

Ontem a noite e inicio da manhã desta quarta-feira (26), o Congresso Nacional em fim mostrou algum serviço desde 1988 e seguindo a vontade geral da nação, derrubou a PEC 37, projeto de imenda a constitução que limitava o poder de investigação somente aos delegados, que como todos sabemos são corruptiveis e subordnidados a autoridades ao qual eles mesmos são subordinados.

Em outras votações importantes, os políticos aprovaram a lei dos Royaltes do Petróleo do Pré-Sal cuja destinação será 75% para Educação e 25% para saúde, decisão acertada.

Em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo também não foi diferente, a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro aprovou pedido de abertura de CPI para investigar contratos de empresas de ônibus com a Prefeitura do Rio de Janeiro, já em Belo Horizonte, a Câmara dos vereadores da capital mineira aprovou em 1º turno a renúncia fiscal da PBH que possibilitará a redução de 0,05 Centavos de Real a passagem da capital, no entanto a BHTrans anunciou que reduzira impostos administrativos para possibilitar uma redução total de 0,10 Centavos de Real, segundo o prefeito Marcio Lacerda e os próprios vereadores provavelmente ate segunda-feira a passagem passa de 2,80 R$ para 2,70 R$ e os ônibus com tarifa no valor de 2,00 R$ passam a cobrar agora 1,90 R$.



Francisco Santos, Guerra & Armas.

Brasil e Libéria discutem possibilidades de cooperação em defesa



Os ministros da Defesa do Brasil, Celso Amorim, e da Libéria, Brownie Samukai, debateram, na manhã desta terça-feira, possibilidades de cooperação bilateral na área de defesa, principalmente no treinamento militar de praças e oficiais do país africano.

As propostas, discutidas em reunião bilateral em Brasília (DF), visam fortalecer as Forças Armadas da Libéria, que, atualmente, passam por processo de estruturação após o país ter enfrentado duas guerras civis.

De acordo com Amorim, o Brasil tem intensificado relações com a Libéria em setores como agricultura e formação profissional e está preparado para auxiliar a nação amiga “em áreas específicas de defesa e segurança”.

Já Brownie Samukai explicou que, desde 2006, quando o governo de seu país se reorganizou, oficiais das Forças Armadas vêm sendo treinados em instituições militares estrangeiras, inclusive profissionais aposentados que voltaram à ativa.

“Nosso Exército está tentando se desenvolver a partir de experiências como a do Brasil. E estamos aqui para ver possibilidades de cooperação em treinamento militar e demanda de armas e demais equipamentos bélicos”, disse.

Cooperação marítima

Durante a reunião, o ministro brasileiro informou que o navio-patrulha “Araguari” – última das três embarcações adquiridas pela Marinha do Brasil junto à BAE Systems – passará pela Libéria durante seu trajeto em direção ao Brasil.

A travessia pela África acontecerá entre 23 e 26 de agosto deste ano, quando poderão ser realizados exercícios conjuntos com a Marinha liberiana.

Outra possibilidade de cooperação é a participação de militares liberianos em um seminário sobre busca e salvamento, que deverá ocorrer em Salvador (BA). Ao aprovar a ideia, o ministro da Libéria completou: “É preciso que tenhamos uma polícia costeira melhor. E, para isso, o aprendizado em operações de resgate também é algo que gostaríamos de ter”.

Exército e Força Aérea

No encontro foram debatidas, também, possibilidades de parceria nas áreas de atuação das forças Terrestre e Aérea. O comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, levantou a hipótese de treinamentos de militares da Libéria, no Brasil, voltados para operações de paz.

Já o chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, brigadeiro Marco Aurélio Mendes, disse que o aperfeiçoamento de pessoal pode ser estendido para a área da aviação, na formação de sargentos em tráfego aéreo.

Estiveram presentes na reunião, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, e o comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Rússia resgata míssil Satan para combater asteroides ameaçadores

A Rússia poderá utilizar os mísseis balísticos intercontinentais SS-18 Satan, da antiga União Soviética, para destruir asteroides que venham a ameaçar a Terra. A revelação foi feita neste domingo por um cientista russo, quatro meses após a queda do chamado meteorito de Cheliabinsky, na região dos Montes Urais. O míssil Voyevoda (SS-18 Satan) entrou em serviço em 1967.
“Os foguetes criados a partir dos mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) como os da classe Voyevoda, os mísseis Satan, que usam combustível líquido à base de hidrazina, são bem apropriados ao combate de pequenos corpos espaciais que se aproximem rápida e inesperadamenete”, garantiu Sabit Saitgarayev, pesquisador-sênior do Centro Estatal de Projetos de Foguetes, da cidade de Miass, na região de Cheliabinsky. “Esses mísseis ainda terão uma vida útil de mais de dez anos”, acrescentou o cientista.



Segundo Saitgarayev, os mísseis Satan podem ser utilizados para destruir objetos aéreos ou espaciais com diâmetro de até 100 metros e que ameacem a Terra. Eles estariam prontos para atingir o alvo cinco a seis horas antes do momento calculado para a colisão do corpo celeste com a Terra. O Satan, ainda de acordo com o cientista, poderia ser disparado de 10 a 20 minutos depois do aviso de alerta. 


Brasil usa Drone em vigilancia a protestos em São Paulo




Os drones voadores acabaram de ganhar mais uma utilidade. O jornal Folha de S. Paulo publicou um vídeo no YouTube feito apenas com imagens capturadas por um drone nos protestos que acontecem em São Paulo, além de dezenas de outras cidades brasileiras.
Como você confere no vídeo, é possível apreciar imagens feitas com o equipamento bem próximo das multidões e outras capturadas bem mais de longe, que possibilitam ver a dimensão do movimento nas vias da capital paulista. Um dos locais que aparecem no clipe é a Ponte Octávio Frias de Oliveira, a ponte estaiada da cidade. 





Forças afegãs assumem oficialmente o controle da segurança do país


As forças afegãs assumiram nesta terça-feira (18) oficialmente o controle da segurança do país, que estava nas mãos da Otan desde a queda dos talibãs no fim de 2001, anunciou o presidente afegão Hamid Karzai.


O processo, que começou em julho de 2011, acabou nesta terça-feira com a transferência da Otan aos afegãos dos últimos distritos que ainda eram controlados pela Aliança Atlântica.

A grande maioria dos quase 100 mil soldados da Otan no Afeganistão devem abandonar o país até o fim de 2014.

"A partir de agora nossas corajosas tropas terão a responsabilidade da segurança e realizarão as operações", disse Karzai em um discurso.

Em tese, a Força Internacional da Otan no Afeganistão (Isaf) terá a partir de agora um papel de apoio, principalmente em caso de ataque aéreo, e de formação dos quase 350 mil membros das forças de segurança afegãs, que incluem soldados, policiais e paramilitares.

Analistas, no entanto, têm sérias dúvidas sobre a capacidade das forças afegãs, sobretudo depois de 2014, para lutar contra a rebelião talibã, expulsa do poder em 2001, mas que ganhou terreno nos últimos meses.

Pouco antes do anúncio de Karzai, três civis morreram e 24 pessoas ficaram feridas em um atentado contra Mohamed Mohaqiq, um líder da minoria hazara e aliado do presidente do país.

Mohaqiq escapou ileso do ataque em Cabul, provocado por uma bomba de fabricação caseira.

Qatar
O Alto Conselho da Paz do Afeganistão vai viajar ao qatar para discutir as negociações de paz com o Talibã, também disse Karzai.

"Esperamos que nossos irmãos do Talibã também entendam que o processo irá avançar em breve para o nosso país", disse Karzai. O Taliban não se manifestou sobre o anúncio.

Karzai disse que três princípios foram estabelecidos para orientar as discussões que elas sejam transferidas para o Afeganistão imediatamente depois do seu início no Qatar; que elas tragam o fim da violência; e que não se tornem uma ferramenta para que terceiros países explorem o Afeganistão.

No mês passado, Karzai conclamou o Talibã a combater os verdadeiros inimigos do Paquistão, no que foi visto como uma indireta ao Paquistão, dias depois de um confronto entre as forças de segurança dos dois países na região da fronteira.

Não houve manifestação imediata por parte do Paquistão, que na década de 1990 ajudou o Talibã a assumir o poder no Afeganistão, e que agora também enfrenta uma insurgência do Talibã paquistanês.

Muitos líderes afegãos dizem que o Paquistão continua ajudando militantes no Afeganistão, vendo-os como uma ferramenta para se contrapor à influência da Índia, tradicional rival de Islamabad.

O Talibã paquistanês é uma entidade separada do Talibã afegão, mas ambos são aliados.

Uma fonte diplomática afegã no Qatar disse que o Talibã afegão planeja inaugurar um escritório no país árabe ainda na terça-feira. Isso ajudará a reiniciar as discussões de paz, afirmou a fonte.


Fonte: G1

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Patriota diz que Aliança do Pacífico não ameaça interesses do Brasil




















Gorette Brandão

O Ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, minimizou a oposição de interesses entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico, bloco econômico recentemente formado por México, Colômbia, Peru e Chile. Para o ministro, o Brasil não deve enxergar como “ameaça” a iniciativa do grupo, a seu ver uma interpretação sem sustentação na realidade.

- Talvez estejamos lidando com o êxito de marketing que a Aliança do Pacifico alcançou nos últimos meses, mais do que uma realidade nova ou que represente um desafio para os interesses brasileiros – afirmou.

O Ministro tratou do assunto em audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), nesta quinta-feira (20), em decorrência de requerimentos assinados pelos senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Pedro Taques (PDT-MT). O debate foi coordenado pelo presidente da CRE, Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

Entre os senadores, Simon foi um dos que se manifestaram nos últimos tempos sobre a criação do novo bloco. Na audiência, ele criticou declaração feita à época pelo assessor internacional da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, de que a Aliança do Pacífico “não tira o sono do Brasil”. Para o senador, foi uma posição superficial a respeito das implicações geopolíticas, comerciais e econômicas da formação da aliança.

Patriota observou que o grupo que forma a Aliança do Pacífico possui características e inserção econômica semelhantes, como a manutenção de acordos de livre comércio com os Estados Unidos. Assim, considerou natural o desejo de coordenação conjunta de interesses comuns. Do mesmo modo, observou que o Brasil também se articula no plano internacional de diferentes formas, sendo exemplo sua participação no Brics (com a Rússia, Índia e China).

De forma prática, no entanto, o ministro considera que a aliança apenas conferiu “roupagem nova” a exercícios de aproximação que já existem no plano subregional, com “pouco ou nada” a acrescentar. Citou, como exemplo, que existe a meta de eliminação de 90% das tarifas de importação entre os países membros, a mesma já definida desde 1980 na esfera da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi).

Evolução

O ministro salientou em diversos momentos a evolução do Mercosul, bem como sua importância estratégica para o Brasil. No conjunto, assinalou, o bloco constitui a quarta economia mundial. Desde sua criação, o volume anual de comércio entre os países membros chegou a US$ 48 bilhões, com crescimento de 290%. Além disso, destacou que o Mercosul é o destino de sustentação das exportações de manufaturados do Brasil.

De acordo com Patriota, outros países da região desejam aderir ao Mercosul, sendo esse um atestado da força do bloco, “como hoje se apresenta”. Lembrou que a Venezuela foi a última nação a assinar protocolo e que a Bolívia já manifestou interesse. Os únicos que ainda estavam fora de contato – Guiana e Suriname – se tornaram Estados associados.

- Isso representa interesse em participar de uma história de êxito, pois ninguém quer aderir ou se associar a um projeto que não esteja dando certo – comentou.

Em resposta à questão sobre o que levou o Brasil a deixar de propugnar sua participação na Aliança do Pacífico, na condição de observador, o ministro disse que o país fez melhor: defendeu que essa participação fosse feita por meio de representação do Mercosul, como está ocorrendo.

Complexo

O senador Aníbal Diniz (PT-AC) disse na audiência que o Brasil, ao optar pela valorização do Mercosul, em vez da aproximação com a Aliança do Pacifico, caminha pela “melhor trilha”. Em sua avaliação, é necessário combater o “complexo de vira-lata” que se manifesta também na ideia de o que sucesso se destina a acontecer “onde o país não está presente”.

Pedro Simon relembrou a criação do Mercosul, durante a presidência de José Sarney, a seu ver uma conquista das mais importantes do primeiro governo da Nova República. Porém, considerou que o bloco hoje está “patinando”. Disse ainda que havia a expectativa de que o Brasil aproveitasse a formação do novo bloco para jogar seu peso em favor da esperada integração continental.

Na avaliação de Francisco Dornelles (PP-RJ), o Mercosul deve continuar sendo a prioridade diplomática do país. Também minimizou criticas ao Brasil pela falta de avanço em acordos de livre comércio com outros países e blocos. Porém, assinalou, o mais importante é qualidade dos acordo, e não a quantidade.

Para Aloysio Nunes (PSDB-SP), em relação ao mercado de exportação, o país deve fugir do modelo de especialização em poucos produtos primários, dirigidos também para poucos países. Ele também manifestou preocupação com a inversão do superávit primário. Com relação à Argentina, Patriota destacou que nesse momento a tendência de déficit está sendo revertida.

FONTE: Jornal do Senado via Resenha do Exército

Amorim: ‘Achei que meus telefones estavam sendo gravados’


Ministro da Defesa suspeita ter sido monitorado nos Estados Unidos e diz que sistema americano de espionagem preocupa
A descoberta de um megasistema de espionagem nos Estados Unidos preocupa o Brasil e é preciso investir em “defesa cibernética”. Quem faz o alerta é o ministro da Defesa, Celso Amorim. Ele próprio desconfia que possa ter sido alvo de escutas telefônicas no passado.

O ministro advoga o desenvolvimento de um pensamento de defesa para a região, que priorize os recursos naturais. “O Brasil é um país muito rico, tem muitas reservas naturais. Esses recursos podem ser objeto de cobiça.” Para ele, é necessário criar uma base industrial de defesa comum na América do Sul.

Nesta entrevista, concedida na última terça-feira em São Paulo, Amorim, 71, também comenta as manifestações pelo país –que, na sua visão, refletem o distanciamento entre as estruturas de governo e a população.

Folha – O que está acontecendo no Brasil?

Celso Amorim – Não é só no Brasil. É um enigma que temos que decifrar. Não temos problema de desemprego entre os jovens como ocorre na Europa. Há, talvez, um desejo de maior participação. Não é nesse governo ou no anterior. É uma coisa genérica que aflora de tempos em tempos. É preciso entender as razões desse mal-estar. As estruturas de governo em geral acabam levando a um certo distanciamento entre a população e o poder, qualquer que seja o poder. As razões podem ser difusas. Talvez isso acentue a necessidade de uma reforma política que aproxime as estruturas de poder dos cidadãos em geral.

Como o sr. analisa essa megaespionagem envolvendo governo e empresas privadas descoberta nos EUA?

Vou fazer uma brincadeirinha. Fiquei até decepcionado que, em 2009, eles se interessaram pela Turquia, África do Sul, Rússia e não se interessaram pelo Brasil [risos]. É porque falamos tudo com muita clareza, talvez. Em 2009, tive uma reunião com o ministro das Relações Exteriores inglês. Não sei se a nossa reunião não foi gravada também [risos].

Como isso afeta o Brasil?

Isso faz parte desse mal-estar não só no Brasil, mas no mundo. Essa ideia de que há um controle total sobre a vida dos cidadãos, que a liberdade é permanentemente cerceada. No Brasil, que eu saiba, não ocorre nada parecido.

Mas os brasileiros conectados às redes sociais estrangeiras não podem estar sendo espionados por esse esquema?

Podem também, é óbvio. Mas o que se conhece é mais das agências norte-americanas. Não me consta que nada tenha saído sobre as agências brasileiras. Mas brasileiros podem ser, sim. É uma coisa especulativa. Pessoas que estão em posições-chave podem ser objeto de uma vigilância mais constante. Vou dizer francamente: em dois momentos achei que os meus telefones estavam sendo gravados. Um, quando eu morava nos EUA e era embaixador na ONU. Cuidava de três comissões sobre a questão do Iraque. Meu telefone começou a fazer um ruído muito estranho e, quando acabou a comissão sobre o Iraque, acabou o ruído também. Ali havia um foco óbvio.

O sr. pediu investigação?

Não, porque o que eu falava lá falava em público. Curiosamente, quando saí do governo Lula, continuei com muitas atividades, participei de simpósios sobre a questão nuclear, a questão do Irã, e recebia telefonemas de embaixadas. Também achei estranho meu telefone particular aqui no Brasil, no Rio. Mas também já sumiu. Descobriram que sou ministro da Defesa, ficaram mais… Eu não sei quem. Foram duas situações que eu suspeito, mas nem tenho certeza. Nem de onde partiu, nem o que foi. Pode ter sido coincidência, mas a gente desconfia das coincidências.

Do ponto de vista da defesa, isso preocupa o Brasil?

Claro, por isso temos que ter a defesa cibernética. Para evitar que entrem nos nossos sistemas, que saibam o que a gente está planejando. Por isso criamos um centro de defesa cibernética no Exército, com recursos que não se comparam com o que eu acho que seria necessário. Deve ser mais ou menos um terço do que gasta a Inglaterra em defesa cibernética, cerca de R$ 70 milhões.

O sr. falou de recursos insuficientes. É preciso aumentar os gastos em defesa?

A área de defesa tem sido razoavelmente bem tratada dentro desse contexto de dificuldades. É razoável pretendermos um aumento progressivo. Hoje em dia temos 1,5% do PIB em gastos com defesa. A média dos Brics é 2,5%. Em dez anos, deveríamos chegar a 2%.

Quando se pensa em defesa, se pensa em novas ameaças: pirataria, narcotráfico, terrorismo. Mas não podemos estar seguros de que as chamadas velhas ameaças não se reproduzirão. O Brasil é um país muito rico, tem muitas reservas naturais. Esses recursos podem ser objeto de cobiça.

FONTE: Folha (reportagem / entrevista de Eleonora de Lucena), via resenha do Exército


BAE Systems entrega o ‘Araguari’ à Marinha do Brasil


O Araguari, o terceiro dos três navios de patrulha oceânicos construídos pela BAE Systems, será entregue oficialmente hoje à Marinha do Brasil, em uma cerimônia na Base Naval de Portsmouth.


De acordo com Mick Ord, diretor executivo da unidade de Navios de Marinha da BAE Systems Maritime: “Temos um grande orgulho em entregar o Araguari. Trata-se de um navio de grande capacidade e, com os demais de sua classe, constituirá um importante ativo da Marinha do Brasil. Com ele escrevemos mais um importante capítulo na história das relações entre a BAE Systems e a Marinha do Rrasil e aguardamos, com otimismo, a oportunidade de dar continuidade à nossa parceria nos próximos anos”.


O Vice-Almirante Francisco Deiana, Diretor de Engenharia Naval da Marinha do Brasil tem uma visão semelhante. “Os três navios da classe Amazonas são uma importante contribuição à nossa capacidade de prover segurança e proteção às nossas águas jurisdicionais e à concretização dos compromissos que assumimos com a Autoridade Marítima Brasileira. O Araguari e seus irmãos são um ativos fundamentais para o patrimônio da Marinha do Brasil, assim como uma clara indicação da ótima relação que temos com a BAE Systems”.


O primeiro de sua classe, o Amazonas, foi entregue à Marinha do Brasil, em junho de 2012. O segundo navio, o Apa, foi concluído, em novembro do ano passado. Durante a preparação dos três navios, Portsmouth recepcionou 250 efetivos brasileiros que receberam um extenso treinamento e preparação para a tomada de posse dos novos navios.


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Copa de 2014 será a mais cara da história


Governo do Brasil admite aumento de gastos com o Mundial do ano que vem. Valores já chegam a R$28 bilhões

Jamil Chade

Em meio a protestos nas ruas das cidades brasileiras, o governo admite que a Copa do Mundo ficará mais cara que se previa há apenas dois meses.

Um levantamento feito pelo Estado aponta que, diante dos números oficiais do próprio governo, a Copa em 2014 será a mais cara da história, três vezes mais que a de 2006 ou quatro vezes o que foi gasto em 2010. Os lucros para a Fifa também serão recorde e já dobraram em relação à previsão de 2011.

Em abril, o governo estimava que a Copa teria um custo total de R$25,5 bilhões. Ontem, o secretário executivo do Ministério dos Esportes, Luis Fernandes, anunciou que, na revisão que o governo fará em julho, o valor subirá para R$ 28 bilhões, um aumento de mais de 10%. Se comparado com previsões de 2011, o valor já é R$ 6 bilhões acima, uma inflação de 27%.

Nem ele nem o governo explicaram a elevação. Mas o discurso adotado é de que o valor ainda está a baixo do teto que se estabeleceu em 2010, de R$5 33 bilhões. Alguns dos motivos seriam o incremento no valor do Maracanã e do estádio em Brasília.

Originalmente, os estádios custariam R$5,5 bilhões. Agora, a previsão é de mais de R$ 7,1 bilhões. Só o custo do estádio de Brasília já o coloca entre os dez mais caros no mundo.

Fernandes e a própria Fifa insistem ainda em alertar que as obras não serão apenas para a Copa e que o investimento será em infraestrutura, mobilidade urbana e outros setores.

Em entrevista à TV Globo, o presidente da Fifa, Joseph Blatter disse que foi “o Brasil que pediu essa Copa do Mundo. Nós não impusemos ao Brasil este Mundial Eles sabiam que para ter uma boa Copa do Mundo naturalmente teriam que construir estádios. Mas nós dizemos que não é apenas para a Copa. Junto com os estádios há outras construções: rodovias, hotéis, aeroportos… São itens do legado para o futuro. Não é apenas para o Mundial”, disse.

Para Fernandes, “a Copa alavanca investimentos em saúde, educação, meio ambiente e outros setores”, disse, “É muito mais fácil liberar recursos com Copa que em outro momento”, explicou. “Ou aproveitamos esse momento para o desenvolvimento do País, ou perdemos essa oportunidade histórica.”

Para ele, não existe uma “oposição generalizada” no Brasil em relação à Copa e alerta que possa haver “setores desinformados, que não estão recebendo informações.adequadas”. “Até, acima de uma oportunidade para investir e gerar o desenvolvimento no Brasil. Serão investimentos que irão servir melhor à população”, avalia.

Segundo ele, dos R$ 28 bilhões, RS 9 bilhões serão para o transporte público e 51 obras de mobilidade urbana em todo o País. Do total, porém, apenas uma parte será dinheiro privado, cerca de R$ 3,8 bilhões.

Já o Comitê Local aponta que organizar o Mundial vale a pena” e usa um estudo de uma consultoria para apontar que os investimentos irão gerar um fluxo de R$ 112 bilhões no Brasil, incluindo um aumento de renda de R$ 63 bilhões.

Em comparação a outros Mundiais, o projeto no Brasil também é o mais elevado. Em 2006, a Alemanha gastou na época € 3,7 bilhões para sediar o que muitos apontam como a melhor Copa – aproximadamente R$ 10,7 bilhões.

Em 2002,110 Japão e Coreia, o gasto de ambos países juntos chegou a US$ 4,7 bilhões, cerca de R$ 10,1 bilhões. Na África do Sul, em 2010, o custo foi de US$ 3,5 bilhões – R$ 7,3 bilhões.

Enquanto os custos no Brasil aumentam, a Fifa também vê explodir seus lucros com a Copa. Em 2011, na primeira avaliação realizada, a Fifa estimava que gastaria US$3,2 bilhões para organizar o Mundial e que teria uma receita de US$ 3,6 bilhões.

Agora, os números reais já superam qualquer expectativa. Jerome Valcke, secretário-geral da entidade, admitiu que a renda irá superar a marca de US$ 4 bilhões, dobrando o lucro da Fifa com o evento. O governo ainda vai dar isenções de impostos no valor de R$ 1 bilhão.

O lucro no Brasil é mais de duas vezes superior ao que a Fifa obteve com a Copa de 2006 na Alemanha e três vezes o valor da África do Sul.

Outro lado. Oito horas depois de fazer a declaração e não explicar, o governo soltou uma nota negando o aumento no orçamento, já que ainda estaria dentro dos R$ 33 bilhões de teto. “Não houve, portanto, aumento de orçamento, e sim evolução nos investimentos”, apontou o governo em nota.

FONTE: O Estado de São Paulo

Dassault e o Rafale para o Canadá


A Dassault acredita ter a melhor proposta para o Canadá…se esse realmente vier a desistir do F-35.

O Canadá deverá realizar uma concorrência internacional para o seu programa de caças de última geração, conforme informaram fontes da Dassault.

A empresa respondeu ao pedido do Canadá para obter informações técnicas sobre o seu caça multirole Rafale. No início de julho, a empresa vai apresentar os dados contendo os valores da aeronave. A empresa francesa também prepara um pacote de benefícios industriais para o Canadá (off sets), na qual apresentará, ao Governo canadense, em agosto.

O consórcio Rafale Internacional, que consiste na Dassault, Thales e Safran, já consome uma gama de componentes provenientes do Canadá, e se Ottawa mantiver a competição, a empresa gaulesa espera estar em vantagem, sendo relativamente fácil fornecer um amplo pacote industrial.

No lado técnico, o Rafale tem vantagens sobre os potenciais concorrentes, na visão da empresa. A aeronave pode executar todas as missões do F-35 (que o Canadá havia selecionado anteriormente) e pode, segundo um funcionário da Dassault, em alguns casos, executar essas funções melhor do que o caça americano.


O Rafale oferecido seria na configuração equipada com radar de varredura eletrônica, o mesmo que equipa a força aérea francesa. Mesmo o avião equipado com um conjunto completo de sensores de fabricação francesa, links de dados e armas, a aeronave é totalmente compatível com os padrões da OTAN. Se necessário, o Canadá poderia até mesmo integrar outras armas – embora o Rafale já carregue certos armamentos dos Estados Unidos.

A Dassault diz que a França pode fornecer ao Canadá uma aeronave com nenhum risco, com um preço de compra e custos conhecido. Também é uma aeronave que pode ser atualizada facilmente para os próximos 40 anos. “Não há surpresas”, disse a Dassault.

FONTE: flightglobal – TRADUÇÃO e ADAPTAÇÃO: AVOKC