A fábrica de veículos de defesa da Iveco Latin American, instalada em Sete Lagoas, na região Central do Estado, será inaugurada no próximo dia 13. Conforme antecipado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, foram investidos R$ 55 milhões na linha de produção e a planta tem capacidade instalada de 115 unidades anuais. Será fabricado no local o blindado Guarani, desenvolvido pela empresa, que é subsidiária do Grupo Fiat, em parceria com o Exército Brasileiro. Até o final de 2013 a produção deverá chegar a 45 veículos.
A Iveco venceu a licitação realizada pelo governo federal em 2007 para fornecer esses veículos de defesa para o Exército. Eles são da família de Veículos Blindados para o Transporte de Pessoal Médio sobre Rodas (VBTP-MR) e substituirão os antigos modelos Urutu, atualmente em uso pelas Forças Armadas brasileira. Outros países também demonstraram interesse no blindado produzido em Minas Gerais.
Em entrevista em abril deste ano, o diretor-geral da divisão de Veículos de Defesa da montadora, Paolo Del Noce, informou que Argentina, Chile, Colômbia e Angola estão entre os países que já procuraram a empresa. Na época, a Argentina estava próxima de fechar um pedido de 14 unidades do blindado. A empresa não confirmou se a negociação foi concretizada.
Ainda de acordo com ele, a Iveco está estudando a viabilidade de incluir mais dois modelos na linha de produção brasileira. As unidades que poderão ser produzidas em Sete Lagoas são a versão militarizada do off-road Trakker e o LMV, veículo leve de tração integral. Os modelos foram apresentados no país em abril, durante uma feira do setor realizada no Rio de Janeiro.
Aceitação – O LMV, que significa em tradução livre veículo leve multifuncional, é produzido na sede da Iveco Defence Vehicles, em Bolzano, no norte da Itália. O utilitário tem grande aceitação na Europa. Além das forças armadas italianas, a Iveco tem fornecido o LMV à Grã-Bretanha, Bélgica e Croácia, entre outros países europeus.
O caminhão Trakker, adaptado para o uso militar, conta com câmbio automático e motor cursor 13, com potência máxima de 380 cv. O modelo de defesa possui também uma versão com cabine de aço balístico que substitui a convencional, fornecendo, conforme a fabricante, proteção máxima ao condutor.
Segundo Del Noce, tanto o Brasil quanto outros países da América Latina já demonstraram interesse na aquisição desses modelos. Diante disso, a empresa estava avaliando a viabilidade econômica do projeto de fabricar os veículos militares. Ele não informou quanto seria necessário investir para iniciar a produção desses modelos em Sete Lagoas.
FONTE: Diário do Comércio, via Orfury
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