Mesmo sem nenhum incentivo do governo brasileiro, os Estados Unidos continuam no lobby para tentar vender os caças F18 Super Hornet
Lisandra Paraguassu
A compra dos caças, quase decidida em 2010, foi deixada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que sua sucessora tomasse a decisão final
Brasília – Mesmo sem nenhum incentivo do governo brasileiro, os Estados Unidos continuam no lobby para tentar vender os caças F18 Super Hornet. Em visita ao Brasil, o encarregado de assuntos político-militares do Departamento de Estado americano, Tom Kelly, revelou nesta sgeunda-feira que tema entrará na pauta das conversas que terá nestas terça, 4, e quarta-feira, 5, em Brasília.
“O governo brasileiro está em um processo interno muito detalhado e respeitamos isso. Mas esperamos poder conversas com as autoridades que irão nos receber sobre esse assunto. Temos confiança de que nossa oferta tem o melhor preço, a melhor tecnologia e pode trazer o milhares de empregos ao Brasil”, afirmou.
O tema é recorrente em todas as visitas ao Brasil de funcionários graduados do governo americano e também de parlamentares. Kelly reforçou que a maior restrição do governo brasileiro aos caças da Boeing, a dificuldade americana em fazer transferência de tecnologia militar, estaria superado.
“Apresentamos cartas dos líderes democratas e republicanos no Congresso garantindo que a transferência seria aprovada. Isso é raro de acontecer, mas entendeu-se que era um caso importante”, afirmou.
As garantias americanas, no entanto, não influenciaram o andamento do projeto, parado há dois anos. Em seu primeiro ano de governo, a presidente Dilma Rousseff anunciou que a compra, avaliada em US$ 1 bilhão, estava suspensa até segunda ordem por causa da crise econômica.
A compra dos caças, quase decidida em 2010, foi deixada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que sua sucessora tomasse a decisão final – a simpatia inicial de Lula era pela compra dos caças franceses Rafale. Dilma, ao contrário, teria simpatia pelo projeto americano, mas cobra a transferência de tecnologia.
FONTE: Exame.com
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