Economias da França e da Alemanha registram queda; Japão entra em recessão

Economias da França e da Alemanha registram queda; Japão entra em recessão

Três das cinco maiores economias do mundo registraram queda do PIB; bolsas europeias abrem em baixa

Os índices de atividade econômica de três das cinco principais economias do mundo registraram queda no último trimestre de 2012, em resultados divulgados nesta quinta-feira (14/02). Enquanto as medições de PIB (Produto Interno Bruto) da França e da Alemanha registraram queda resultados de crescimentos tímidos ou estagnação, o Japão registrou índice negativo pelo terceiro trimestre seguido, o que significa que o país asiático entra em recessão técnica.

Após registrar alta nos primeiros três trimestres de 2012, a economia alemã não resistiu à crise que atinge todo o continente europeu, encolhendo 0,6% nos últimos no último período de medição do ano passado, segundo informou o Destatis (Escritório Federal de Estatística).

A crise na zona do euro e a fragilidade da conjuntura mundial foram as causas principais do retrocesso do PIB alemão, que no conjunto de 2012 cresceu 0,7%. Com relação ao último trimestre de 2011, a economia alemã registrou alta de 0,1%, informou o escritório.

O PIB alemão iniciou o ano 2012 com um crescimento de 0,5% no primeiro trimestre, que desacelerou para 0,3% no segundo e 0,2% no terceiro, até se contrair 0,6% no último.

O Destatis ressaltou que o crescimento médio de 0,7% do PIB alemão no ano passado teve como motor as exportações – que aumentaram especialmente para países de fora da União Europeia – e o consumo interno.

Apesar do retrocesso no quarto trimestre, o Ministério da Economia se mostrou otimista, afirmando que esse revés já foi praticamente superado. "As perspectivas estão clareando. Os indicadores antecipados apontam um breve final da atual fase de fragilidade", ressaltou em seu último relatório conjuntural.

As previsões do governo para o crescimento econômico em 2013 foram reduzidas de 1% para 0,4%. Já o ano de 2014 reserva mais otimismo, registrando 1,5%.

Pior que a estagnação

Na França, o quatro trimestre de 2012 registrou queda de 0,3%, segundo os dados publicados pelo Insee (Instituto Nacional de Estatística).

Em todo o ano passado, os dados do órgão apontaram crescimento nulo do PIB da França, contrastando com a alta de 1,7% em 2011.

No último trimestre de 2012 foi registrada uma queda de 1% nos investimentos, tanto os privados (1,2%) como os públicos (0,9%), resultado das políticas de ajuste do Executivo.

Também encolheram as exportações (0,6%), uma tendência negativa que não foi compensada pelo aumento de 0,2% no consumo interno.

Recessão

O PIB do Japão sofreu contração de 0,1% entre outubro e dezembro de 2012, o que representa o terceiro trimestre consecutivo de retrocesso no país e, consequentemente, o coloca em recessão.

Se comparado ao mesmo período em relação a 2011, o desempenho foi ainda pior: - 0,4%, segundo divulgou o Escritório do Gabinete, órgão responsável pelas medições oficiais. Apesar de ser inesperada, a contração entre outubro e dezembro é menor do que a registrada de julho a setembro, quando o PIB caiu 3,5% com relação ao mesmo período de 2011.

No entanto, em todo o ano de 2012, a economia do país cresceu 1,9% - é preciso lembrar, no entanto, que no primeiro trimestre do ano o país se recuperava economicamente de um período altamente recessivo agravado pelo terremoto seguido de tsunami que atingiu duramente a região noroeste do país.

O consumo privado, um dos principais pilares da economia japonesa, aumentou 0,4% entre outubro e dezembro, enquanto o investimento imobiliário cresceu 3,5%.

Apesar desses dados positivos, a economia foi afetada pela queda de 2,6% do investimento corporativo, que encadeou o seu quarto trimestre consecutivo de arrefecimento, e das exportações, que representam cerca de 40% do PIB do país e encolheram 3,7% entre outubro e dezembro.

Os resultados negativos nas economias desses três países fizeram com que os indicadores principais bolsas europeias abrissem o dia todos em queda.

(*) com agências de notícias internacionais Via Opera Mundi