Em Adis Abeba, presidente fechou acordos nas áreas de desenvolvimento agrícola, transferência de renda, serviços aéreos, educação, ciência e tecnologia
Após encontro com o primeiro-ministro da Etiópia, Hailemariam Desalegn, a presidenta Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (24/05) que o Brasil tem interesse em ampliar para além das relações comerciais a cooperação com o Continente Africano. Dilma está em Adis Abeba, capital etíope, para participar das comemorações dos 50 anos da União Africana.
Dilma chegou à Etiópia por volta das 9h30 (15h30 no horário local) e, em seguida, fechou quatro acordos com o país nas áreas de desenvolvimento agrícola, transferência de renda, serviços aéreos, educação, ciência e tecnologia.
“O Brasil quer, não só estabelecer relações comerciais, investir aqui, vender para o país, mas também uma cooperação no padrão Sul-Sul. O que é o padrão Sul-Sul de cooperação? É uma cooperação que não seja opressiva, que seja baseada em vantagens mútuas e valores compartilhados”, disse a presidenta, em rápida entrevista na entrada do hotel em que está hospedada.
Segundo Dilma, é “uma deferência” o fato de o Brasil ser convidado de honra do Jubileu de Ouro da União Africana, que reúne 54 países. Neste sábado (25/05), durante a cerimônia de comemoração do jubileu, Dilma deverá discursar representando a América Latina.
“Eu acho uma deferência o Brasil ter sido convidado para falar em nome da nossa região neste Jubileu de Ouro. Acho que [isso] reflete o fato e o reconhecimento da importância que o Brasil atribui à África. Eu estive, há pouco, com o primeiro-ministro Hailemariam Desalegn, e isso fica claro também nas relações bilaterais entre o Brasil e a Etiópia”, disse ela.
Criada em maio de 1963, a União Africana assumiu a função de buscar soluções internas para conflitos entre os países membros do bloco, bem como de incentivar o processo de democratização e fortalecimento institucional da região. O intercâmbio comercial entre Brasil e África cresceu cinco vezes nos últimos dez anos, evoluindo de US$ 5 bilhões, em 2002, para US$ 26,5 bilhões, em 2012.
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