segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Radar quântico pode anular tecnologia de aviões invisíveis

    Radar quântico pode anular tecnologia de aviões invisíveis


Um radar baseado nas leis da mecânica quântica promete acabar de vez com a indústria dos detectores, pequenos aparelhos que motoristas usam para enganar os radares da polícia. 
Mais do que isso, o sistema ultrasseguro poderá ser usado para anular mecanismos de camuflagem militar usados para que os aviões de guerra apareçam como pássaros nas telas de radar.

Sistemas de radar e LIDAR (radar a laser) emitem ondas de rádio ou de luz que refletem em um objeto e retornam à posição de origem, permitindo calcular posição, velocidade e formato do objeto.
Mas esses sistemas podem ser ludibriados por dispositivos que gerem ondas da mesma frequência que as emitidas para o rastreamento. É assim que os detectores de radar funcionam.







Criptografia de radar

Mehul Malik e seus colegas das universidades de Rochester (EUA) e Ottawa (Canadá) descobriram que é possível usar uma técnica da criptografia quântica - usada para proteger documentos - para revelar quando os fótons que retornam ao sistema são falsos.

Isso permite distinguir entre os fótons verdadeiros, aqueles que são frutos da reflexão e trazem informação sobre o objeto de interesse, e aqueles que nasceram de um aparelho espião, que está tentando enganar o sistema.
A técnica consiste em polarizar cada fóton que sai do radar em uma de duas formas, seguindo uma sequência precisa.

O radar super-seguro mede a polarização dos fótons que chegam até ele, o que força alguém que está tentando criar um feixe de retorno falso a também polarizar seus fótons - só que eles não sabem a sequência correta, o equivalente à senha usada na criptografia.

Aviões visíveis

Mesmo que o sistema de detecção do radar ente medir os fótons que chegam até ele, a mecânica quântica garante que uma quantidade significativa das polarizações verdadeiras será perdida.
Assim, um feixe falso sempre conterá mais fótons com polarizações erradas do que o feixe verdadeiro.

Nos testes de laboratório, os fótons refletidos pelo recorte de um bombardeiro stealth apresentaram uma taxa de erro inferior a 1%, enquanto mais de 50% dos fótons criados em tempo real para imitar a forma de uma ave - uma técnica usada pelos militares - tinham a polarização errada.

A técnica é a mesma usada na criptografia quântica para detectar quando alguém está tentando interceptar uma mensagem.

Fonte: Site Inovação Tecnológica (Com informações da New Scientist) - Via Aviation News

Embraer 190 recebe permissão para voar na Rússia

Embraer 190 recebe permissão para voar na Rússia

Imprensa local teme concorrência do E-190 com seu par russo, o SSJ-100; especialistas acreditam que ambas as aeronaves irão encontrar seu nicho no mercado da CEI (Comunidade de Países Independentes composta por ex-repúblicas soviéticas) e que não deve-se temer a concorrência por arte da empresa brasileira.



                                          Embraer 190 - Foto: Divulgação/Embraer




O avião regional Embraer 190, da brasileira Embraer, obteve permissão para operar na Rússia.


Apesar de a imprensa local temer uma eventual competição com seu par russo, SSJ-100 (Sukhoi Superjet), especialistas acreditam que cada aeronave encontrará seu nicho no mercado da CEI (Comunidade de Países Independentes, composta por ex-repúblicas soviéticas) e que não se deve temer a concorrência por parte da empresa brasileira.

"Recebemos a certificação para o avião Embaer 190 e agora podemos vendê-lo na Rússia", disse Jackson Medeiros de Farias Schneider, vice-presidente da Embraer, durante o “Fórum Empresarial Brasil-Rússia: fortalecendo a parceria”.
O certificado havia sido emitido pela CIA (Comissão Interestatal de Aviação), autoridade russa que concede as autorizações a aeronaves estrangeiras para operar na Rússia e alguns países da CEI.
A medida veio em ocasião oportuna. A Rússia sofre com escassez de aeronaves desse tipo. Na mostra de aviação executiva, realizada no outono passado em Moscou, a Embraer apresentou seu novo avião executivo, o Embraer Lineage 1000, uma versão da linha Embraer 190.





A aeronave é capaz de transportar, em condições confortáveis, 19 passageiros e voar nas rotas entre Moscou e diversas regiões do oriente. 
A Embraer havia afirmado planejar instalar um escritório na Rússia e criar uma divisão para promover a aeronave E-190 no mercado do país.
Em entrevista à Gazeta Russa nos bastidores do Fórum, Jackson Schneider disse que a empresa ainda não tem pedidos de compra consolidados no país e está apenas em negociações.
O executivo considera que o E-190 tem mercado na Rússia e avalia sua capacidade em 300 aeronaves até 2020.

Empresas russas

A decisão de conceder a um avião brasileiro a permissão para operar na Rússia na época em que a indústria aeronáutica nacional, outrora uma das maiores do mundo, está prestes a entrar em coma foi muito audaz. 
Para apoiá-la, o governo decidiu unir as empresas isoladas em uma corporação aeronáutica unificada (CAU). Um dos frutos desse trabalho é o avião regional Sukhoi Superjet 100, concorrente direto do Embraer 190.

O SSJ é um avião mais novo, com um valor de catálogo US$ 5 milhões, menor do que o do Embraer 190, e custos operacionais cerca de 8% inferiores aos de seus pares da brasileira Embraer e da canadense Bombardier. Mesmo assim, a quantidade de SSJ em operação no mundo é extremamente pequena.




SSJ-100 (Sukhoi Superjet). Foto: sukhoi.org





Para apoiar a demanda pelo avião no país, os ministérios da Defesa e para as Situações de Emergência, o Serviço Federal de Segurança (FSB, na sigla em russo) e o Gabinete da Presidência irão encomendar à CAU, fabricante do Sukhoi Superjet, 130 aeronaves no valor total de 200 bilhões de rublos (cerca de R$ 13 bilhões), informou o jornal Védomosti, citando o vice-ministro da Indústria e Comércio da Rússia, Iuri Slusar.
Também serão encomendadas aeronaves An-148 (produção mista russo-ucraniana que opera em um segmento próximo dos SSJ-100 e Embarer 190), Tu-204SM e aviões de carga Il-476.
Esse contrato pode ser a última chance para a indústria aeronáutica russa, a qual não deve ser perdida. 
Mesmo assim, especialistas estão otimistas em relação ao futuro do E-170, também da Embraer, e do E-190 no mercado da CEI.

"Até agora, no segmento de aviões a jato regionais desse tipo, tivemos apenas o An-148 (produção mista russo-ucraniana) e o SSJ-100. Esse último, porém, não está disponível no mercado secundário. Isso quando toda uma série de companhias aéreas nacionais continuam fazendo compras no mercado secundário de aeronaves. Portanto, para as empresas interessadas em colocar rapidamente em operação aeronaves com capacidade para 90 passageiros, essa é a única opção possível", disse o chefe do serviço de análise da agência especializada AviaPort, Oleg Panteleev.

“Se compararmos o E-190 e o SSJ-100, veremos que o avião russo é um projeto mais recente, utiliza sistemas mais novos de segurança de voo e oferece mais conforto aos passageiros.”
Além disso, o avião russo é mais barato e não paga direitos aduaneiros na Rússia, acrescentou o especialista.
"O SSJ-100 é bastante competitivo em relação à aeronave brasileira: detém melhores especificações, é mais barato e não enfrenta barreiras alfandegárias. A aeronave brasileira, por seu turno, está disponível no mercado secundário e apresenta melhores condições de financiamento. Obviamente, nessas condições, o E-190 tem boas chances de ganhar um lugar ao sol no mercado da CEI e da Rússia", disse o especialista. 

Competição

Enquanto no setor de helicópteros Rússia e Brasil se dispõem a cooperar, no setor de aviação os dois países parecem estar começando a competir. O que, com o tempo, só tende a aumentar.
O projeto de avião de carga militar brasileiro KC-390 têm na mira um mercado cobiçado também pela Ucrânia e a Rússia. Para tanto, a Ucrânia já atualizou seu avião Il-76 e está prestes a começar a fabricar a versão Il-476, enquanto a Rússia oferece uma linha de aviões de carga de grande porte da série An.

"Ainda recentemente, a Embraer tinha um enorme sucesso em seu segmento e estava à frente da Bombardier. Por outro lado, 2012 foi um ano de muito sucesso para a empresa canadense. Agora, a questão é saber se isso irá estimular o interesse da Embraer por uma parceria com a Rússia", disse Panteleev.

Fonte: Gazeta Russa

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

21 ANOS DO DESMEMBRAMENTO DA UNIÃO DAS RUPÚBLICAS SOCIALISTAS SOVIÉTICAS.

A História da União Soviética começa com a Revolução de 1917 na tentativa de implementar o comunismo em larga escala por Vladimir Lênin, até ao colapso da União Soviética em 1991, quando o seu governo centralizado foi dissolvido. Teve como principais lideres Lênin, Stalin e por fim Mikhail Gorbatchov, a participação da URSS na segunda guerra foi decisiva para a vitoria dos aliados. Teve como marco a invasão germânica ao seu território, e a contra ofensiva a partir de Stalingrado, a partir dai, veio a derrocada alemã, a grande influencia soviética no leste europeu, e o inicio da guerra fria com a construção do muro de Berlim.

A dissolução sovietica


Em 1985 Mikhail Gorbatchov assumiu a secretaria do Partido Comunista, chegando ao poder com projetos de reformas democráticas. O líder atraiu os holofotes quando declarou reduzir a censura, moratória nuclear unilateral, retirar tropas do Afeganistão após nove anos de intervenção soviética e líber tar presos políticos. Para definir sua relação com a sociedade Gorbatchov usou o termoglasnost (transparência) e para definir a necessidade econômica utilizou a Perestroika (reconstrução).

No período que compreende os anos de 1917 a 1990, os soviéticos haviam tido o regime de partido único, o qual controlava a vida de todos os cidadãos. Coma liderança de Gorbatchov, a União Soviética teve uma nova ordem política, com sindicatos livres e pluripartidarismo.

Em 1991, uma forte tensão foi gerada entre conservadores e reformistas. Com isso Gorbatchov deu autonomia às repúblicas, na tentativa de evitar uma guerra civil. Em setembro de 1991, o parlamento votou na dissolução da URSS, e em dezembro Iéltsin declara a independência da Rússia e a formação da Comunidade de Estados Independentes (CEI). Estava assim extinta a URSS, e no dia 25 de dezembro Gorbatchov renunciou.


FONTE: HISTORIA O MUNDO ( SOMENTE A DISSOLUÇÃO





Presidenta Dilma destaca modernização das Forças Armadas e ascensão das mulheres na carreira militar


Em diferentes oportunidades, a presidenta Dilma Rousseff destacou, nesta quinta-feira, os investimentos do Governo na modernização das Forças Armadas e a participação “cada vez mais ativa e altiva” das mulheres na carreira militar.

“Pela primeira vez, uma mulher ascende à patente de oficial-general, demonstrando que nas Forças Armadas o patriotismo e o profissionalismo independem das distinções de gênero”, disse, ao enaltecer a conquista da contra-almirante Dalva Maria Carvalho Mendes nos cumprimentos a oficiais generais recém promovidos, no Palácio do Planalto. As palavras foram acompanhadas pela tenente da Marinha Luciana Mendes, filha de Dalva. Orgulhosa da mãe, ela disse que a almirante é a sua “grande influência” na carreira.

Mais tarde, em almoço de confraternização com a cúpula das Forças Armadas, a presidenta Dilma sublinhou o compromisso do Governo com o fortalecimento da indústria nacional de defesa, segundo ela “vital para um país que deseja obter capacidades militares apropriadas e manter sua independência internacional”.


No almoço, realizado no Quartel-General do Exército, Dilma enalteceu a ascensão das mulheres a cargos representativos nas Forças Armadas, citou investimentos feitos em 2012 em cada uma das Forças e destacou aspectos importantes do Governo, num rápido balanço anual.

“Sabemos que o engajamento da sociedade com o tema da defesa nacional pode formar um círculo virtuoso com a democracia, queremos ambos para o Brasil, o Brasil do século 21, um país democrático e bem defendido”, afirmou, antes de elencar alguns projetos de destaque da Defesa.

Ao falar da Marinha, a presidenta ressaltou o início da fase nacional do submarino de propulsão nuclear. Sobre os investimentos no Exército, ela elegeu o Centro de Defesa Cibernética como um dos ganhos. Já quanto à Aeronáutica, destacou os projetos da aeronave de reabastecimento KC-390 e do Veículo Lançador de Satélite (VLS). Dilma mencionou ainda o sucesso da segurança da Rio+20, realizada sob a coordenação do Ministério da Defesa.

A presidenta falou também das operações de combate aos crimes transfronteiriços, como a Ágata. De acordo com ela, são iniciativas que “estimulam o reforço da interoperabilidade entre as Forças Armadas”. E elogiou o profissionalismo dos militares, afirmando que “o Brasil deposita confiança em vocês”.
O comandante do Exército, general Enzo Peri, fez um discurso no qual enalteceu a gestão da presidenta. “O Brasil de hoje é melhor”, frisou, dizendo que há muito a comemorar. Segundo o comandante Enzo, os investimentos nos meios operacionais das Forças Armadas permitiram que se ampliasse “a contribuição de nosso apoio ao desenvolvimento nacional, à segurança de grandes eventos e à projeção do Brasil no cenário mundial”.



Em seguida, o ministro da Defesa, Celso Amorim, reiterou as palavras do general, saudando os investimentos crescentes na modernização das Forças Armadas. De acordo com Amorim, Dilma Rousseff “brindou” os brasileiros com dois elementos: o reaparelhamento das Forças Naval, Terrestre e Aérea e a sensibilidade em ter dado manutenção para as condições de vida dos militares.

Antes do encontro com a presidenta da República, os oficiais generais recém promovidos foram recebidos no Salão Nobre do Ministério da Defesa, onde receberam os cumprimentos de Celso Amorim. Na ocasião, o ministro ressaltou que “a promoção é o reconhecimento do trabalho” desempenhado pelos oficiais presentes.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

“A China não é um sistema ditatorial”

“A China não é um sistema ditatorial”
Charles Tang, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China



Charles Tang: “Na China, não é preciso viver cercado por grades e dirigir carros blindados. Isso é liberdade”


São Paulo – Em meados de novembro, a China, como era esperado, passou por mais uma troca de comando de cartas marcadas. Meses antes do anúncio, todos sabiam que Xi Jinping seria conduzido ao cargo máximo do Partido Comunista.

Para Charles Tang, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, não há falta de liberdade na segunda maior economia do mundo. “Os chineses estão satisfeitos e, se houvesse uma eleição direta, o Partido Comunista ganharia”, afirma o empresário chinês, que vive no Brasil há 35 anos.

1) EXAME – Por que o senhor afirma que o sistema político chinês é democrático?

Charles Tang - O que a China tem é um governo com um partido forte. Não uma ditadura de uma só pessoa. O presidente chinês não tem liberdade de fazer o que bem entende. Existem outras legendas, mas o Partido Comunista, com mais de 80 milhões de membros, é o mais poderoso.

2) EXAME – Por que, então, não são realizadas eleições diretas na China?

Charles Tang - Ninguém quer arriscar e ver acontecer na China o que ocorreu com a União Soviética. Você já imaginou o Brasil tentando governar 1,3 bilhão de pessoas?

3) EXAME – A Índia é quase tão populosa e tem um sistema democrático. Os chineses não querem ter mais liberdade?

Charles Tang - Os chineses têm muita liberdade. Isso é evidente para quem vai à China. Logo se percebe que eles são felizes. Diferentemente do que acontece no Brasil, na China não é necessário viver cercado por grades ou dirigir carros blindados. Isso é ter liberdade, não é?

4) EXAME – Quem se opõe ao partido é calado. Quando os chineses terão a opção de escolher outro regime?

Charles Tang - A China possui 57 etnias e 154 dialetos. Para mantê-la unida, sempre houve governos fortes. Mas estou certo de que, se houvesse uma eleição direta no país, o Partido Comunista ganharia. Nos últimos 30 anos, o partido tirou o país da miséria e o elevou à condição de segunda economia do mundo. Garanto que o povo chinês nunca viveu tão bem.

5) EXAME – Como a desaceleração da economia pode afetar o cenário chinês?

Charles Tang - A China não é uma ilha imune à crise, mas ainda vai crescer, pois há espaço para transformar a economia via consumo interno. Lembre-se de que a China tem munição. Em 2008, gastou 600 bilhões de dólares em um pacote de estímulo que tirou o mundo da recessão. O governo não vai deixar um pouso forçado acontecer, até porque o crescimento econômico é um fator de legitimidade perante a população.

6) EXAME – Por que a China tem tanta dificuldade de estabelecer um mercado interno de consumo?

Charles Tang - Não se muda uma economia de um dia para o outro. A China levou 30 anos para tirar centenas de milhões de pessoas da pobreza. Não gastará outros 30 para fazer os chineses consumir, mas não conseguirá isso amanhã.

7) EXAME - O aumento dos salários na China está tirando a competitividade do país?

Charles Tang - A competitividade não está só nos salários, mas na infraestrutura, na logística, na escala de produção e na cadeia tributária. No Brasil, os encargos sociais correspondem a quase 130% do salário de um trabalhador, ante menos de 60% na China — e isso faz diferença.



Fonte:Exame

Brasil e Mauritânia firmam declaração de intenções para ampliar parceria em defesa



Brasil e Mauritânia firmam declaração de intenções para ampliar parceria em defesa

Os ministros da Defesa do Brasil, Celso Amorim, e da Mauritânia, Ahmedou Ould Mohamed Radh, assinaram hoje declaração de intenções com o objetivo de ampliar a cooperação em diferentes 

segmentos no setor de defesa. O documento foi firmado na manhã desta quarta-feira, ao final de reunião bilateral no edifício-sede do Ministério da Defesa (MD).
No encontro foram tratados, principalmente, de assuntos relacionados à Marinha e à Força Aérea, áreas em que a Mauritânia manifestou interesse mais imediato em estreitar a cooperação. De acordo com o ministro Radh, nos últimos anos seu país vem realizando uma série de mudanças e aquisições na área de defesa e segurança em razão do aumento de incidentes relacionados ao tráfico e drogas e ao combate ao crime organizado.

A Mauritânia também tem enfrentado problemas decorrentes da instabilidade política no Mali, país vizinho com quem possui uma fronteira de 2.237 km de extensão, uma das mais longas da África. “Uma parte grande da fronteira está ocupada por terroristas. Já são 65 mil os refugiados do Mali no nosso país”, disse o mauritanês, acrescentando que o Exército de seu país passa há três anos por um processo de modernização para fazer frente às novas ameaças.

Na oportunidade, Celso Amorim anunciou que o navio-patrulha oceânico “Apa”, o segundo do lote de três embarcações adquiridas pelo Brasil da Inglaterra, terá como primeiro destino na África a Mauritânia, após sua partida do Reino Unido. A previsão da passagem é em meados de março. “Podemos fazer, na ocasião, algum tipo de exercício conjunto a exemplo do que fizemos em outros países africanos”, afirmou o ministro.

Presente na reunião, o comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, enfatizou que a Força Naval está pronta para colaborar já em março. Ele disse ainda que seria interessante os mauritaneses conhecerem os sistemas brasileiros de controle de tráfego marítimo e de busca e salvamento. “Queremos nos espelhar na experiência de vocês como maior Marinha do mundo”, afirmou o ministro Radh.

Outro aspecto enfatizado na reunião foi que a relação Sul-Sul é algo a ser fortalecido por ambos os países. Para o ministro Amorim, a localização geoestratégica da Mauritânia faz com que o Brasil tenha interesse em estreitar as relações em defesa, assim como faz com outros países africanos, a exemplo da Guiné-Bissau.


Ajuda aérea
O ministro da Mauritânia manifestou, também, o interesse em receber apoio do Brasil para melhorar as capacidades operativas e de formação de oficiais e praças de sua Força Aérea. Na reunião, foi relembrada a compra dos Super-Tucanos adquiridos pela Mauritânia no Brasil. O ministro Radh afirmou que necessita de assistência dos brasileiros para treinamento de pilotos mauritaneses no país africano a fim de que estes possam operar as novas aeronaves.

O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, lembrou que o Brasil presta apoio a vários países que adquiriram Super-Tucanos na realização de treinamento de pilotos. Saito afirmou que, futuramente, militares aviadores brasileiros podem ir a Mauritânia para essa finalidade. “Podemos, ainda, oferecer a vocês um curso relâmpago de formação de pilotos na nossa Academia [AFA].” Ele acenou, ainda, com a possibilidade de que praças mauritaneses façam curso na Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAr), localizada em Guaratinguetá (SP), onde poderão ter experiência em manutenção de aeronaves, como mecânicos.

Durante o encontro, o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, também colocou à disposição do representante da Mauritânia a possibilidade de recebimento de militares do país em escolas de formação da Força Terrestre, além do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil, no Rio de Janeiro.

A comitiva da Mauritânia visitará as empresas Embraer, Avibras e Engepron para conhecer melhor a indústria e projetos brasileiros de defesa. Durante o encontro de hoje, também esteve presente o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi.

FONTE: Ministério da Defesa

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A-1: FAB e Embraer assinam contrato para suporte ao projeto de modernização


A-1: FAB e Embraer assinam contrato para suporte ao projeto de modernização.

A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. (Embraer) firmaram, na quinta-feira (13/12), um contrato para Suporte Logístico Integrado ao Projeto A-1, que prevê o fornecimento de suporte de materiais e serviços para aeronaves AMX e ficará sob a gestão do Parque de Material Aeronáutico do Galeão (PAMA-GL), no Rio de Janeiro. O acordo foi assinado no Comando-Geral de Apoio, entre o Diretor do PAMA-GL, Brigadeiro do Ar Antonio Ricardo Pinheiro Vieira, e o Presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar.


“Esse acordo com a Embraer é positivo para a FAB, que ganha uma parceira sólida e confiável para atender suas necessidades, como também para a indústria nacional, que recebe mais incentivo para continuar se fortalecendo”, afirmou o Comandante-Geral de Apoio, Tenente-Brigadeiro do Ar Hélio Paes de Barros Júnior.

O contrato contempla suporte logístico e material com aquisição e reparo de componentes, suporte técnico continuado, monitoramento de obsolescência, manutenções programadas e não-programadas, on call support e suporte de engenharia. De acordo com o Brigadeiro Vieira, o contrato visa ao aumento da disponibilidade e quantidade de aeronaves, simultaneamente à modernização da frota.

O AMX é uma aeronave de ataque ar-superfície usado para missões de interdição, apoio aproximado e reconhecimento aéreo. Na Força Aérea Brasileira, ele é designado A-1. O Projeto A-1 prevê a revitalização e modernização de 43 caças subsônicos da FAB.





FONTE: FAB (COMGAP)


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

David Cameron: ‘nós jamais apoiaremos um Exército europeu’

David Cameron: ‘nós jamais apoiaremos um Exército europeu’



Ao assisnar um acordo em Bruxelas na última sexta-feira (14), o primeiro-ministro britânico, David Cameron, foi acusado de dar os primeiros passos rumo a uma única forma militar para toda a Europa. Na ocasião, todos os 27 países membros da União Europeia prometeram fortalecer a capacidade do continente para enviar contingentes de forma rápida e eficiente no caso de futuras crises.


As nações se comprometeram a considerar a cooperação por toda a Europa sempre que formularem suas estratégias individuais de defesa. O Reino Unido já tem um tratado formal com a França para o compartilhamento de conhecimentos, em especial na parte de porta-aviões. No entanto, o premiê britânico afirmou em reunião da Câmara dos Comuns hoje: “nós jamais apoiaremos [a ideia de] um exército europeu”. A declaração vem após a reação negativa dos membros conservadores do Parlamento, que atentaram para a possibilidade de o acordo recém-firmado inibir a defesas individuais da Grã Bretanha.


Cinco países – Alemanha, Espanha, França, Itália e Polônia – já estão se preparando para formalizar uma estrutura de comando militar conjunto e uma central de operações. “Se alguém realmente acredita que é do interesse da nossa nação passar nossas defesas para as mãos daqueles que administram o euro, então precisamos de um exame psiquiátrico”, disse na última sexta feira o membro da ala conservadora do Parlamento britânico, Douglas Carswell.


O presidente da França, Francois Hollande, afirmou na sexta-feira que seu país é favorável a uma “defesa europeia”. “Há uma disposição para o fortalecimento da capacidade de defesa e para desenvolver uma indústria europeia no setor”, disse. “Queremos atuar na Europa. Para que sejamos ouvidos no plano internacional, os recursos de defesa são fundamentais. Sendo assim, concordamos em cooperar e realizar missões conjuntas”.

FONTE: The Telegraph (Tradução Forças Terrestres )

Exército vai construir forte em GO para abrigar mísseis

Roberto Godoy
O Exército está criando em Formosa (GO) duas unidades especializadas de mísseis e foguetes para operar o Astros 2020, sistema de lançamento múltiplo desenvolvido pela Avibras Aeroespacial, de São José dos Campos (SP).
A nova base, o Forte de Santa Bárbara, vai receber o avançado míssil AV-TM com alcance no limite de 300 quilômetros – o primeiro da Força Terrestre, projetado e construído no País.
O programa prevê uma instalação de instrução, uma bateria de busca de alvos, os paióis de munições, e a revitalização do atual 6.º Grupo de Lançadores Múltiplos de Foguetes. As unidades terão, na área, um Comando e Estado Maior, uma bateria de Comando e três baterias de lançamento. Cada conjunto operaci0nal é integrada por 15 veículos: 6 carretas disparadoras, 6 remuniciadoras e ao menos mais três viaturas blindadas para o comando, a estação meteorológica e o apoio técnico.
O custo do complexo, abrangendo o núcleo habitacional para o pessoal permanente será anunciado até março. Só o desenvolvimento do míssil e do novo foguete balístico guiado AV-40, com 40 km de raio de ação, vai custar R$ 235 milhões dos quais R$ 195 milhões só para o AV- TM. O lote inicial será recebido em 2016. O programa exigirá cerca de R$ 1.246 bilhão, em etapas, até 2018.
Em nota, o Exército destacou que o Astros 2020 é a plataforma para que a Força tenha “apoio de fogo de longo alcance com elevados índices de precisão e letalidade”. A navegação do AV-TM é feita por uma combinação de caixa inercial e um GPS. O míssil faz acompanhamento do terreno com um sensor eletrônico, corrigindo o curso em conformidade com as coordenadas armazenadas a bordo. Seu objetivo é uma instalação estratégica – refinarias, usinas geradoras de energia, centrais de telecomunicações, concentrações de tropa, depósitos, portos, bases militares, complexos industriais.
COLABOROU: Henrique C.O

Brasil e Peru criam grupo de trabalho binacional para intensificar cooperação em Defesa

Os ministros da Defesa do Brasil e do Peru, Celso Amorim e Pedro Cateriano Bellido, anunciaram nesta segunda-feira a criação de um grupo de trabalho binacional para estudar aspectos econômico-financeiros e jurídicos de futuras operações de compra e venda de equipamentos e de transferência tecnológica na área de defesa. O anúncio foi feito ao final da reunião bilateral entre ambos, ocorrida esta manhã na sede do Ministério da Defesa (MD), em Brasília.

Um dos aspectos centrais a ser tratado no âmbito do grupo de trabalho será a proteção da Amazônia, área de interesse comum enfatizada pelos representantes dos dois países durante o encontro. Há duas semanas, em reunião ordinária do Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS) na cidade de Lima, Peru, os países-membros da Unasul aprovaram a proposta brasileira de estabelecimento de um sistema sul-americano de gestão e monitoramento das chamadas áreas especiais, a exemplo de reservas indígenas e de unidades de proteção ambiental.

O Brasil já possui expertise no assunto, adquirida com o trabalho desenvolvido pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão da Defesa. O CDS aprovou, dentro do Plano de Ação para 2013, a constituição de um grupo para estudar a criação desse sistema, que deverá prestar importante auxílio no mapeamento e monitoramento de áreas isoladas em zonas geográficas como a Amazônia, os Andes e o Chaco.

Destacando que a relação entre Brasil e Peru já gerou importantes acordos regionais, entre os quais o que deu origem à Unasul, Celso Amorim chamou de “estratégica” a cooperação com o país vizinho. Para o ministro, mais significativo que o aspecto comercial é fortalecer essa parceria por meio de ações concretas.

O ministro da Defesa peruano também reforçou a importância da integração entre os dois países. Segundo ele, “a aliança estratégica com o Brasil é uma prioridade” do atual governo de seu país.

Produção de embarcações fluviais Pedro Bellido convidou os representantes brasileiros a conhecer empresa SIMA (Serviços Industriais da Marinha), que fabrica embarcações fluviais e petrolíferas no Peru, e que tem a França como um de seus clientes. De acordo com o ministro, há interesse em realizar parceria entre a SIMA e a estatal brasileira Petrobras.

Presente à reunião, o comandante da Marinha do Brasil, almirante Julio Soares de Moura Neto, saudou a iniciativa, dizendo que as duas Armadas têm buscado ampliar a cooperação. “Em fevereiro, pretendo estreitar mais os laços com a vinda do almirante Carlos Roberto Tejada Mera [comandante da Marinha peruana] ao Brasil”, afirmou.


Ensino

O intercâmbio na área de ensino também foi enfatizado na reunião desta manhã. Segundo o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, as conferências bilaterais de Estado-Maior são exemplos de cooperação entre as Forças Terrestres dos dois países, além da quantidade de militares brasileiros e peruanos que fazem cursos em ambas as nações. “Fazemos esforço para manter isso no mais alto nível”, disse ele.

O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, lembrou que a Academia da Força Aérea (AFA), localizada em Pirassununga (SP), tem atualmente quatro alunos peruanos. “Na área de ensino e operacional temos forte intercâmbio, e estamos prontos para iniciar cooperação em outras instâncias”, disse.

Na oportunidade, o comandante-geral da Força Aérea do Peru, general-do-ar Pedro Seabra Pinedo, elogiou a instrução acadêmica recebida pelos militares peruanos no Brasil em cursos de formação.

Os peruanos manifestaram ainda interesse em enviar alunos para estudar no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), ideia prontamente aceita pela comitiva brasileira, que reiterou que a instituição passa por processo de expansão.

Na reunião, Amorim abordou também o interesse brasileiro em fortalecer a cooperação na área de indústria de defesa. Como exemplo desse fortalecimento, ele mencionou algumas importantes iniciativas recém-aprovadas pelo CDS de desenvolvimento regional de Veículos Aéreos Não-Tripulados (Vants) e um avião treinador básico.

O ministro brasileiro também destacou outras oportunidades de cooperação na área naval, como navios-patrulha fluviais, e fez menção ao início da produção, no Brasil, dos blindados sobre rodas Guarani. Ele ressaltou ainda o trabalho realizado em conjunto com países vizinhos nas Operações Ágata, iniciativa prevista no Plano Estratégico de Fronteiras (PEF). “Nós sempre avisamos aos países fronteiriços quando as ações começam e é importante que isso seja feito em cooperação. Nós fazemos do nosso lado e vocês do outro”, reiterou o ministro.

Pedro Bellido explicou que atualmente a maior preocupação na área de defesa no Peru é na luta contra o terrorismo na chamada zona do VRAEM (Valle do Rio Apurímac, Ene e Mantaro). “Não é como em décadas passadas, mas é importante enfrentarmos a situação”, afirmou.

Nesse sentido, o ministro da Defesa peruano manifestou interesse nos aviões de alarme aéreo antecipado (AEW) da Força Aérea Brasileira (FAB), usados pelo Censipam no monitoramento da Amazônia. O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, destacou que esse tipo de avião agregou uma nova tecnologia de emprego à Força Aérea.

Antes do encontro bilateral, o ministro peruano foi recebido com honras militares no Ministério da Defesa. Na ocasião, foram entoados os hinos nacionais dos dois países. Também estiveram presentes no encontro o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi; o chefe de Logística do MD, general Adriano Pereira Júnior; e o diretor-geral do Censipam, Rogério Guedes.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

US Navy: a incrível marinha que não para de encolher


US Navy: a incrível marinha que não para de 

encolher.


As lideranças dos Estados Unidos precisam lidar com o fato de que eles não podem construir e manter o número de navios que eles querem. Desde o fim da Guerra Fria em 1991, a frota americana está encolhendo e vai continuar a fazê-lo no futuro próximo. Muitos dos navios mais antigos estão chegando ao fim de suas vidas úteis (geralmente entre 30 e 50 anos) e os substitutos prováveis são muito mais caros.
Por exemplo, de 2001 a 2008, a Marinha dos EUA perdeu 34 navios (11 por cento de sua força) caindo para 282 navios de guerra. Isso ocorreu apesar de um aumento de 51 por cento no orçamento da Marinha (ajustando o valor pela inflação). Nos últimos quatro anos, mesmo com o aumento contínuo do orçamento, a força naval aumentou apenas dois navios (agora para 284). Com a redução esperada do orçamento da Marinha para os próximos anos, o tamanho da frota vai cair para 230 navios em dez anos e menos de 200 em 20.
O problema é o elevado custo dos novos navios. Novos porta-aviões (como a classe Ford) custam mais do que US$ 10 bilhões cada. Os modernos contratorpedeiros DDG-1000 custam perto de US$ 4 bilhões a unidade, e por serem tão caros, a Marinha voltou a construir os antigos DDG-51 os por “apenas” US$ 2,5 bilhões cada. A classe LCS, do porte de uma fragata, (3.000 toneladas) deveria custar US $ 200 milhões por navio, mas acabou chegando a meio bilhão de dólares cada.
Submarinos nucleares estão sofrendo problemas semelhantes. A Marinha tem vários problemas neste caso, incluindo estaleiros ineficientes que resistiram a todas as tentativas de reforma. Além disso, há problemas dentro da marinha que impedem a criação de projetos eficientes de novos navios e uma supervisão eficaz da construção. Há também uma incapacidade de se chegar a um acordo sobre quais são os projetos necessários e quantos devem ser construídos, resultando em navios para todos, mas que ninguém pode pagar.
A Marinha está recebendo apenas cerca de US$ 12 bilhões por ano para a construção de novos navios e manutenção de uma força de 240 unidades, cada um com duração prevista de 40 anos. Isto quer dizer que deveriam ser construídos pelo menos seis novos navios por ano. A Marinha prefere uma força de 320 navios, mas teria que construir oito por ano (e ter bilhões a mais a cada ano para operá-los). As perspectivas são 

fracas, até mesmo para obter o dinheiro para construir seis navios por ano. Possuir menos porta-aviões pode ajudar, e é exatamente o que está acontecendo simplesmente porque falta dinheiro.

Tudo isso está forçando a Marinha de confiar mais em bombas inteligentes e em UAV, uma combinação mais barata do que aviões tripulados e ainda sim capaz de cobrir vastas áreas de oceano. Eletrônica e softwares tornam-se mais importantes porque eles são mais baratos e mais portáteis. Submarinos, especialmente os diesel-elétricos, e minas navais permanecem problemas importantes para a marinha dos EUA. Ambas as armas foram fatores importantes na última guerra naval em grande escala que a Marinha lutou (contra o Japão no Pacífico entre 1941-45) e pode ser assim de novo em um futuro conflito no Pacífico com a China.

Enquanto isso, o principal problema que as lideranças da Marinha estão enfrentando é a liderança naval.

FONTE: End Tmies (tradução e adaptação, PODER NAVAL)

FOTO: USN


Lançamento do míssil Exocet com novo motor brasileiro é realizado com sucesso


Lançamento do míssil Exocet com novo motor brasileiro é realizado com sucesso

Programa inédito no país, no qual foram investidos R$ 75 milhões, torna Brasil independente no desenvolvimento de motores de mísseis antinavio
A Marinha do Brasil realizou com sucesso o lançamento-teste de um míssil Exocet MM40 equipado com motor desenvolvido, fabricado e certificado pela AVIBRAS em parceria com o líder global em desenvolvimento e fornecimento de mísseis e sistemas de mísseis, o grupo europeu MBDA. Esta é a primeira vez que a Marinha do Brasil realiza um teste desse tipo, que representa a independência do País na obtenção de motores de mísseis antinavio – o equipamento poderá, no futuro, ser utilizado em outros modelos de mísseis, nacionais ou estrangeiros. O teste foi realizado em alto mar, a partir da Corveta Barroso.

Para o Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto, Comandante da Marinha do Brasil, o lançamento é um exemplo de programa de cooperação tecnológica que deu certo. “O teste deve ser incluído entre as grandes vitórias da Marinha brasileira nesses últimos tempos”, disse ele. O programa contou com um investimento total de cerca de R$ 75 milhões e foi iniciado em 2008.
O lançamento e o desenvolvimento cooperativo entre as duas empresas fazem parte do ciclo de manutenção e renovação do míssil Exocet MM40 e dos planos, por parte da MBDA, de se criar parcerias duradouras com empresas nacionais brasileiras.
O objetivo deste teste de lançamento era verificar e validar o desempenho máximo do novo propulsor de voo. O ponto de chegada foi posicionado no limite máximo de alcance de voo do míssil, sendo alcançado sem dificuldade alguma. Outro detalhe do teste foi a substituição da cabeça de combate do míssil (a carga explosiva) por um sistema de telemetria fabricado pela MECTRON, empresa brasileira que também participou do desenvolvimento. O equipamento permitiu a coleta de dados de todos os parâmetros analisados no teste, em tempo real (velocidade, pressão, trajetória, etc.). Foram também utilizados sistemas de monitoramento interligados incorporados a duas fragatas e três helicópteros da Marinha Brasileira, que monitoraram toda a área do teste.
Como resultado, ficou demonstrado a capacidade da AVIBRAS em relação ao desenvolvimento, fabricação e certificação deste tipo de tecnologia de propulsores do míssil Exocet MM40, bem como a possibilidade de iniciação de produção em série do mesmo. Há também a demonstração de sucesso do esforço cooperativo técnico e humano das diferentes companhias envolvidas neste processo.
“Eu parabenizo o êxito deste lançamento, que reforça a cooperação entre nosso Governo e empresas nacionais e internacionais, bem como abre novos mercados para as empresas envolvidas no programa”, afirmou o presidente da AVIBRAS, Sami Youssef Hassuani.
“Este teste reforça a nossa parceria estratégica com o Brasil, uma potência em destaque no cenário geopolítico internacional”, afirmou Patrick de La Revelière, Diretor Vice-Presidente de Vendas e Exportações da MBDA.
FONTE: PODER NAVAL





Corpo de Fuzileiros Navais recebe Míssil Anticarro 1.2 AC


Corpo de Fuzileiros Navais recebe Míssil Anticarro 1.2 AC



A Marinha do Brasil recebeu as primeiras unidades do lote piloto dos Sistemas de Armas do  Anticarro MSS 1.2 AC, de médio alcance, fornecidos pela MECTRON, empresa nacional da Organização Odebrecht. Para oficializar a entrega, foi realizada, no dia 14 de novembro, uma cerimônia na Fortaleza de São José, localizada na Ilha das Cobras (RJ), em que o Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, Almirante-de-Esquadra (FN) Marco Antonio Correa Guimarães, na presença do Diretor de Sistemas de Armas da Marinha, Vice-Almirante Walter Carrara Loureiro, e do Comandante do Material de Fuzileiros Navais, Contra-Almirante (FN) Cesar Lopes Loureiro, recebeu o Diretor-Presidente da MECTRON, Gustavo Ramos, e o Diretor da Unidade de Defesa da MECTRON, Rogério Salvador, para a assinatura do termo de entrega do 1º lote, composto de 16 munições com cabeça de guerra; um simulador de tiro; um equipamento de teste; e quatro jogos de manuais.
O MSS 1.2 AC é um sistema de armas  anticarro, guiado a laser, com alcance de cerca de 3 km. O sistema de guiagem a laser permite direcionar o míssil mesmo após o seu lançamento, acompanhando a trajetória do alvo. A parte operacional compreende uma unidade de tiro e a munição. Amplamente versátil, o MSS 1.2 AC também pode ser lançado por meio de paraquedas. Para operações noturnas, a unidade de tiro possui uma câmera de visão noturna sensível à radiação infravermelha.
O Simulador de Tiro do MSS 1.2 AC consiste de um conjunto de equipamentos eletromecânicos computadorizados que possibilitam o treinamento de atiradores tanto em sala de aula como em campo. Sua principal característica é proporcionar ao atirador as mesmas condições reais de rastreamento de alvo e lançamento do míssil. Efeitos como ruído de lançamento, fumaça do primeiro estágio do motor e choque mecânico são simulados, proporcionando ao instruído a sensação de estar em reais condições operacionais.
O Diretor-Presidente da MECTRON expressou a satisfação da empresa em realizar esta entrega: “Nossa satisfação deve-se ao fato da MECTRON e a organização Odebrecht estarem entregando um produto brasileiro, desenvolvido e fabricado por uma empresa 100% brasileira, com tecnologia nacional para a Marinha do Brasil que terá completa autonomia para o seu emprego e assistência pronta e permanente”.
Em suas palavras, o Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais externou sua satisfação com a aquisição: “Os Sistemas de Armas do Míssil Superfície-Superfície 1.2 Anticarro, da MECTRON, vêm contribuir significativamente com o aumento de poder de combate dos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais. O seu poder de penetração em blindagens e a capacidade dos seus simuladores proporcionam um elevado grau de adestramento com custos reduzidos. Estes sistemas elevarão a capacidade de defesa anticarro a um novo e elevado patamar. Por meio desta parceria, a Marinha do Brasil e o Corpo de Fuzileiros Navais, contribuem para valorizar a indústria de defesa nacional”.
FONTENomar




Brasil vai fabricar helicópteros Mi-171


Brasil vai fabricar helicópteros Mi-171


A empresa estatal russa Rostekhnologii (Tecnologias da Rússia) e a empresa brasileira Odebrecht Defesa e Tecnologia assinaram um memorando de cooperação.
O documento prevê a criação de uma joint venture que, em particular, montará helicópteros multiuso Mi-171 (versão de exportação do Mi-8AMT) no Brasil.
O Brasil também pretende criar um centro de serviços que irá operar com helicópteros Mi-35M. Além disso, a Rússia e o Brasil tencionam desenvolver um sistema de defesa aérea destinado ao Ministério da Defesa do Brasil. No entanto, o tipo do sistema não foi especificado.


sábado, 15 de dezembro de 2012

Brasil prepara produção do novo míssil A-Darter para caças da FAB


Brasil prepara produção do novo míssil A-Darter para caças da FAB


Concepção artística do novo míssil ar-ar A-Darter sendo lançado de um caça Gripen. (Foto: Denel)



Concepção artística do novo míssil ar-ar A-Darter sendo lançado de um caça Gripen. (Foto: Denel)
A partir de 2015, a Força Aérea Brasileira receberá o A-Darter, um míssil capaz de manobrar até 10 vezes mais rápido que um avião de combate. A nova tecnologia, fruto de um desenvolvimento conjunto do Brasil com a África do Sul, já está no final da fase de testes e próxima do início da produção em larga escala. Na última quinta-feira (6/12), o Comando da Aeronáutica assinou com a empresa Denel do Brasil o contrato de R$ 1,4 milhão para preparar o parque industrial de São José dos Campos (SP) para a construção do míssil, que deve equipar a versão modernizada do caça A-1 e o futuro F-X2.
A produção do novo míssil deve contar com as empresas Mectron, Avibras e Opto Eletrônica, que são beneficiárias dos projetos de transferência de tecnologia em áreas como sistemas óticos, navegação, sensores e processamento de imagens. O Brasil ingressou no desenvolvimento do A-Darter em 2006, e é co-proprietário dos direitos de propriedade intelectual e industrial do míssil.





O míssil A-Darter está sendo desenvolvido numa parceria entre o Brasil e a África do Sul. (Foto: Cabo V. Santos / Agência Força Aérea)


De acordo com o Gerente Técnico da Denel do Brasil, Everton de Paula, além de fabricar todos os mísseis que a FAB adquirir futuramente, o parque industrial brasileiro também irá fabricar componentes de unidades que venham a ser exportadas pelo Brasil e pela África do sul para outros países. “Este contrato representa mais uma passo no sentido da concretização da transferência de tecnologia. A tecnologia que nós tínhamos ainda era uma tecnologia de terceira geração. Esse é um salto: vamos para mísseis de quinta geração”, afirmou.
Características
Com 2,98 metros de comprimento e 90 kg de peso, o A-Darter é um míssil ar-ar, ou seja, criado para ser lançado de aeronaves contra alvos aéreos. Para isso, conta com um sensor que detecta o calor de aviões e helicópteros para guiagem. A diferença tecnológica é que, ao contrário dos modelos mais antigos, um caça equipado com o A-Darter pode atingir alvos que não estejam só na frente, mas também dos lados e até atrás da aeronave.

Em breve será iniciada e produção em série do novo míssil A-Darter.

Em breve será iniciada e produção em série do novo míssil A-Darter.

Outra tecnologia inédita no Brasil é o empuxo vetorado, que é o direcionamento do jato do motor foguete. Somado ao movimento das quatro pequenas “asas”, o empuxo vetorado confere ao míssil a possibilidade de fazer manobras que alcançam até 100 vezes a força da gravidade (100G), enquanto os aviões de combate não passam de 9 vezes (9G). O míssil também produz menos fumaça que modelos mais antigos, o que dificulta a sua visualização.

O Presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), Brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, elogiou as características do míssil durante a solenidade de assinatura de contrato com a Denel do Brasil. “Ver o início da produção no Brasil de um míssil de quinta geração é a certeza de que nós estamos dando aos nossos pilotos aquilo de mais moderno”, afirmou
.


Fonte: Agência Força Aérea





sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Rússia vende helicópteros para a Petrobras por US$200 mi


MOSCOU, 14 Dez (Reuters) – A Rússia vai vender até 14 helicópteros para a Petrobras, segundo um acordo firmado nesta sexta-feira entre o presidente russo e a presidente Dilma Rousseff.
Outrora uma grande produtora do setor de aviaçao civil, a Rússia quer retomar sua presença nesse mercado, mais de 20 anos após o colapso da União Sovietica aleijar sua indústria e seu desenvolvimento tecnológico.
A Atlas Táxi Areo espera que o primeiro dos helicópteros Kamov-62 seja entregue em 2015, sob um acordo com a estatal Russian Helicopters avaliado em 200 milhões de dólares, disse o à Reuters Waldomiro Silva, diretor da Petrobras.
“Nós somos a primeira empresa do mundo e receber esse novo helicóptero”, disse Silva.
A Russian Helicopters, que disse em setembro que planejava uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no segundo trimestre de 2013, vai competir com fabricantes como Northrop Grumman, Finmeccanica, Boeing, a unidade Bell Helicopter da Textron e EADS.
No Brasil, o helicóptero será usado para transportar funcionários da Petrobras para plataformas costeiras, disse o presidente-executivo da Russian Helicopters, Dimitry Petrov, a jornalistas. Ele disse que a Atlas Táxi Aereo vai comprar sete helicópteros, com uma opção de comprar mais sete. (Reportagem de Alexei Anischchuck)
FONTE: Reuters


terça-feira, 11 de dezembro de 2012

CLA Lança VS-30/Orion e Encerra Operações em 2012


CLA Lança Veículo de Sondagem e
Encerra Operações em 2012
Na noite de sábado, dia 8, o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) realizou o lançamento do foguete de sondagem VS-30/Orion finalizando a Operação Iguaíba e as atividades do centro este ano com nove operações e oito lançamentos realizados com sucesso. De acordo com o tenente-coronel César Demétrio Santos, diretor do CLA, para 2013 o centro investirá em obras para que, em 2014, possa ser feito o lançamento do Veículo Lançador de Satélites (VLS).

Fotos/Douglas Júnior
Uma equipe de 210 profissionais participou do lançamento realizado no sábado. A operação, iniciada no dia 19 de novembro, foi realizada em conjunto com o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), com objetivo de lançar e rastrear o foguete de sondagem, contendo uma carga útil, formada por cinco experimentos científicos. A atividade também visava manter a operacionalidade do centro de lançamento, proporcionar treinamento às diversas equipes envolvidas na atividade e dar prosseguimento ao Programa Espacial Brasileiro, em coordenação com a Agência Espacial Brasileira (AEB).

Lançamento - O VS-30, chamado de primeiro estágio, foi produzido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), organização subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), enquanto o segundo estágio, o propulsor Orion, foi fornecido pelo Centro Espacial Alemão (DLR) como resultado da colaboração ao Programa Espacial Brasileiro. Aos dois estágios, foi acoplada uma carga útil com experimentos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), do IAE e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

O lançamento do veículo estava previsto para acontecer na sexta-feira, dia 7, às 19h, mas, por causa dos fortes ventos que sopravam minutos antes do lançamento do VS-30/Orion, a equipe de técnicos do CLA decidiu adiar a atividade. Uma nova tentativa de lançamento seria feita no sábado, porém, segundo as análises meteorológicas que foram feitas ainda na sexta-feira, havia pouca possibilidade de a atividade ser um sucesso, pois os ventos comprometeriam novamente a ação. De acordo com as previsões, as condições meteorológicas estariam favoráveis apenas no domingo, dia 9.

Contudo, no sábado, contrariando as previsões, os técnicos do CLA perceberam uma mudança climática favorável ao lançamento do veículo e a atividade pôde ser realizada com sucesso. O foguete foi lançado às 19h, alcançando uma altitude de 428,12 km. O tempo de voo foi de aproximadamente 11 minutos e o VS-30/Orion caiu no mar, percorrendo uma distância de 382,69 km em relação ao local de lançamento.

Experimentos - De acordo com José Bezerra Pessoa Filho, da divisão de sistemas espaciais do IAE, o principal objetivo do lançamento era levar a carga útil para uma altitude específica, para que os testes pudesses ser feitos. Dentro do veículo, havia cinco experimentos: uma sonda Langmuir, feita pelo INPE, que permitiu fazer análises na Ionosfera; um sensor de Unidade de Medida Inercial (UMI), também feito pelo INPE, que permitiu ao técnicos do CLA saber como o veículo se comportou durante o voo; um receptor GPS aeroespacial, desenvolvido pela UFRN; e duas chaves acelerométricas - uma eletrônica e uma mecânica - ambas desenvolvidas pelo IAE que permitiram dar mais segurança ao foguete durante o voo.

Diferentemente de atividades anteriores, o lançamento do VS-30/Orion foi realizado à noite para que os testes pudessem ser feitos. "Era necessário que o lançamento fosse feito uma hora após o pôr do sol e até, no máximo, duas depois", afirmou Bezerra.
De acordo com o coronel Luiz Guilherme Silveira de Medeiros, coordenador da Operação Iguaíba, existiram etapas que foram cumpridas antes do lançamento do foguete. "Antes, existe todo um planejamento, quando são determinadas as particularidades do lançamento, pois temos experimentos para serem feitos. Depois temos os relatórios, no quais colocamos as lições que aprendemos: o que acertamos e o que podemos melhorar para aumentar a nossa eficiência", disse.
Dados do lançamento do VS- 30/Orion
Comprimento total do foguete: 8,870 metros;

Apogeu: 428,12 km;
Tempo total de voo: aproximadamente 11 minutos;
Distância percorrida em relação ao local de lançamento: 382,69 km.
Centro Ampliará Estrutura para Lançamento de VLS
Para o próximo ano, o centro ampliará sua estrutura para que em 2014 seja feito o lançamento do Veículo Lançador de Satélites (VLS).

No dia 22 de agosto de 2003, o VLS-1 explodiu por volta das 13h30 na base de Alcântara, três dias antes de seu lançamento, matando 21 pessoas. Desde então, o centro se prepara para voltar a realizar a atividade, fazendo testes com Foguete de Treinamento Básico (FTB). Durante o acidente, a Torre Móvel de Integração (TMI), que possibilita o lançamento de Veículos Lançador de Satélites, foi totalmente destruída e outra teve de ser edificada no local.
De acordo com o diretor do CLA, tenente-coronel César Demétrio Santos, a nova TMI está quase pronta e tem tecnologia superior à que foi destruída durante a explosão em 2003, o que aumenta a segurança das operações de lançamento.

"Para voltar a ter o lançamento do VLS, faz-se necessário não apenas a Torre Móvel de Integração, mas sim algumas obras. Após o acidente, uma comissão de pesquisadores russos fez análises e informaram sobre sistemas que deveriam ser incorporados para que nós pudéssemos ter novamente o voo. Estávamos tendo alguns problemas com relação à licença do IBAMA, mas conseguimos essa licença”,disse.

Outras providências também já foram tomadas, conforme o diretor do CLA. “Fizemos em outubro e novembro as concorrências públicas, já temos as empresas vencedoras e em janeiro será o início das obras. Algumas delas terminarão em 2013 e outras em 2014. Com isso, vamos atender a todas as recomendações que foram colocadas pelos especialistas russos", frisou o diretor do CLA.

Fonte: Jornal O Estado do Maranhão