terça-feira, 29 de julho de 2014

F-35: Pulverizando os recursos?





O F-35 não é apenas o avião de guerra mais caro da história dos EUA, é o programa de armas mais caro de sempre. Mas para descobrir exatamente o quanto custa um único F-35, foram analisados os dados mais recentes liberado pelas autoridades.

Um único F-35A da USAF custa gritantes US$ 148 milhões. Um F-35B dos Marine Corps custa inacreditáveis US$ 251 milhões. Um único F-35C da USN custa astronômicos US$ 337 milhões. Calcular a média dos três modelos juntos, e um “modelo genérico” do F-35 custa, US$ 178 milhões.

E fica ainda pior. Estes são apenas os custos de produção. Despesas adicionais para a pesquisa, desenvolvimento, teste e avaliação não estão incluídas. Esta informação acaba de ser lançada pelo Comitê de Apropriações do Senado, em seu relatório para dotações de conta do Pentágono para 2015.

A metodologia para o cálculo dos custos unitários é simples desses F-35 são simples. Tanto o orçamento da presidência e cada um dos quatro comitês de defesa do Congresso publica os valores a serem autorizadas ou apropriados para cada modelo do F-35, incluindo o número de aeronaves a serem compradas. O resto é aritmética simples: dividir o total de dólares para cada modelo pela quantidade.

O preço de compra

Há apenas duas coisas no F-35 que os observadores precisam ter cuidado: Primeiro, é necessário adicionar o financiamento do ato de dotação do ano anterior, para os recursos (dinheiro) das compras governamentais alocadas para 2015. Esta é uma “aquisição antecipada” para os gastos de 2015, e paga por componentes tipo “long lead” (materiais que levam tempo para serem entregues, produzidos ou suscetíveis a flutuações do mercado, como o cobre e o chumbo) que levam mais tempo para adquirir.

Em segundo lugar, temos de acrescentar o custo das modificações da Marinha e da Força Aérea. Para o F-35, estes custos são para corrigir erros já encontrados no processo de testes. Com a aeronave ainda em testes iniciais, os custos de modificação para aeronaves existentes são muito baixos. Mas os montantes para modificações em 2015 são inseridos para o cálculo futuro, sendo apenas uma estimativa.



X-35. O “X” era uma premonição dos custos vindouros?

O Comitê de Apropriações do Senado enviou o seu relatório para a imprensa no dia 17 de julho, com dados informados pelo último parecer do Pentágono. O Pentágono também é dada a oportunidade de apelar para alterar os dados e recomendações. Assim, dos quatro comitês de defesa do Congresso, os números do Comitê de Apropriações do Senado são os mais atualizados. Para a maior parte, estes números também são os mais baixos.

Os dados de todos os quatro comitês de defesa, pedido de orçamento do Pentágono e demais dotações no final de 2014 para o programa F-35 estão na tabela no final deste artigo. Estes dados são os empíricos. Os custos reais são para comprar, mas não para testar ou desenvolver um F-35 em 2015.

Eles devem ser entendidos como o preço de compra real para 2015, ou seja, o que o Pentágono terá que pagar para ter um F-35.

A Aviation Week informou em 22 de julho que o F-35A custaria ao contribuinte US$ 98 milhões em 2013. A realidade é que estão pagando US$ 188 milhões.

Alguns desses números são apenas para a fuselagem ou custos “flyaway”, mas na verdade, esses aviões são incapazes de voar de forma ‘operatória’, como um F-16, F-15 ou F-5. Eles não têm as ferramentas especializadas, simuladores, computadores, logística e muito, muito mais, para tornar o avião utilizável. Nem o combustível desenvolvido especialmente para eles.

Aumento dos custos

Aqui está um outro fato curioso. Os custos unitários do modelo de decolagem e pouso vertical dos fuzileiros navais e o modelo C para uso em porta-aviões da Marinha estão crescendo.

O custo de um F-35B cresceu de US$ 232 milhões em 2014 para US$ 251milhões em 2015. O custo do F35C cresceu de US$ 273 milhões em 2014 para inacreditáveis US$ 337 milhões em 2015.



Os números de quantidade para o F-35B não mudaram, permanecendo em seis por ano. O número de F-35C a serem produzidos caiu de quatro para dois, mas certamente os processos de aprendizagem na linha do F-35 não foram suficientes para explicar um aumento de 23% no custo unitário.

Outra coisa que está acontecendo.

Isso é algo que só poderia ser na linha de F-35A. Note-se a queda de 15 por cento no preço unitário do F-35 a partir de 2014: de US$ 174 milhões para US$ 148 milhões. As unidades produzidas aumentaram de 19 a 26, que repetidamente trará reduções de custos devido à “economia de escala”.

No entanto, o que realmente está ocorrendo na linha do F-35A, enquanto os custos do F-35B e C estão inflacionando? Não deveria alguns dos benefícios do F-35A na eficiência da produção, também refletirem no B e C? A Lockheed constrói todos os três na mesma linha de montagem em Fort Worth.

Pode ser que o F-35B e F-35C estejam arcando com outros custos do F-35A. Como explicar que um F-35B, que tem uma taxa de produção estável, sofreu um aumento de US$ 19 milhões por unidade? E de que outra forma poderia o custo para construir uma linha de produção do F-35C aumentar US$ 64 milhões por unidade?

Mesmo os grupos pró e contra tem um consenso de que o programa precisa de uma solução global, de uma auditoria totalmente independente.

Certamente, uma auditoria vai ajudar o Congresso e a liderança do Pentágono a entender melhor por que os preços do F-35B e do F-35C estão subindo quando eles deveriam estar baixando para garantir que não há nada nocivo acontecendo em qualquer parte do programa.

O mundo de defesa está cheio de golpes nos preços*, cada um deles devidamente projetado como resposta certa para quem está perguntando.





FONTE: medium.com

Colaborou: LaMarca
 

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