terça-feira, 8 de janeiro de 2013

AEQ e FAB darão início aos testes com bomba guiada SMKB 83

AEQ e FAB darão início aos testes com bomba guiada SMKB 83

Os excelentes resultados obtidos pela empresa AEQ durante a campanha de ensaios na Serra do Cachimbo no último trimestre de 2012 reforçaram a confiança da equipe que desenvolve a primeira família de bombas nacionais guiadas de última geração. O próximo passo será a campanha de ensaios de um artefato maior ainda.

O desenvolvimento da bomba SMKB 82 (de 227 kg), equipada com sistema de guiagem por GPS/Inercial, já foi concluído e a gora a empresa se prepara para os testes com a SMKB 83 (de 454 kg). A SMKB 82 baseia-se na bomba de emprego geral Mk82 fabricada pela AEQ, mas equipada com um kit de guiagem desenvolvido em conjunto com a também brasileira Mectron.

Este kit, o primeiro do gênero no Brasil, permite que bombas de queda livre sejam orientadas tanto para o sistema de posicionamento GPS americano quanto para o Glonass russo, garantindo a precisão de alvo durante o dia ou à noite, nas mais adversas condições atmosféricas. Com o kit, uma bomba “burra” pode ser lançada a altitudes superiores a 10 km, com um alcance entre 16 e 40 km e CEP de 6 metros máximo.


A cabeça de guiagem possui uma peculiaridade que garante a total independência do artefato em relação aos demais sistemas da aeronave. Trata-se de um sistema de comunicação sem fio, que elimina a necessidade do emprego de cabeamento entre o artefato e o painel de sistemas do piloto. Através de um microcomputador dedicado e desenvolvido pela Britanite-BSD/Mectron o piloto pode controlar a bomba. Outra vantagem deste sistema é que ele pode ser instalado em uma variedade de aeronaves e evita modificações eletrônicas que possam provocar interferências.

A AEQ, empresa do Grupo SDS Segurança & Defesa, possui um histórico de mais de quatro décadas no mercado de materiais explosivos. Ela herdou o histórico e o conhecimento da antiga divisão aeroespacial da Britanite-BSD. Além da SMKB e das bombas de emprego geral, AEQ também produz detonadores, bombas de fragmentação, bombas de detonação, foguetes não guiados e componentes para propelentes sólidos de foguetes. O Grupo SDS Segurança & Defesa foi criado em agosto do ano passado e foi concebida para participar do fortalecimento da Base Industrial de Defesa do país, em consonância com a Estratégia Nacional de Defesa (END).
FONTE: PODER AEREO

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Gol da corrupção

Gol da corrupção

Aprovada em comissão especial da Câmara dos Deputados, a proposta de emenda constitucional que restringe os poderes de investigação do Ministério Público é um golaço para o time da corrupção. Ainda não foi aprovada em plenário, mas deve ser encarada como um grave entrave ao combate à corrupção.

É preciso refletir sobre os riscos de uma proposta que visa a cercear, tolher e manietar a instituição que, de forma mais eficaz e notória, combate a crônica impunidade reinante no País. De fato, o Ministério Público, em colaboração com a Polícia Federal, tem conseguido esclarecer diversos casos de corrupção.

Será que o Ministério Público, que é quem forma as convicções sobre a autoria do crime, não pode fazer diligências para ele mesmo se convencer? Está em andamento um movimento para algemar a instituição. Se o Congresso excluir o MP do processo investigatório, o reflexo imediato será o questionamento sobre a legalidade e até a completa anulação de importantes apurações.

O papel do Ministério Público, guardadas as devidas proporções, se aproxima, e muito, da dimensão social da imprensa. Fatos recorrentes evidenciam a importância da informação jornalística e da ação do Ministério Público como instrumento de realização da justiça. Alguém imagina, por exemplo, que o julgamento do mensalão teria sido possível sem a pressão de um autêntico jornalismo de denúncia? O Ministério Público, muitas vezes, é acionado por fundamentada apuração jornalística. É o ponto de partida. Ninguém discute que o Brasil tem avançado graças ao esforço dos meios de comunicação, mas também graças ao trabalho do Ministério Público. A informação é a base da sociedade democrática. Precisamos, sem dúvida, melhorar os controles éticos da notícia. Consegue-se tudo isso não com censura ou limitações informativas, mas com mais informação e com mais pluralismo.

O mesmo se pode dizer do trabalho do Ministério Público. Como escreveu a jornalista Rosane de Oliveira, respeitada colunista de política do jornal “Zero Hora”, “em um país em que a polícia carece de recursos para investigar homicídios, tráfico de drogas, roubo de carros e outros crimes, não se compreende a briga pela exclusividade na investigação, típica disputa de beleza entre as corporações. Em vez de as instituições unirem forças, tenta-se com essa emenda constitucional impedir o Ministério Público de investigar. Mais fácil é entender o sucesso do lobby no Congresso: boa parte da classe política não suporta os promotores com sua mania de investigar denúncias de mau uso do dinheiro público”.

Esperemos que o Congresso não decida de costas para a cidadania. É preciso que a sociedade civil, os juristas, os legisladores, você, caro leitor, e todos os que têm uma parcela de responsabilidade na formação da opinião pública façam chegar aos parlamentares, com serenidade e firmeza, um clamor contra a impunidade e uma defesa contundente do papel do Ministério Público no combate à corrupção.

FONTE: O Globo via Resenha do Exército

Como colocar ordem no progresso?

Como colocar ordem no progresso?

O Brasil tem sido fre­quentemente conde­nado por seus “gar­galos” em infraestrutura. Estive fora do País por trinta anos, mas acompanhei o avanço sociopolítico da nação e o ganho de prestígio internacional. Retornei em 2011 e, obviamente, me deparei com outro Brasil, onde o crescimento econômi­co gerou os desafios atuais, que pre­cisam ser superados para permitir nova evolução da indústria e da so­ciedade brasileira.

De acordo com o último Censo De­mográfico do IBGE, o Brasil é o quin­to país mais populoso do mundo, atrás de China, índia, EUA e Indoné­sia. O salto populacional desde 1970, de 90 para 190 milhões de brasileiros em 2012, ampliou o poder da indús­tria e permitiu a evolução da classe média, hoje fundamental para a sus­tentação da economia. Para 2050, de­vemos ser mais de 250 milhões brasi­leiros, segundo projeção do Censo.

Esse indicador populacional é um alerta. Mais pessoas representam mais alimentos, mais energia, mais transporte, mais serviços de saúde e mais infraestrutura. Para garantir o aumento sustentável da produção in­dustrial, o desenvolvimento dos merca­dos e o suprimento da crescente deman­da em diferentes setores, é preciso mais do que planejamento e investimento en­volvendo o poder público e atores da iniciativa privada.

Usando a experiência brasileira co­mo exemplo de aprendizado, na década de 1950, ocorreu uma grande mudança na geografia do País, com o investimen­to no modelo rodoviário, que possibili­tou conectar diferentes Estados com o intuito de ampliar o comércio intra-estado e internacional. Um movimento beméfico, mas que não poderia ter acon­tecido de maneira isolada.

Ainda apoiado na história do que ocorreu com o Brasil de 1950, sabe-se que os investimentos para viabilizar a expansão das estradas foram de respon­sabilidade do governo. O Projeto de Lei Orçamentária divulgado pelo ministé­rio da Fazenda em agosto de 2012 prevê investimentos de R$ 186,9 bilhões para 2013, um aumento de 9% sobre o ano anterior. Uma projeção do BNDES, di­vulgada em 2012, aponta que o País rece­berá US$ 850 bilhões de investimentos da iniciativa privada, até 2014, para apli­cação na indústria, pesquisa e inovação. Cultivar esta parceria é outro aprendiza­do importante que tem sido ampliado, com benefícios pára ambos os lados.

Quais são os próximos passos? Em novembro passado, durante o +Brasil, evento realizado em São Paulo, gover­no, iniciativa privada e academia discutiram o trabalho para alavancar o cresci­mento sustentável que possibilite a ex­pansão dos principais indicadores eco­nômicos e sociais do País, sanando os entraves que impedem o avanço cons­tante e ordenado. A principal conclusão é que o planejamento precisa ser realiza­do mutuamente, tanto pelo governo co­mo pela iniciativa privada.

No cenário mundial, uma rápida imersão no êxito da Coreia do Sul mos­tra como a infraestrutura pode susten­tar o desenvolvimento. O avanço econô­mico, que fez o PIB per capita saltar de US$ 100 em 1963 para mais de US$ 31 mil por habitante em 2011, segundo o Fundo Monetário Internacional, possi­bilitou criar uma rede de transportes avançada e de alta tecnologia que cruza todo o território nacional. Investimen­tos em educação resultaram na presen­ça de aproximadamente 89% das pes­soas no terceiro grau. E com isso, permi­tiram o reabastecimento de talentos no mercado de trabalho.

Ao lado de programas do governo pa­ra enaltecer a pesquisa, os aportes em educação foram o principal combustí­vel para permitir que as gigantes da in­dústria coreana ultrapassassem concor­rentes japonesas na liderança da tecno­logia da informação. E apesar de ser uma nação com ampla capacidade de geração energética instalada, anunciou um plano para investir US$ 36 bilhões entre 2011 e 2015 para o desen­volvimento de fontes renováveis de energia, para crescer com exporta­ções de energia limpa.

Os desafios do Brasil decorrentes de carências em infraestrutura e ou­tros setores não apenas persistem co­mo representam entraves para um país com grandes ambições. As primeiras projeções oficiais para 2013, di­vulgadas pelo Banco Central em 18 de dezembro, apontam melhora na eco­nomia, mas continuidade das exporta­ções em ritmo reduzido. Esse termô­metro reforça a importância de se pla­nejar um Brasil com o governo e inicia­tiva privada caminhando juntos, in­vestindo continuamente e localmen­te em soluções inovadoras para os de­safios, para aumentar o potencial do mercado interno como sustentação da economia e possibilitar uma me­lhora significativa das exportações. Pensar na evolução do Brasil com o crescimento de toda a sociedade brasi­leira, a exemplo do avanço na Coreia do Sul, pode ser determinante para que 2013 seja o começo de um capítu­lo ainda mais promissor para o País.

FONTE: O Estado de S. Paulo – 07/01/2013

‘Nenhum país se desenvolveu sem proteção’

‘Nenhum país se desenvolveu sem proteção’
Ha-Joon Chang, professor de economia na Universidade de Cambridge
Para economista, protecionismo não explica processo de desindustrialização no Brasil
O professor da Universidade de Cambridge Ha-Joon Chang é um dos principais economistas heterodoxos do mundo. Em seu livro mais famoso, Chutando a escada: a estratégia do desenvolvimento em perspectiva histórica, ele argumenta que os maiores países desenvolvidos foram intervencionistas um dia e agora tentam impedir que as nações em desenvolvimento façam o mesmo. Chang tornou-se especialista no modelo adotado pela Coreia do Sul, país frequentemente comparado com o Brasil. A nação asiática tinha apenas dois terços da renda brasileira na década de 60 e agora é 2,5 vezes mais rica. Em entrevista por e-mail, Chang alerta para a gravidade da desindustrialização no Brasil e insiste na necessidade de proteção a empresas locais. “O Japão protegeu sua indústria de automóveis por 40 anos. Se a proteção é tão ruim, como a Toyota bateu a GM?” O economista estará hoje em São Paulo para participar de um programa de palestras promovido pela Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Em sua última visita ao Brasil, o sr. disse estar preocupado com a desindustrialização. Muitos economistas afirmam que esse é um resultado esperado em um cenário de globalização em que a China tomou a liderança no setor industrial. Além disso, o Brasil está cada vez mais concentrado no setor de serviços. Por que o sr. acha que a desindustrialização é um problema?

No curto prazo, não importa muito como você cresce. Porém, no longo prazo, a desindustrialização é um problema porque o setor de manufatura é o mais confiável motor do crescimento. Isso acontece porque na indústria há, geralmente, um maior crescimento de produtividade que em outros setores e, mais importante, é a principal fonte de progresso tecnológico. É onde a maior parte da pesquisa e desenvolvimento é feita e onde a maior parte da inovação tecnológica acontece. Esse ponto pode ser ilustrado pelo fato de que Suíça e Cingapura, países cujo sucesso as pessoas associam ao setor de serviços, são, na verdade, dois dos países mais industrializados do mundo. Eles são o segundo e o terceiro na lista de países com maior valor agregado per capita da indústria no mundo. Estão atrás apenas do Japão.

Qual o problema de o Brasil se concentrar no setor de commodities, onde está sua vantagem comparativa? Com exceção de minúsculos Estados como o Catar, nenhum país atingiu altos padrões de vida baseado em commodities primárias. A Austrália provavelmente é o país “normal” mais afortunado do mundo em termos de recursos naturais (muito melhor dotado que o Brasil). Mas até a Austrália produz quase 3,5 vezes mais produtos manufaturados per capita que o Brasil. Então, aqueles que argumentam que o Brasil deveria se desenvolver baseado em commodities estão tentando atingir o impossível.

Um dos argumentos liberais é que a desindustrialização no Brasil está ligada ao fato de que nossa indústria tornou-se pouco competitiva. Esse seria um resultado das políticas protecionistas, que têm isolado o País da concorrência há décadas. O sr. discorda disso? Nenhum país desenvolveu sua indústria sem algum período de proteção, da mesma forma que crianças não podem crescer e se tornarem pessoas produtivas sem irem à escola. A história é prova disso. Os Estados Unidos tiveram as maiores tarifas do mundo por 120 anos até a Segunda Guerra Mundial. Se proteção fosse tão ruim, como os EUA passaram de uma potência agrária de segunda classe para a nação industrial mais poderosa do mundo durante aquele período? O Japão protegeu sua indústria de automóveis por 40 anos. Se a proteção é tão ruim, como a Toyota bateu a GM? Essas pessoas estão dizendo que o Brasil teria a Embraer e a Petrobrás sem o protecionismo? É possível que algumas indústrias tenham sido superprotegidas, mas isso não é o mesmo que dizer que o protecionismo é a razão da fraqueza industrial do Brasil. É, na verdade, a razão pela qual o Brasil tem alguma indústria!

O sr. estudou profundamente a economia sul-coreana. O país é sempre comparado ao Brasil, que ficou para trás na corrida do desenvolvimento. O governo da Coreia do Sul trabalhou de perto com algumas famílias que controlaram as principais companhias. Esse modelo funcionaria em uma democracia forte como o Brasil? Você está certa sobre a Coreia, mas isso não quer dizer que o modelo de negócios dominado por famílias é incompatível com a democracia. A Suécia é, provavelmente, um dos países mais democráticos do mundo, mas há uma família, do Grupo Wallenberg, que é muito mais dominante que todas as famílias de chaebol juntas (chaebol é o termo usado para definir os conglomerados de empresas sul-coreanas, tais como Samsung e Hyundai). O Grupo Wallenberg tem controle – pelo menos 20% das ações, às vezes 100% – em companhias que representam cerca de um terço das ações na Bolsa de Estocolmo. Eles pagam altos impostos, apoiam o estado de bem-estar social, cooperam com os sindicatos e fazem imensas doações para caridade.

No Brasil, é comum ouvir entre os empresários que as altas taxas de juros e o real valorizado prejudicam a competitividade. O governo atacou os dois problemas no ano passado e, mesmo assim, o País cresceu pouco. O que mais o Brasil precisa fazer? Boas políticas de taxa de juros e taxa de câmbio apenas proporcionam o ambiente para o desenvolvimento da economia. Elas, sozinhas, não desenvolvem a economia. O Brasil precisa modernizar sua infraestrutura urgentemente, o que requer muito investimento público e parceiras público-privadas. Precisa apoiar a capacitação da mão de obra e a pesquisa e desenvolvimento em indústrias de mais alta tecnologia – isso inclui pequenas e médias empresas em indústrias como a de máquinas, engenharia de precisão, energia alternativa e biotecnologia. O Brasil tem boas empresas públicas que trabalham com companhias orientadas para a tecnologia, como o BNDES, a Embrapa e a Finep. A cooperação com esses órgãos precisa ser reforçada.

FONTE: O Estado de S. Paulo – 07/01/2013

sábado, 5 de janeiro de 2013

Automóveis: ESTUDO DERRUBA MITO SOBRE CUSTO DA MÃO DE OBRA NO BRASIL

Automóveis: ESTUDO DERRUBA MITO SOBRE CUSTO DA MÃO DE OBRA NO BRASIL
“Margem de lucro da indústria automotiva instalada aqui é o dobro da média mundial, segundo levantamento do Sindipeças.


Enquanto a média mundial de margem de lucro da indústria automotiva é de 5%, no Brasil as montadoras lucram o dobro (10%) e apresentam índice de 58% no custo de produção e distribuição, um dos mais baixos do setor em todo o mundo.

As informações são de levantamento feito pelo “Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores” (Sindipeças). Para o presidente da “Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT”, Paulo Cayres, a margem de lucro e os custos de produção apurados no levantamento desmentem o discurso da indústria em relação, principalmente, à mão de obra.

“É uma falácia. Uma grande mentira da indústria que tem enormes lucros e custos baixos, mas, mesmo assim, quer pagar cada vez menos para seus trabalhadores e vender seus produtos cada vez mais caros”, afirma.

Segundo Cayres, fora da região do ABC, os salários pagos pelas montadoras são cada vez mais baixos e chegam a representar um terço do piso em algumas funções, principalmente nos novos polos automotivos do país, como Camaçari (BA) e Recife (PE). “Nas fábricas do ABC, com forte atuação sindical e histórico de conquistas trabalhistas importantes, um trabalhador ganha R$ 4,8 mil de salário, enquanto na Bahia o mesmo trabalhador ganharia R$ 1,5 mil e em Recife, R$ 1,2 mil”, afirma.

Para ele, as empresas deveriam baixar a margem de lucro e diminuir o preço dos automóveis brasileiros. “Os custos de produção são os menores do mundo; os impostos, em um país com a desigualdade social como a brasileira, são fundamentais para que o Estado garanta bem estar social às pessoas. A única saída para que os carros brasileiros fiquem mais acessíveis é diminuir a ganância dos empresários do setor”, afirma Cayres.

De acordo com o levantamento do Sindipeças, o preço dos carros brasileiros é composto pelos 58% de gastos com produção e distribuição, que incluem custos com matéria-prima, mão de obra, logística, publicidade e outros itens, e 32% de impostos. Os 10% restantes são lucro.

No resto do mundo, o levantamento mostra que os preços dos carros é composto por 5% de margem de lucro, 79% de custos e 16% de impostos. Nos Estados Unidos, berço da indústria automobilística, a margem de lucro é ainda menor, de 3%, os custos variam de 88% a 91% e os impostos, de 6% a 9%.

O Sindipeças comparou os preços de três modelos (Honda Fit, Nissan Frontier e Chevrolet Cruise) no mercado brasileiro e em outros países e constatou diferenças entre 13,46% e 106,03%. O mesmo Honda Fit básico, por exemplo, que custa R$ 57,4 mil no Brasil, sai por R$ 27,9 mil para os consumidores franceses, R$ 32,7 mil nos EUA, R$ 33,8 mil no Japão e R$ 44,6 mil na Argentina.

Entre 2002 e 2011, além dos lucros, os números do mercado brasileiro mostram que as montadoras não têm do que reclamar. Segundo balanço da “Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores” (Anfavea), a produção de veículos cresceu 109% nesse período, com média anual de 8,6%, e as vendas no mercado nacional cresceram 145%, com média anual superior a 10%. Entre janeiro e novembro de 2012, foram produzidos 3,08 milhões de automóveis no Brasil (2,1% menos que no mesmo período de 2011). A Anfavea não quis comentar as informações sobre lucros e e custos de produção dos carros.

O levantamento do Sindipeças foi apresentado em audiência pública realizada no início do mês passado na “Comissão de Assuntos Econômicos do Senado” a pedido da senadora Ana Amélia (PP), autora de um projeto que tenta estimular a concorrência e a queda nos preços dos carros brasileiros.

Por conta dos aumentos nas vendas de carros nos últimos anos, e dos lucros, as montadoras foram responsáveis por quase 20% de todas as remessas de lucro feitas por empresas a partir do Brasil em 2011. No ano retrasado, elas enviaram aos seus países de origem U$ 5,58 bilhões.”

FONTE: “Rede Brasil Atual”. Transcrito no portal “Vermelho” [Imagem do google adicionada pelo blog ‘democracia & política’].

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Presidente argentina pede devolução das Malvinas em carta aberta a Cameron


Presidente argentina pede devolução das Malvinas em carta aberta a Cameron



A presidente argentina, Cristina Kirchner, publicou nesta quinta-feira uma carta aberta na imprensa britânica na qual solicita ao primeiro-ministro David Cameron a devolução das disputadas Ilhas Malvinas e acusa o Reino Unido de “colonialismo”.

O governo britânico, em resposta, enfatizou mais uma vez que os habitantes das ilhas “são britânicos por escolha”.
Na carta, publicada como anúncio publicitário nos jornais The Guardian e Independent, Kirchner afirma que a Argentina foi “despojada pela força” do arquipélago do Atlântico Sul situado a 14.000 km de Londres “há 180 anos em um exercício descarado de colonialismo do século XIX”.

“Desde então, a Grã-Bretanha, a potência colonial, se nega a devolver os territórios à República Argentina, impedindo deste modo o restabelecimento de sua integridade territorial”, escreveu no texto destinado ao primeiro-ministro conservador britânico, com cópia para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Kirchner recorda que a ONU decretou em 1960 a necessidade de “acabar com o colonialismo em todas as suas formas e manifestações”, além de destacar que a Assembleia Geral da organização aprovou em 1965 uma “resolução na qual considerava as ilhas como um caso de colonialismo e convidava Grã-Bretanha e Argentina a negociar uma solução para a disputa de soberania”, seguida por “muitas outras resoluções com este efeito”.

“Em nome do povo argentino, reitero nosso convite a que acatemos as resoluções das Nações Unidas”, concluiu.
O governo britânico, que sempre se negou a dialogar sobre as ilhas que controla desde 1833, alegando o direito de autodeterminação dos moradores, afirmou em sua resposta à carta da presidente argentina que os habitantes das Malvinas – Falklands para a Inglaterra – “são britânicos por escolha”.

Um porta-voz do chefe de Governo conservador reafirmou à imprensa que os moradores das ilhas denominadas oficialmente Falklands “têm um desejo claro de continuar sendo britânicos” e poderão demonstrar no referendo previsto para o início de março.

“O governo argentino deve respeitar seu direito à autodeterminação”, afirmou o porta-voz, destacando que Cameron “fará tudo para proteger os interesses” dos moradores da ilha.

“Continuam sendo livres para escolher o próprio futuro, político e econômico, e têm o direito à autodeterminação consagrado na Carta das Nações Unidas”, afirmou um porta-voz do Foreign Office (ministério das Relações Exteriores).

“Há três partes neste debate, não apenas duas, como pretende a Argentina. Os moradores da ilha não podem ser apenas apagados da história. Portanto, não podem existir negociações sobre a soberania das Falklands ao menos ou até que os habitantes assim desejarem”, completou.

As autoridades das ilhas, que têm atualmente o status de território britânico de ultramar, também rejeitaram as demandas de Kirchner.

“Não somos uma colônia. Nossa relação com o Reino Unido é por escolha”, declarou Barry Elsby, um dos oito membros da assembleia legislativa do arquipélago.

“Ao contrário do governo da Argentina, o Reino Unido respeita o direito de nosso povo a determinar nossos próprios assuntos, um direito consagrado na Carta da ONU e que é ignorado pela Argentina”, completou.
Os quase 3.000 habitantes das Malvinas, em sua maioria britânicos, votarão em um referendo nos dias 10 e 11 de março para decidir se desejam continuar como território ultramar britânico ou mudar de status.
A Argentina chama o referendo de ilegítimo por considerar os malvinenses uma “população implantada”.

O governo de Buenos Aires emite tradicionalmente uma mensagem de reivindicação de soberania sobre as Malvinas a cada 3 de janeiro, dia do aniversário do desembarque das tropas britânicas no arquipélago em 1833.
A disputa entre os dois países provocou uma guerra de 74 dias que terminou com 649 argentinos e 255 britânicos mortos em 1982. Desde então, a Argentina concentra as reinvidicações pela via diplomática.

O 30º aniversário do conflito, em 2012, foi marcado por uma escalada verbal entre Argentina e Grã-Bretanha, além de denúncias argentinas sobre uma “militarização” britânica da região e sobre a exploração de possíveis recursos petroleiros na região.

Em sua recente mensagem de Natal às ilhas, Cameron acusou a Argentina de negar aos malvinenses “o direito à democracia e à autodeterminação”, além de “tentar isolá-los, bloquear seu comércio e sufocar as indústrias pesqueira, de combustíveis e turística legítimas”.

FONTE: Terra/AFP


quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Semestre terá ‘megaoperação’ das Forças Armadas nas fronteiras

Semestre terá ‘megaoperação’ das Forças Armadas nas fronteiras


As Forças Armadas brasileiras vão executar uma megaoperação nas faixas de fronteira, ainda no primeiro semestre deste ano, promovendo o monitoramento dessas regiões no período que antecede a Copa das Confederações, marcada para o mês de junho, no Brasil.

Como a ação é feita a partir de dados obtidos pelos serviços de inteligência, o período e os locais para onde serão enviadas as tropas militares ainda não podem ser divulgados.

“Será um pouco antes da Copa das Confederações, com uma antecedência que não interfira no fluxo de turistas que venham assistir ao torneio”, disse o ministro da Defesa, Celso Amorim, para quem a ação militar tem objetivo essencialmente “dissuasório”.

FONTE: Diário do Estado, via Notimp

Confiança nas instituições

Confiança nas instituições


Os brasileiros confiam muito mais nas Forças Armadas, cuja atuação nada tem a ver com seu cotidiano, do que na polícia ou no Judiciário, que têm importância bem maior no seu dia a dia. O último Índice de Confiança na Justiça, o ICJBrasil, elaborado pela FGV, mostra que as instituições judiciárias e de segurança padecem de significativa descrença por parte dos cidadãos, que delas esperam eficiência e celeridade. Como diz a própria FGV, esse quadro afeta diretamente o próprio desenvolvimento do País, pois, se a população não enxerga o Judiciário como instância legítima e confiável para a resolução de conflitos, entra em xeque o Estado de Direito.

A pesquisa, realizada em sete Estados e no Distrito Federal, ouviu 3.300 pessoas no segundo e no terceiro trimestres de 2012. É um levantamento qualitativo que visa a medir o sentimento dos brasileiros em relação a suas instituições, ou seja, se os cidadãos comuns acreditam que elas sejam capazes de cumprir suas funções de modo satisfatório, se elas são importantes em sua vida e se seus benefícios justificam seus custos. Nessa pesquisa, as Forças Armadas, que no mesmo período de 2010 já apareciam como a instituição mais confiável, com 66% de aprovação, mantiveram a liderança, mas sua aprovação saltou para 75%. Em seguida, aparece a Igreja Católica, com 56%. Ela havia conquistado essa posição já em 2010, em meio à polêmica causada pela questão do aborto nas eleições presidenciais daquele ano. Até então, a Igreja aparecia em sétimo lugar na lista, com 34% de aprovação. Na sequência são citados o Ministério Público (53%), as grandes empresas (46%), a imprensa escrita (46%) e governo federal (41%). Só então aparecem a polícia e o Judiciário, ambos com 39% de menções positivas, seguidos pelas emissoras de TV (35%). Na lanterna permanecem o Congresso (19%) e os partidos políticos, com apenas 7% – índice que já foi de 21%.

A desconfiança em relação à polícia, mais ou menos generalizada, é particularmente notável à medida que caem a renda e a escolaridade, isto é, na faixa da população mais exposta à violência. Dos entrevistados com renda inferior a quatro salários mínimos, 63% disseram não confiar na polícia; entre os negros, pardos e indígenas, o índice alcança 65%; e entre os cidadãos de baixa escolaridade, chega a 63%. Já entre os brancos e amarelos, a desconfiança é de 57%, índice semelhante ao dos que ganham mais de 12 salários mínimos (60%) e ao dos que têm maior escolaridade (58%).

Em relação ao Judiciário, a situação não é melhor. A FGV salienta que a crise de credibilidade do Judiciário se acentuou a partir da década de 80 e o quadro segue alarmante, mesmo com a reforma de 2004 e a criação do Conselho Nacional de Justiça, em 2005. Aparentemente, a população brasileira ainda não se convenceu de que o esforço para o saneamento do Judiciário, com a transparência requerida sobre suas atividades nos últimos tempos, é para valer. Um indício claro dessa percepção é que, para 90% dos entrevistados, a Justiça é considerada lenta demais, e para 82% é cara demais. Além disso, 64% declararam considerar o Judiciário pouco honesto, e 61% disseram que essa instituição não é independente. Um dado positivo da pesquisa é que os mais jovens parecem mais propensos a acreditar na Justiça e se dizem mais dispostos a recorrer ao Judiciário para resolver seus conflitos do que os de mais idade.

Os resultados do ICJBrasil revelam, enfim, uma situação paradoxal. Enquanto a maioria dos brasileiros parece satisfeita e até entusiasmada com a situação econômica e com as perspectivas para o futuro, ocorre acentuada desconfiança nas instituições que se destinam a garantir que a justiça seja feita, que haja paz social, que as leis sejam iguais para todos, que os contratos sejam cumpridos e que não haja impunidade. Graças à longa história de desigualdade no Brasil, o direito ainda é concebido como um instrumento dos ricos, apesar de todas as mudanças positivas pelas quais o País passou nos últimos anos. Cabe ao Judiciário e à polícia demonstrar que esse sentimento já não se justifica.




Kim Jong-un diz que 2013 será de mudanças radicais e sugere fim de confronto com Coreia do Sul

Kim Jong-un diz que 2013 será de mudanças radicais e sugere fim de confronto com Coreia do Sul
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, anunciou nesta terça-feira uma "mudança radical" para estimular a economia do país e insistiu nas ambições militares do regime depois do lançamento de um foguete considerado um teste de míssil balístico pela comunidade internacional.
Em uma mensagem divulgada pela televisão estatal, Kim Jong-Un, que em dezembro de 2011, após a morte do pai, Kim Jong-Il, se tornou o líder do país, desejou que 2013 represente um ano de "grandes criações e mudanças".
"Devemos realizar uma mudança radical para construir um gigante econômico com o mesmo espírito e valor demonstrados na conquista do espaço: este é o lema que nosso partido e o povo devem apoiar este ano", disse. "Todo o partido, o país e a população devem estar comprometidos no giro completo destinado a melhorar o nível de vida da população", completou.
Mas para Yang Moo-Jin, professor de Estudos Norte-Coreanos em Seul, as declarações podem "representar reformas econômicas limitadas". Nos últimos anos, a China estimulou o empobrecido vizinho a abrir a economia, mas o único resultado significativo foi a criação de zonas de atividade ao longo da fronteira comum.
Em 2002, o país iniciou tímidas reformas para tentar limitar os efeitos do fim dos subsídios e das ajudas após o fim da União Soviética na década de 90. Mas o poder norte-coreano, muito centralista, teve medo do desenvolvimento do pequeno comércio e anulou a maioria das reformas três anos mais tarde.
A Coreia do Norte sofre com a escassez de alimentos em consequência da péssima gestão agrícola, das inundações e da seca, além da redução da ajuda internacional nos últimos anos. Seul critica a cara militarização do Norte, apesar da falta de alimentos para a população. Neste ponto, Kim Jong-Un afirmou que não pensa em mudar nada.
"O poder militar de um país representa sua força nacional. Só pode desenvolver-se com a condição de construir seu poder militar em todos os campos", disse, de acordo com o conceito de "songun" (prioridade ao exército) defendido por seu pai Kim Jong-Il.
Ao mesmo tempo, no entanto, o líder norte-coreano pediu a intensificação dos esforços para aliviar a tensão na fronteira com a Coreia do Sul, de acordo com os compromissos assumidos anteriormente pelos dois países.
"Um ponto importante para acabar com a divisão do país e conseguir a reunificação é eliminar o confronto entre Norte e Sul", afirmou Kim na mensagem de Ano Novo. "Os antecedentes nas relações coreanas demonstram que o confronto entre compatriotas só conduz à guerra", disse.
O pedido de Kim foi feito uma semana depois da eleição da conservadora Park Geun-Hye como presidente da Coreia do Sul e coincide com o debate no Conselho de Segurança da ONU sobre como punir a Coreia do Norte por seu recente lançamento de um foguete de longo alcance.
A mensagem de áudio foi a primeira do tipo desde que o avô de Kim, o fundador da Coreia do Norte, Kim Il-Sung, pronunciou uma similar em 1994, ano de sua morte.

 FONTE: Terra
 1 IMAGEM O ESTADÃO

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Com sensores nacionais, raia magnética da Marinha voltará a operar em breve

Com sensores nacionais, raia magnética da Marinha voltará a operar em breve


Foi assinado, em 24 de outubro, um Termo de Cooperação entre a Base Naval de Aratu (BNA) e o Observatório Nacional (ON), órgão subordinado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio do qual serão desenvolvidos e produzidos, com tecnologia de última geração e inteiramente nacional, sensores magnéticos do tipo “fluxgate”.

A BNA possui uma das poucas Estações de Tratamento Magnético de Navios existentes no hemisfério sul, de origem norte-americana e em operação desde a década de 90. Quando concluída a instalação dos novos sensores, a Base restabelecerá sua capacidade de tratar navios de grande porte (até 130m), com mais confiabilidade e precisão nas medições. Esse é um importante passo em busca de modernização e nacionalização de sua tecnologia.

O novo projeto começou a ser estudado no final de 2010, quando, a partir das características dos sensores originais, o ON desenvolveu um protótipo que, após ser testado “in loco” na Estação, usando os equipamentos originais de alimentação e aquisição de dados, mostrou ser mais preciso, menor e mais barato que os de origem norte-americana.

FONTE: Nomar

Irã afasta aviões estrangeiros durante a exercício naval

Irã afasta aviões estrangeiros durante a exercício naval
O Irã advertiu e fez recuar aviões estrangeiros de vigilância que tentaram se aproximar de suas forças durante um exercício naval no Estreito de Ormuz, disse um porta-voz militar iraniano nesta terça-feira. Os exercícios, que começaram na sexta-feira, visam mostrar a capacidade militar do Irã na rota de navegação através da qual passam 40% das exportações mundiais de petróleo marítimo.

Teerã ameaçou bloquear o estreito caso seja atacado militarmente por conta de seu polêmico programa nuclear. Os Estados Unidos disseram que não tolerariam qualquer obstrução do tráfego comercial feito através de Ormuz.

"Até agora, cerca de 30 avisos foram dados a aeronaves de reconhecimento e vigilância de forças extra-regionais que queriam se aproximar da área onde os treinos se desenvolviam", disse o comandante Amir Rastegari à Mehr, agência de notícias semi-oficial.

with Agusta AS-61 A-4 (Sikorsky SH-3D) Sea King transport helicopter
Yunes class diesel-electric submarine at sea
OTO Melara 76mm Super Rapid gun fired from possibly IRINS Naghdi (82)
Ghadir midget submarine at sea
Photos: IRINN
Iran TV stills by M-ATF @IMF

Ele disse que os aviões haviam sido advertidos a se manter fora do espaço aéreo iraniano e longe do local dos exercícios.

A agência oficial de notícias IRNA citou Rastegari, dizendo que os aviões estrangeiros se afastaram depois que o Irã emitiu avisos, porque estavam com "medo de serem destruídos" pelas forças iranianas. No domingo, o Irã afirmou que suas forças especiais e unidades de mergulho tinha feito exercícios de defesa dos portos e do litoral contra ataques.

Israel já ameaçou lançar ataques militares contra o programa nuclear do Irã, que muitos no Ocidente temem que seja destinado a desenvolver uma armas nucleares. O Irã diz que só está interessado na geração de energia elétrica e outros projetos pacíficos.


Fonte: Terra

Cubanos comemoram aniversário de 54 anos de Revolução no país

Cubanos comemoram aniversário de 54 anos de Revolução no país
No primeiro dia de 1959, Fidel Castro e suas tropas entraram em Santiago de Cuba e derrubaram Fulgencio Batista

A população cubana iniciou o ano de 2013 com a comemoração dos 54 anos da Revolução no país, que retirou Fulgencio Batista do poder em 1959. À meia-noite local, como já é tradição no país, uma bandeira foi hasteada em Santiago de Cuba, cidade pela qual entraram no território Fidel Castro e suas tropas.
De acordo com a Telesur, 160 municípios realizaram festividades pelo aniversário da Revolução Cubana. Outros eventos estão previstos para o dia 6 de janeiro.

Agência Efe


Líderes de diversos países felicitaram o governo cubano nesta terça-feira (1/1). Entre eles estão Jamaica, Romênia, Suriname, Nicarágua, entre outros.

O vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que está em Havana acompanhando a recuperação de Hugo Chávez, também agradeceu a colaboração de Cuba com seu país.

“Em nome do comandante Hugo Chávez Frías e com o mais profundo amor de Simón Bolívar, quero destacar a nossa infinita gratidão pelo desprendimento, a entrega e a solidariedade que encarnam cotidianamente as Missões Cubanas na Venezuela.”


FONTE: OPERA MUNDI
 

Yuri Dolgoruki é incorporado



Yuri Dolgoruki é incorporado

O cruzador submarino porta-mísseis estratégico Yuri Dolgoruki, principal porta-mísseis do projeto 955 Borei, entrará na composição da frota em 2012.
Para a frota russa é muito oportuno o início de funcionamento doYuri Dolgoruki: a gradual retirada dos velhos submarinos do projeto 667BDR Kalmar levou a redução séria da composição marítima das forças nucleares estratégicas russas e a introdução mesmo de um novo porta-mísseis será uma ajuda considerável: estarão em plantão de combate 16 mísseis que portam quase 100 ogivas. 
Yuri Dolgoruki foi projetado em 1996, mas de fato sua construção começou na década seguinte – o financiamento nos primeiros anos foi quase zero. Esse atraso, junto com o necessário aperfeiçoamento do projeto sob novos equipamentos, fez com que a construção do cruzador se estendesse por longos 12 anos – o lançamento do novo porta-mísseis à água foi somente em fevereiro de 2008. O submarino entrou em testes, depois da construção, já no verão de 2009, mas foi preciso adiar o início de funcionamento – era preciso o acabamento do complexo balístico e dos equipamentos de bordo do submarino e também a construção de obras necessárias da infra-estrutura costeira. 
O segundo porta-mísseis da série Alexander Nevsky foi iniciado em 2004. E sua construção foi feita muito mais depressa – o lançamento do porta-mísseis à água foi em dezembro de 2010 e o início dos testes foi no outono de 2011. E já na primavera-verão de 2013 o cruzador deverá ser inaugurado depois de disparos e carregado o conjunto de combate. 
O terceiro submarino –Vladimir Monomakhtambém percorreu o caminho, desde o início até o lançamento, em 6 anos: iniciado em 2006, em 30 de dezembro de 2012 ele será retirado da oficina da Sevmach. Sua inauguração está marcada para 2015. No futuro o prazo de construção de porta-mísseis desde o início até a entrega à frota deverá ser reduzido, graças ao desenvolvimento da produção em série dos agregados necessários e complementos e também à modernização das potencias de produção da própria Sevmach. O programa estatal de armamentos atual prevê a entrega de oito novos porta-mísseis até o ano de 2020. 
Os primeiros submarinos do projeto Borei deverão entrar na composição da Frota do Pacífico, entretanto a infra-estrutura costeira em Viliutchinsk (base das forças submarinas da Frota do Pacífico em Kamchatka) por enquanto não está pronta para receber novos submarinos. Espera-se que estes trabalhos serão concluídos até o verão de 2013. Considerando isto, é mais provável que o Yuri Dolgoruki, passará no mínimo os primeiros meses no norte e irá para o oceano Pacífico somente na primavera do próximo ano. Para lá também deverá ir o Severodvinsk, que recebeu esse nome em homenagem à capital da construção russa de submarinos, o primeiro submarino do projeto 885 Yasen, que deverá substituir os submarinos soviéticos de mútiplas finalidades. 
Se tudo ocorrer de acordo com os planos, as forças submarinas da Frota do Pacífico, até o final do decênio, estarão praticamente renovadas inteiramente, o que possibilitará falar de renascimento da potência marítima da Rússia nesse sentido. A atenção elevada de Moscou pelo Extremo Oriente é perfeitamente natural, considerando o aumento das forças das outras grandes potências nessa região.