sexta-feira, 1 de março de 2013

Wild Weasel: A nova função do Su-25 Frogfoot?

Wild Weasel: A nova função do Su-25 Frogfoot?
A Aeronáutica da Rússia será dotada em 2014 de uma modificação do Su-25 destinado para o combate aos meios da Defesa Antiaérea e capaz de detectar e aniquilar os complexos de defesa análogos aos Patriot dos EUA.

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Vietnã, primeira tentativa.


A guerra no Vietnã de 1965-75 foi à primeira ação militar em que a aviação norte-americana se defrontou com a resistência dos complexos de mísseis antiaéreos.


Em virtude disso, foi decidido criar aviões especiais, capazes de superar a barreira colocada pela defesa antiaérea. Tal missão imprescindível foi designada de Suppression of Enemy Air Defenses (SEAD), enquanto ao respectivo programa de projeção de novos aviões de assalto especiais foi atribuído o nome Wild Weasel. Posteriormente, os engenhos criados sob a sua alçada passaram a ter o mesmo nome.
Naquela etapa do Wild Weasel I, que se iniciou em 1965, eram utilizados os primeiros caças supersônicos F-100 Super Sabre.


A versão seguinte F-100F virou uma base do Wild Weasel que podia detectar radares do adversário mediante receptores de irradiação, enquanto o operador indicava os alvos a abater.


A seguir, no decurso do combate, era possível identificar o alvo por meios visuais e atacá-lo. No entanto, o F-100 não desenvolvia a elevada velocidade para acompanhar os F-105 Thunderchief e os F-4 Phantom II.

O Wild Weasel da segunda etapa foi construído com base em F-105. Os aviões EF-105F surgiram nas unidades aéreas em 1966, seguido logo de F-105G mais sofisticados.


A produção em série do F-105 foi suspensa um pouco antes, a saber, em 1964. Deste modo e devido a elevadas perdas na guerra contra o Vietnam, veio a diminuir o número de engenhos "assassinos da defesa antiaérea". Na sequência disso, as 4ª e 5ª etapas do programa foram realizadas por meio do F-4 Phantom II, nomeadamente, através das suas versões EF-4C Wild Weasel IV e F-4G Wild Weasel V.

De notar que cada geração do Wild Weasel recebia armas e equipamentos modernos, inclusive os mísseis teleguiados e os sistemas de luta rádioelectrónica. Após a guerra no Vietnã, os Wild Weasel prestavam serviço na Europa e no Extremo Oriente onde os EUA, em caso de necessidade, podiam lidar com a defesa antiaérea soviéticos. 


Nos anos 90 do século, os EUA optaram por uma via diferente: as tarefas relacionadas com um combate eficiente à DAA foram incumbidas aos caças F-16C polivalentes modernizados. As suas versões block 50 e block 52 dispunham de equipamento capazes de concretizar esta tarefa. Enquanto isso, a aviação marítima dos EUA empregava para o mesmo efeito seus próprios engenhos – o EF-10D Skyknight e depois os EA-6A e EA-6B Prowler. Hoje em dia, a Marinha, ao contrário da Força Aérea, continua apostando no uso de engenhos específicos. Os EA-6B obsoletos foram substituídos por aviões EA-18G Growler, criados com base em versão F/A-18F Super Hornet de dois assentos.


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O Caminho russo
Antes de 2008, a Aeronáutica russa não se confrontou com um adversário terrestre que tivesse meios de proteção melhores que os sistemas de defesa antiaérea portátil ou a artilharia antiaérea de pequeno calibre. A guerra contra a Geórgia em agosto de 2008 veio demonstrar que tal confrontação pudesse provocar sérias consequências e perdas. 
Daí, a necessidade de combate à DAA se tornou uma prioridade. Atualmente, esta meta tem de ser alcançada por aviões de assalto Su-24 (acima) e o Su-34 (ao lado)equipados de mísseis anti-radar. 



Todavia, os modelos, pelo visto, não têm capacidades suficientes. Por isso, tem causado surpresa a escolha do Su-25 como uma base para o Wild Weasel russo. Pelas características que leva, este avião de assalto é capaz de garantir apenas o acompanhamento dos Su-25. 


Para atuar em conjunto com bombardeiros e caças polivalentes não terá nem a velocidade, nem o alcance de voos suficientes. Todavia, para os aviões de assalto que ajam em cima do campo de batalha, tal engenho poderia ser útil. A execução de outras missões implicaria o recurso a modificações com base do Su-30.


Ou, pelos menos, será necessário um equipamento em contentor que, aliado aos respectivos armamentos, poderá transformar o Wild Weasel em qualquer avião-caça da Força Aérea russa.


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