Com o objetivo de preparar os pontos estratégicos do país diante de um possível ataque às suas infraestruturas, o governo federal promoveu hoje o 1º Exercício de Mobilização Nacional. Concentrado no Ministério da Defesa, representantes de diversos ministérios, empresas estatais e agências reguladoras tomaram contato com as diretrizes de logística e preparação doutrinária com vistas à elaboração do planejamento das próximas etapas que culminarão, entre os dias 12 e 21 de novembro, na Operação Charrua, que reunirá cerca de 10 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica na região Sul.
“Queremos reforçar a importância desse assunto para o nosso país. Não se trata de uma exclusividade do Ministério da Defesa. Nós somos o órgão central, mas precisamos da participação de todos os outros agentes para que possamos continuar pensando na nossa mobilização”, afirmou o Subchefe de Mobilização do MD, almirante Roberto Koncke Fiuza de Oliveira, ao concluir a reunião.
Mobilização Nacional
O encontro no MD teve por finalidade dar início às atividades de planejamento do Sistema Nacional de Mobilização (Sinamob), criado em 2007. Na reunião, foram programadas para a próxima semana visitas dos integrantes a unidades da Marinha e do Exército, no Rio de Janeiro. A equipe irá à Brigada de Infantaria Paraquedista, na Vila Militar, na próxima terça-feira (2/4).
No dia seguinte, os participantes irão ao Comando da Força de Submarino, em Niterói (RJ). A série de visitas termina na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), na Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. Entre maio e setembro, o grupo tem outras reuniões setoriais antes da operação de adestramento prevista para novembro.
Exercício
Na primeira atividade hoje no MD, o coronel Eustáquio Neto, da Seção de Planejamento e Doutrina da Subchefia de Integração Logística, apresentou as diretrizes da política de mobilização nacional e as linhas gerais da Política Nacional de Defesa que norteiam as operações conjuntas e a interoperabilidade entre os diversos agentes públicos.
“De 2004 até o ano passado realizamos cerca de 40 operações conjuntas, onde pude constatar que as Forças Armadas já falam a mesma língua”, disse o coronel Eustáquio.
Na segunda parte da reunião, o tenente coronel Hermes Oliveira, da Subchefia de Logística Operacional, fez exposição sobre a logística militar conjunta onde destacou a importância de preparar todas as etapas em detalhes para assegurar o sucesso da mobilização. Segundo ele, sem o preparo logístico as chances de a operação ser bem-sucedida são nulas.
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