segunda-feira, 11 de março de 2013

Brasil reduz presença no Haiti


Brasil reduz presença no Haiti


Soldado brasileiro da Minustah cumprimenta menino haitiano em favela de Porto Príncipe


Porto Príncipe – O Brasil realiza neste mês uma redução de seu contingente militar noHaiti, quase uma década depois de desembarcar no país, em 2004, no comando da força militar da missão de paz da ONU.

A partir de 27 de março até junho o Brasil enviará 460 militares para casa, colocando fim ao segundo batalhão criado diante da emergência do terremoto de 2010, informou o comandante do contingente brasileiro, coronel Rogério Rozas.

A brasileira continuará sendo a força mais numerosa no Haiti e o corte é parte de uma redução progressiva de capacetes azuis, que teve seu número ampliado após o terremoto que em 2010 matou 220.000 mil pessoas e deixou outras 2,3 milhões desabrigadas.

Japão e Coreia já deixaram o país, depois de terem participado dos trabalhos de reconstrução, e a Argentina está retirando 147 militares.

A Missão de Estabilização para o Haiti (Minustah) foi criada pelo Conselho de Segurança da ONU em 2004, após a crise que levou à saída do país do ex-presidente Jean Bertrand Aristide e que desencadeou uma onda de violência.

O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (2003-2010), grande embaixador da diplomacia do Sul que buscava projetar o Brasil na política mundial e conquistar um assento permanente no Conselho de Segurança, havia mobilizado um grande contingente.

Quase uma década depois, o Haiti “está estável e seguro” e o objetivo da ONU antes de sair é transferir a segurança à polícia e realizar eleições periódicas, disse à AFP o chefe da força militar da ONU, general Fernando Goulart.

Em 2004, “muitos bairros precisaram ser conquistados a tiros”, lembra Rozas.



Exame.com

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