O líder norte-coreano, Kim Jong-un, supervisionou um ataque de drones em um alvo simulado Sul-coreano na ultima quarta-feira, 20 de março. Segundo a agência de notícias de Pyongyang, KCNA, as forças armadas derrubaram um alvo simulando um míssil de cruzeiro.
Kim foi informado de que o exército norte-coreano é capaz de lançar “ataques de precisão contra qualquer alvo inimigo.”
A Coreia do Norte aumentou seus exercícios militares em resposta ao que considera como “hostis” exercícios conjuntos da Coreia do Sul e os Estados Unidos, depois de novas sanções pelo Conselho de Segurança da ONU contra Pyongyang, em resposta a um teste nuclear realizado em fevereiro.
Não se sabe se a Coréia do Norte possui drones, apesar de um relatório da agência sul-coreana de notícias Yonhap, no ano passado, afirmando que os norte-coreanos obtiveram drones da Síria para desenvolver drones de ataque.
“Os planos de ataque (com drones) foram atribuídos a rota de voo e hora com as metas da Coréia do Sul em mente, disse Kim Jong-un, acrescentando com grande satisfação que eles têm provado ser capaz de montar um super ataque de precisão em qualquer alvo dos inimigos “, informou a KCNA.
A KCNA também disse que uma unidade de defesa abateu com sucesso um alvo que imitou um “inimigo” míssil de cruzeiro Tomahawk.
A Coreia do Norte disse que revogou um armistício que encerrou a Guerra da Coréia entre 1950 e 1953 e ameaçou um ataque nuclear contra os Estados Unidos.
Embora a Coreia do Norte não tenha atualmente a tecnologia para realizar um ataque, os EUA informaram que iriam implantar baterias anti-mísseis no Alasca, para combater qualquer ameaça.
O relato da KCNA disse que Kim, 30, o terceiro de sua linha para governar a Coreia do Norte, daria ordens para destruir instalações militares em qualquer zona de guerra e também as bases americanas no Pacífico se o Norte foi atacado.
Mísseis da Coréia do Norte têm a capacidade de atingir bases no Japão e na ilha de Guam.
No começo do dia, a KCNA denunciou movimentos dos EUA que foram destinadas a encenar um “ataque preventivo nuclear” sobre a Coreia do Norte, citando a os voos de um bombardeiro B-52 dos EUA sobre a península coreana, bem como de um submarino nuclear armado.
Os EUA e a Coreia do Sul dizem que seus exercícios são defensivos.
A maioria dos especialistas militares dizem que o Norte provavelmente não vai lançar uma guerra total contra a Coreia do Sul e seu aliado, os EUA, devido ao seu armamento ultrapassado.
O mais provável seria Pyongyang encenar um ataque ao longo de uma fronteira marítima disputada entre os dois países, como o fez em 2010, quando bombardeou uma ilha sul-coreana, matando quatro pessoas.
Tal movimento seria um grande teste para o novo presidente sul-coreano Park Geun-hye que assumiu o cargo prometendo estreitar os laços com o Norte se este abandonasse seu programa nuclear.
Reuters – Via: CAVOK
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