Sem relação diplomática, Bolívia descarta diálogo com atual presidente chileno
Relacionamento entre os dois países piorou neste mês, com a prisão de três soldados bolivianos em território chileno
Agência Efe
Relação entre Bolívia e Chile piorou no último mês, com a prisão de três soldados bolivianos que foram soltos hoje
O governo da Bolívia afirmou nesta sexta-feira (01/03) que as relações do país com o Chile permanecerão “em ponto morto” e sem possibilidade de aproximação até o fim do mandato do presidente chileno, Sebastián Piñera.
“O governo considera que as relações com o Chile estão em ponto morto até que o presidente Piñera continue no cargo. Não existe possibilidade nem de diálogo, pelas tensões que foram produzidas desde que Piñera entrou no governo e interrompeu a aproximação entre os dois países, que ocorria no governo de Michelle Bachelet”, afirmou a ministra boliviana de Comunicação, Amanda Dávila.
O presidente Evo Morales também deu fortes declarações sobre o Chile, país com o qual a Bolívia não mantém relações diplomáticas. Morales disse que o país vizinho deveria “pedir perdão” aos três soldados bolivianos que foram detidos por entrarem armados em território chileno sem permissão. Eles argumentam que estavam perseguindo contrabandistas.
Para o governo boliviano, as três prisões foram uma maneira do Chile retaliar o país pela sua demanda marítima em diversos foros multilaterais.
A relação entre os dois países é turbulenta desde 1879, quando a Bolívia perdeu sua saída para o mar em uma guerra com o Chile. “Existem feridas profundas entre os países e os povos também sentem isso”, afirmou Dávila.
Durante o governo de Bachelet, foi criada uma agenda de 13 pontos para aproximar os dois países e dar uma solução conjunta sobre a saída marítima boliviana, mas Piñera abandonou tal iniciativa. O Chile fará eleições presidenciais em novembro deste ano.
Opera Mundi
Nenhum comentário:
Postar um comentário