segunda-feira, 8 de abril de 2013

Projeto russo de usina atômica será apresentado em concursos internacionais



EPA
O projeto russo de usina atômica AES 2006 será apresentado em vários concursos internacionais em 2013-2014: na República Tcheca, Eslováquia, Hungria e, possivelmente, na Finlândia.


Atualmente, tecnologias russas de construção de blocos energéticos são umas das mais modernas no mundo, sobretudo em termos de segurança. O projeto AES 2006, com o reator energético água-água de 1.200 megawatts de potência, corresponde plenamente a todos os padrões da Agência Internacional de Energia Atômica e foi certificado pela Associação Europeia de Operadores Nucleares.

Este projeto foi desenvolvido ainda antes da avaria na usina atômica de Fukushima, incluindo já naquela altura todas as barreiras e sistemas de segurança, que posteriormente foram denominados como medidas pós-Fukushima, aponta o porta-voz da corporação estatal Rosatom, Serguei Novikov:

“Propomos e aplicamos os projetos mais contemporâneos que pela classificação internacional correspondem ao padrão “3+”. Este é o mais alto nível de classificação. Na Rússia, efetuamos trabalhos simultaneamente em diferentes canteiros de obras, construindo nove blocos energéticos, seis dos quais têm reatores AES 2006. Reatores de quarta geração apenas estão sendo desenvolvidos no mundo em cooperação internacional. A Rússia também participa deste projeto.”

O projeto AES 2006 prevê uma conjugação única de elementos ativos e passivos de segurança, ou seja daqueles que operam por decisão do homem ou sem a ordem do pessoal, mesmo se forem registradas perdas no abastecimento de energia, diz Serguei Novikov:

“Faz parte dessas medidas o sistema de retirada passiva de calor. Se, por exemplo, o reator reaquecer, provocando a evaporação de condutor de calor, este sistema permite refrigerar a zona ativa, mesmo no caso de perda de energia elétrica e, como consequência, de abastecimento de água, não admitindo deste modo a fundição. Mesmo se acontecer o incrível e o combustível no reator começar a fundir-se, está previsto tal dispositivo como armadilha contra a fundição da zona ativa. Mas o nível de probabilidade desta situação é um caso para um milhão de anos da operação.”

Hoje, as companhias energéticas mundiais não simplesmente propõem construir usinas atômicas, mas também preveem um leque de serviços, inclusive o fornecimento de combustível, de sistemas e de equipamentos. Deste ponto de vista, o projeto russo AES 2006 é plenamente competitivo, destaca o diretor do Fundo de Desenvolvimento Energético, Serguei Pikin:

“A Rússia, tal como outros líderes na construção de usinas atômicas, propõe projetos “chave na mão” com o mesmo serviço de pós-garantia. Estamos nesta esfera ao nível de concorrentes. Neste caso, trata-se de como será garantido esse serviço, quanto irá custar, como serão garantidos fornecimentos de combustível e a que preço. Hoje, um projeto avalia-se pelo preço do ciclo vital de operação da central e não pelo preço da própria usina. É disso que depende a opção final do cliente.”

Como se espera, até o fim do ano em curso, será anunciado o vencedor do concurso de construção de dois blocos energéticos da usina atômica de Temelin na República Tcheca. As perspetivas do projeto russo são avaliadas como boas. Até o fim do ano também devem ser organizados concursos de construção de blocos energéticos nucleares na Eslováquia e Hungria. Há possibilidades de participar de projetos atômicos na Finlândia. Naquele país é bem conhecido o alto nível de tecnologias russas no exemplo da usina atômica de Loviisa, que funciona bem e com segurança durante muitos anos.



Voz da Rússia

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