segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Após acordo nuclear com Irã, EUA reiteram que “manterão compromisso” com Israel

 Obama telefona para Netanyahu, que classifica pacto internacional com governo iraniano como "um desastre histórico"

 Barack Obama telefonou na madrugada desta segunda-feira (25/11) para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para discutir o acordo nuclear fechado ontem (24) pelo G5+1 com o Irã. O presidente norte-americano reiterou que os EUA "se manterão firmes" em seu compromisso com Israel, acrescentando que o principal aliado do Oriente Médio "tem de fato boas razões para ser cético sobre as intenções iranianas".

 


Agência Efe

Netanyahu condenou acordo nuclear com Irã: "um desastre histórico"


Em comunicado oficial, a Casa Branca informou que os dois líderes "reafirmaram seu objetivo comum de impedir que o Irã obtenha uma arma nuclear". Obama explicou ao primeiro-ministro israelense que os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (EUA, Reino Unido, França, China e Rússia) mais a Alemanha utilizarão os próximos meses para buscar "uma solução duradoura, pacífica e integral".


 De acordo com o portal israelense Haaretz, o telefonema de Obama serviu para amenizar o desconforto diplomático entre os países já que, com a retórica contra o acordo nuclear, o governo israelense se afastou do discurso das grandes potências, que apoiaram em grande escala o pacto de inspeção.

Washington também confirmou que a intenção dos EUA é "iniciar imediatamente consultas com Israel", a respeito das negociações realizadas para uma solução integral. Segundo informações da Agência Efe, Obama e Netanyahu acertaram permanecer em contato estreito durante os seis meses que durar o acordo.
 O acordo congelará nos próximos seis meses o programa nuclear do Irã para que sejam tomadas medidas de inspeção das instalações de enriquecimento de urânio. A intenção é comprovar que o programa iraniano seja "completamente e exclusivamente para fins pacíficos", segundo os negociadores de paz.

 

O premiê iraniano, Javad Zarif, afirma que uma comissão conjunta será encarregada de verificar a implementação do acordo. Em entrevista coletiva, o chanceler afirmou estar confiante que o plano de Genebra "vai na direção correta". Ele acredita que a medida mostra confiança para a comunidade internacional "que suspeitava que as atividades nucleares pudessem ter fins militares".

No entanto, Javad Zarif disse que se trata de "um primeiro passo" e que agora todas as partes devem continuar trabalhando juntas "e sobre uma base de igualdade e respeito mútuo" para garantir este resultado a longo prazo.
 

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