quarta-feira, 13 de março de 2013

Irã não pode produzir urânio para fins bélicos sem ser detectado, dizem EUA

Irã não pode produzir urânio para fins bélicos sem ser detectado, dizem EUA



O diretor Nacional de Inteligência dos Estados Unidos, James Clapper, afirmou nesta terça-feira que seu país considera que o Irã não poderia produzir urânio altamente enriquecido, que pode ser usado tanto na construção de uma arma nuclear como para fins pacíficos, sem ser detectado.
Em uma audiência no Senado, Clapper apresentou o relatório anual sobre ameaças contra interesses dos EUA no mundo, no qual se adverte que o Irã desenvolveu durante no último ano uma tecnologia que aprimora sua capacidade de enriquecer urânio.

"Estes avanços técnicos fortalecem nossa avaliação de que o Irã tem a capacidade científica, técnica e industrial para produzir eventualmente armas nucleares", indicou o diretor nacional de inteligência.

No entanto, apesar deste progresso, "consideramos que o Irã não poderia desviar materiais resguardados e produzir urânio para fabricação de armas antes que essa atividade fosse descoberta", afirmou Clapper no relatório.

Desta forma, a inteligência dos EUA assinalou que o Irã está fortalecendo suas capacidades nucleares para se defender e obter prestígio e influência regional, embora tenha admitido que não se sabe ao certo "se Teerã optará pela fabricação de armas nucleares".

De acordo com o relatório, as autoridades americanas consideram que, se alguma vez Teerã decidisse avançar nesse programa, "provavelmente" optaria pela construção de um míssil balístico ao invés de montar uma arma nuclear.

O relatório, por outro lado, adverte de que o Irã "já conta com o maior estoque de mísseis balísticos do Oriente Médio", ao mesmo tempo em que aumenta sua produção doméstica de mísseis antiaéreos e desenvolve seu primeiro míssil de longo alcance.

O programa nuclear iraniano é motivo de preocupação para a comunidade internacional devido à suspeita de que o mesmo possui fins bélicos, uma posição que Teerã insiste em negar.
Além da questão do programa nuclear, o documento assinalou que o Irã também se tornou um "crescente" e "agressivo" ator cibernético, ressaltando que o regime islâmico "prefere evitar qualquer confronto direto com os Estados Unidos". 


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