O secretário geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, apelou para que os países da União Europeia invistam mais em defesa apesar das restrições econômicas, sob o risco de comprometerem a parceria militar do bloco com os Estados Unidos.

Rasmussen disse, durante a divulgação de relatório ontem (31), que se os investimentos em defesa continuarem baixos “ a capacidade prática das nações europeias para agir juntamente com os EUA será comprometida”. O secretário acrescenta que a OTAN ainda é “o poder militar mais importante no mundo”.

Porém, Rasmussen alerta que ameaças como terrorismo, pirataria e guerra cibernética não darão trégua enquanto a Europa tenta se recuperar economicamente, e acrescenta: “a ascenção de novo poderes pode criar um vácuo entre a capacide de de influência [desses novos agentes] e a nossa”.

O documento divulgado ontem aponta que 72% dos investimentos em defesa da OTAN em 2012 foram por parte dos Estados Unidos, em comparação aos 68% de 2007. Alemanha, França, Itália e Reino Unido respondem pelo resto das despesas, mas a contribuição francesa caiu dramaticamente.

De acordo com o relatório, “[essa retração] pode fragilizar laços de solidariedade e comprometer a capacidade dos países europeus para agir sem envolvimento norte-americano”. Ainda segundo o documento, as despesas militares da OTAN corresponderam a 60% dos gastos militares globais em 2011, e devem cair para 56% em 2014.

FONTE: EU Observer e Naval Open Source Intelligence tradução: Forças Terrestres