sábado, 25 de maio de 2013

Voou o primeiro jato AF-1 Skyhawk da Marinha do Brasil modernizado pela Embraer



Ontem radioamadores de Confins-MG, ouviram o primeiro caça AF-1 Falcão (A-4KU Skyhawk II) da Marinha do Brasil já modernizado pela Embraer fazendo procedimentos sobre a área de Confins.

A aeronave decolou de Gavião Peixoto para Confins, em seu primeiro voo na nova configuração.
Modernização

No dia 11 de maio de 2011, a Marinha do Brasil (MB) aprovou a implementação de melhorias no programa de modernização das aeronaves AF-1/1A que irão alterar a concepção das novas aeronaves AF-1B/C.

O Programa de Modernização das aeronaves AF-1/1A encontra-se em andamento, tendo sido o contrato, de duração aproximada de 5 anos, celebrado com a Embraer em abril de 2009.

Naquela época, a Empresa não possuía condições técnicas e nem conhecimento da aeronave AF-1/1A para precificar, dentro do prazo disponível, algumas melhorias na interface entre os sistemas modernizados e os que permaneceriam na aeronave.


Com o passar do tempo, a Embraer foi adquirindo experiência no projeto e, submeteu a arquitetura aviônica da aeronave modernizada à MB.

O Setor Operativo, com a corroboração do Setor de Material, solicitou a incorporação de equipamentos novos e modificações em alguns sistemas, a fim de aumentar a capacidade operativa das aeronaves AF-1/1A e, com isso, viabilizar o seu emprego em operações combinadas.
Novo painel do AF-1

Os principais pontos do Programa de Modernização:
Revisão Geral das aeronaves (PMGA);
Novo radar com inúmeras capacidades (Elta 2032);

Sistema OBOGS (On Board Oxygen Generation System), que gerará o oxigênio proveniente da atmosfera para os tripulantes, sem a necessidade de abastecimento das atuais garrafas de oxigênio;
Novo sistema de geração de energia, com a substituição dos atuais geradores e conversores;
Novos rádios para realizar, automaticamente, comunicação criptografada e que permitirá no futuro a transmissão de dados via data-link;
Sistema inercial (EGI) de última geração;
HOTAS (Hand On Throttle and Stick), mão sempre no manche;
Novo HUD (Head Up Display), que permitirá aos pilotos manter sua atenção para fora do cockpit.
Dois display tático 5”x7”, Color Multi-Function Display (CMFD) , que apresentará ao piloto as informações de missão através das “páginas” selecionadas;
Computador principal que executará todo cálculo de navegação e balístico, para o piloto poder empregar os armamentos (bombas, metralhadora e futuramente o míssil MAA-1B)
Revisão Geral dos motores.
Instalação do Radar Warning Receiver (RWR): possibilita à aeronave detectar e se evadir de ameaças, como mísseis e caças inimigos, o que aumenta a capacidade de sobrevivência da aeronave e a probabilidade de sucesso nas missões;
Instalação do 3º Rádio VHF: capacita a aeronave a operar seus dois rádios ROHDE SCHWARZ na transmissão de dados via data-link, enquanto permanece com a escuta dos órgãos ATC (Air Traffic Controler);
Revitalização do Piloto Automático: possibilita ao piloto gerenciar seus sistemas, permitindo maior concentração na missão imposta;
Integração do Radar Altímetro e do TACAN: facilita ao piloto focar a sua atenção em apenas um instrumento (a tela do CMFD que concentrará todas estas informações), aumentando assim sua consciência situacional quando operando do porta-aviões e quando voando em condições de voo por instrumento;
Integração dos instrumentos do motor: possibilita ao piloto receber os avisos aurais dos limites de funcionamento do motor, concentração das informações em uma única tela e melhor visualização das informações dos indicadores; e
Estações de briefing e debriefing: possibilita ao piloto condições de preparar melhor a missão, garantindo assim um maior aproveitamento, economia de utilização dos equipamentos aviônicos, melhor disposição das informações geradas em vôo para treinamento das equipagens e avaliação das missões.

A modernização atingiu uma maturidade que proporcionará à MB a oportunidade de operar um vetor aéreo no estado da arte, quanto à aviônica e sistemas embarcados, qualificando-a a empregar suas aeronaves em operações aeronavais e aéreas, nacionais e internacionais, o que aumentará significativamente a operacionalidade da Aviação Naval da Marinha.





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