segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Radar quântico pode anular tecnologia de aviões invisíveis

    Radar quântico pode anular tecnologia de aviões invisíveis


Um radar baseado nas leis da mecânica quântica promete acabar de vez com a indústria dos detectores, pequenos aparelhos que motoristas usam para enganar os radares da polícia. 
Mais do que isso, o sistema ultrasseguro poderá ser usado para anular mecanismos de camuflagem militar usados para que os aviões de guerra apareçam como pássaros nas telas de radar.

Sistemas de radar e LIDAR (radar a laser) emitem ondas de rádio ou de luz que refletem em um objeto e retornam à posição de origem, permitindo calcular posição, velocidade e formato do objeto.
Mas esses sistemas podem ser ludibriados por dispositivos que gerem ondas da mesma frequência que as emitidas para o rastreamento. É assim que os detectores de radar funcionam.







Criptografia de radar

Mehul Malik e seus colegas das universidades de Rochester (EUA) e Ottawa (Canadá) descobriram que é possível usar uma técnica da criptografia quântica - usada para proteger documentos - para revelar quando os fótons que retornam ao sistema são falsos.

Isso permite distinguir entre os fótons verdadeiros, aqueles que são frutos da reflexão e trazem informação sobre o objeto de interesse, e aqueles que nasceram de um aparelho espião, que está tentando enganar o sistema.
A técnica consiste em polarizar cada fóton que sai do radar em uma de duas formas, seguindo uma sequência precisa.

O radar super-seguro mede a polarização dos fótons que chegam até ele, o que força alguém que está tentando criar um feixe de retorno falso a também polarizar seus fótons - só que eles não sabem a sequência correta, o equivalente à senha usada na criptografia.

Aviões visíveis

Mesmo que o sistema de detecção do radar ente medir os fótons que chegam até ele, a mecânica quântica garante que uma quantidade significativa das polarizações verdadeiras será perdida.
Assim, um feixe falso sempre conterá mais fótons com polarizações erradas do que o feixe verdadeiro.

Nos testes de laboratório, os fótons refletidos pelo recorte de um bombardeiro stealth apresentaram uma taxa de erro inferior a 1%, enquanto mais de 50% dos fótons criados em tempo real para imitar a forma de uma ave - uma técnica usada pelos militares - tinham a polarização errada.

A técnica é a mesma usada na criptografia quântica para detectar quando alguém está tentando interceptar uma mensagem.

Fonte: Site Inovação Tecnológica (Com informações da New Scientist) - Via Aviation News

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