sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Paraguai não dará imunidade diplomática para observadores da Unasul

País está suspenso da entidade desde o impeachment de Fernando Lugo
O governo de Paraguai decidiu negar a condição de “imunidade diplomática” para os integrantes de uma missão da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), convidados pelo TSJE (Tribunal Superior de Justiça Eleitoral) paraguaio. Eles iriam ao país, suspenso pela entidade em razão do impeachment do presidente Fernando Lugo em junho, para trabalharem como observadores na próxima eleição, marcada para 21 de abril de 2013.

A decisão compromete a promessa feita pelos países da Unasul e do Mercosul (Mercado Comum do Cone Sul) de que, se a eleição em abril decorresse sem maiores irregularidades, o Paraguai voltaria na condição de membro pleno nas duas entidades. Para os dois blocos regionais, Lugo foi tirado do poder sem o devido direito à defesa e provocou uma “ruptura democrática” no país.

A informação foi confirmada pelo chanceler José Félix Fernández Estigarribia em coletiva de imprensa. "Podem dizer e pedir o que quiserem, este é um país livre, mas não vamos outorgar imunidade a representantes de países que nos castigam e nos perseguem. Seria ilógico", disse o chanceler.
"Os representantes da delegação estarão por sua própria conta", disse o chanceler, que afirmou que "a postura paraguaia não mudará enquanto a suspensão do país à Unasul continuar vigente".

Horas antes, o TSJE anunciou que iniciaria os trâmites com o ministério de Relações Exteriores para a garantir a imunidade diplomática dos funcionários da entidade.

Por enquanto, as eleições gerais paraguaias deverão contar com enviados da OEA (Organização dos Estados Americanos), da União Europeia e do grupo norte-americano Centro Carter.

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