quarta-feira, 28 de novembro de 2012

REINO UNIDO VAI SE ABSTER EM VOTAÇÃO SOBRE STATUS DOS PALESTINOS NA ONU



Reino Unido vai se abster em votação sobre status dos palestinos na ONU

Alemanha não apoiará conceder a palestinos status de 'Estado observador não-membro'; Espanha, Suíça e Dinamarca se unem à França no apoio à iniciativa


O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, afirmou nesta quarta-feira que o Reino Unido vai se abster na votação sobre uma mudança do status dos palestinos na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) a não ser que os palestinos 
se comprometam, entre outras coisas, a retomar imediatamente e sem condições as negociações com o Estado de Israel.
A Alemanha, por sua vez, não votará a favor dos palestinos, anunciou em Berlim Steffen Seibert, porta-voz do governo alemão, acrescentando que seu país procura que as nações da União 
Europeia tenham uma posição comum sobre o assunto. Mas  Espanha, Dinamarca e Suíça se uniram à França no apoio à iniciativa palestina, que será votada na quinta-feira.

A Autoridade Palestina, de Mahmud Abbas, pede que organização aprimore seu status de "entidade observadora" para " Estado observador não-membro " até o fim de 2012. O título é usufruído por outros, como o Vaticano, e daria aos palestinos acesso a outras organizações internacionais. Para os palestinos, a medida também seria um passo importante em direção a uma solução de dois Estados com Israel. Eles precisam de dois terços dos 194 votos da Casa para conseguir a mudança.
Hague afirmou que o Reino Unido não votará contra, mas que só apoiaria a iniciativa se tivesse garantias de que os palestinos buscariam negociações sem pré-condições com Israel. Como não as têm, se absterá.
A Autoridade Palestina diz ter o apoio de mais de 130 países na votação. No domingo, durante discurso na Cisjordânia, Abbas se disse confiante. 
O pedido para a mudança de status é feito depois de a Autoridade Palestina ter visto fracassar sua tentativa de conseguir o reconhecimento de um Estado no ano passado pelo Conselho de Segurança da ONU. Esse pedido ambicioso não conseguiu reunir votos suficientes diante da dura pressão dos EUA.
Na segunda-feira, o movimento islâmico Hamas disse que apoiava a tentativa de Abbas de ganhar mais poder para os palestinos na ONU, no mais recente sinal de uma reaproximação entre os rivais políticos.
O anúncio do Hamas foi inesperado. O grupo não reconhece o direito de existência de Israel e rejeitou as tentativas anteriores de Abbas de promover a causa palestina no palco diplomático. Abbas comanda a Cisjordânia ocupada. O Hamas governa a Faixa de Gaza e acaba de travar um conflito de oito dias com Israel .

      FONTE:  Último Segundo - iG






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