Reino Unido vai se abster em votação sobre status dos palestinos na ONU
Alemanha não apoiará conceder a palestinos status de 'Estado observador não-membro'; Espanha, Suíça e Dinamarca se unem à França no apoio à iniciativa
O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, afirmou nesta quarta-feira que o Reino Unido vai se abster na votação sobre uma mudança do status dos palestinos na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) a não ser que os palestinos
se comprometam, entre outras coisas, a retomar imediatamente e sem condições as negociações com o Estado de Israel.
A Alemanha, por sua vez, não votará a favor dos palestinos, anunciou em Berlim Steffen Seibert, porta-voz do governo alemão, acrescentando que seu país procura que as nações da União
Europeia tenham uma posição comum sobre o assunto. Mas Espanha, Dinamarca e Suíça se uniram à França no apoio à iniciativa palestina, que será votada na quinta-feira.
A Autoridade Palestina, de Mahmud Abbas, pede que organização aprimore seu status de "entidade observadora" para " Estado observador não-membro " até o fim de 2012. O título é usufruído por outros, como o Vaticano, e daria aos palestinos acesso a outras organizações internacionais. Para os palestinos, a medida também seria um passo importante em direção a uma solução de dois Estados com Israel. Eles precisam de dois terços dos 194 votos da Casa para conseguir a mudança.
Hague afirmou que o Reino Unido não votará contra, mas que só apoiaria a iniciativa se tivesse garantias de que os palestinos buscariam negociações sem pré-condições com Israel. Como não as têm, se absterá.
A Autoridade Palestina diz ter o apoio de mais de 130 países na votação. No domingo, durante discurso na Cisjordânia, Abbas se disse confiante.
O pedido para a mudança de status é feito depois de a Autoridade Palestina ter visto fracassar sua tentativa de conseguir o reconhecimento de um Estado no ano passado pelo Conselho de Segurança da ONU. Esse pedido ambicioso não conseguiu reunir votos suficientes diante da dura pressão dos EUA.
Na segunda-feira, o movimento islâmico Hamas disse que apoiava a tentativa de Abbas de ganhar mais poder para os palestinos na ONU, no mais recente sinal de uma reaproximação entre os rivais políticos.
O anúncio do Hamas foi inesperado. O grupo não reconhece o direito de existência de Israel e rejeitou as tentativas anteriores de Abbas de promover a causa palestina no palco diplomático. Abbas comanda a Cisjordânia ocupada. O Hamas governa a Faixa de Gaza e acaba de travar um conflito de oito dias com Israel .
FONTE: Último Segundo - iG
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