segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Fracassa lançamento de satélite brasileiro em parceria com a China

Fracassou nesta segunda-feira a tentativa de colocar em órbita o satélite CBERS-3, o quarto lançado pelo programa de observação da Terra que o Brasil mantém em parceria com a China.

Informações preliminares apontam uma falha no foguete que efetuou o lançamento. Ainda não se sabe o que provocou o problema. O foguete caiu no polo Sul.

O lançamento, realizado na base de Taiyuan, no norte da China, aconteceu no horário previsto, à 1h26 (horário de Brasília) desta segunda-feira.

Inicialmente, as informações eram de que tudo ocorrera bem. Mas cerca de uma hora depois do lançamento, os responsáveis chineses informaram que o satélite não entrou em órbita.

A presidente Dilma Rousseff já tinha pronto um comunicado para parabenizar o sucesso da operação, mas foi informada por telefone do fracasso do lançamento do foguete.

O clima é de frustração na delegação brasileira que viajou para acompanhar o lançamento. Entre eles, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e o ministro de Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp.

Raupp disse que o plano agora é antecipar para 2014 o lançamento do Cbers-4, previsto para 2015. Os equipamentos estão prontos, mas técnicos do Inpe acham improvável que a integração da parte chinesa com a brasileira seja concluída em menos de 14 meses.

O custo do lançamento foi de US$ 15 milhões. O modelo do foguete chinês utilizado foi o Longa Marcha 4B. Esse modelo já fez 34 lançamentos de satélites com 100% de sucesso.


Do
UOL

Obama diz que vai propor reformas em agência de espionagem dos EUA

 O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse na quinta-feira (5) que pretende propor reformas na Agência de Segurança Nacional (NSA) para garantir que a privacidade de cidadãos americanos não está sendo violada.


"Parte do que estamos tentando fazer no mês que vem é uma revisão independente. Eu vou propor um comedimento na NSA e iniciar algumas reformas que possam dar às pessoas mais confiança", disse Obama, em entrevista a um programa da rede de TV "MSNBC".

As denúncias sobre o monitoramento da NSA suscitaram preocupações sobre os alcances das operações da agência e sua capacidade de espionar as comunicações de cidadãos americanos e líderes estrangeiros. No Brasil, segundo documentos vazados pelo ex-prestador de serviço da NSA
Edward Snowden, houve espeionagem de conversas da presidente Dilma Rousseff e de seus principais assessores.

Em uma das últimas denúncias contra as ações da agência, o jornal "Washington Post" revelou esta semana que a NSA reúne cerca de 5 bilhões de registros diários de telefones celulares no mundo, incluindo os aparelhos de alguns americanos. A informação também foi obtida em documentos vazados por Snowden.

Entenda o caso
O ex-técnico da CIA
Edward Snowden, de 29 anos, é acusado de espionagem por vazar informações sigilosas de segurança dos Estados Unidos e revelar em detalhes alguns dos programas de vigilância que o país usa para espionar a população americana – utilizando servidores de empresas como Google, Apple e Facebook – e vários países da Europa e da América Latina, entre eles o Brasil, inclusive fazendo o monitoramento de conversas da presidente Dilma Rousseff com seus principais assessores.

Cinco meses após suas primeiras revelações, documentos vazados por ele continuam repercutindo em jornais ao redor do mundo, e novas informações sobre a espionagem de presidentes e chanceleres de países da Europa têm sido reveladas.

Snowden teve acesso às informações que vazou para a imprensa quando prestava serviços terceirizados para a Agência de Segurança Nacional (
NSA) no Havaí (Veja 11 perguntas e respostas sobre o caso).


Do
G1

Brasil ‘espalha’ adidos militares para ampliar influência e fazer negócios

 
Representantes das Forças Armadas estão instalados em embaixadas brasileiras em 34 países, a maioria com baixo poderio bélico e com investimentos reduzidos no setor

Wilson Tosta – O Estado de S.Paulo

RIO – Mais da metade dos adidos militares do Brasil está em países com pouca ou nenhuma relevância bélica, mostra levantamento do Estado. Dos 63 oficiais nesses cargos em 34 nações, 33 ficam em países que gastam por ano menos de US$ 5 bilhões no setor. Os vencimentos (salários e verbas indenizatórias), com o dólar a R$ 2,32, chegaram em agosto a R$ 41 mil médios, muito além do teto salarial do funcionalismo, que é de pouco mais de R$ 28 mil.

A maioria é coronel do Exército, da Aeronáutica ou capitão de mar e guerra – há ainda oficiais generais (nos EUA) e um tenente-coronel. Os dados são do Ministério da Defesa, obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, do Portal da Transparência nos Recursos Públicos Federais e da base de dados do Stockholm International Peace Research Institute (Sipri).

“Não é a eventual relevância militar de um país que define a presença ou não de adidos militares brasileiros, mas a importância estratégica que esse país tem para o Brasil, levando-se em conta seu potencial de cooperação na área de defesa”, diz o Ministério da Defesa. “Países sul-americanos estão situados no chamado entorno estratégico brasileiro, região para a qual o Brasil tem incentivado mecanismos de fortalecimento de parcerias estratégicas.”

Em 2009, o procurador no Tribunal da Contas de União (TCU) Marinus Marsico pediu investigação sobre despesas com adidos militares. Após examinar o caso, o TCU o arquivou, em junho do ano passado, por não ver irregularidades.

“Não acho que ter adidos seja bobagem, é política de Estado”, diz o professor do Instituto de Relações Internacionais da PUC-RJ Márcio Scalércio. “Atende a determinadas posições diplomáticas. O Brasil tenta ter influência em alguns países. Para isso, é preciso ter bom relacionamento com os militares locais.” Ele ainda vê motivação comercial da indústria bélica na ação desses profissionais.

Teoricamente, os adidos militares promovem intercâmbio com Forças Armadas de nações amigas, segundo o Ministério da Defesa, trabalhando para “orientar relações de cooperação regionais e colaborando na troca de conhecimentos sobre produtos de defesa”. O Brasil, porém, mantém esses dispendiosos postos em países com baixíssimos peso e despesas no setor. São nove adidos, três para cada país, por exemplo, no Paraguai, no Uruguai e na Bolívia – com despesas militares, em 2012, respectivamente, de US$ 421 milhões, US$ 971 milhões e US$ 396 milhões.

A Marinha mantém adidos navais no Paraguai e Bolívia, apesar de serem países sem saída para o mar. A Fuerza Naval Boliviana é dotada de cerca de 20 barcos pequenos, a maioria de patrulha. Na Armada Paraguaya, são cerca de 50 embarcações, em sua maioria pequenas lanchas de patrulha. As Forças Aéreas dos dois países também são modestas: a Bolívia tem menos de dez caças, e o Paraguai tem o máximo de seu poder aéreo em alguns EMB-312 (Tucanos).

Interesses. “Agora que tem algumas empresas privadas atuando na área de produção de equipamento (militar), isso (ter adidos) tem consonância com esse tipo de interesse. A gente não vai vender para os EUA, mas para a Bolívia, países africanos, tem chance”, diz Scalércio.

Um exemplo que Scalércio cita é o da Namíbia, onde o Brasil tem um capitão de mar e guerra. O País, conta ele, participa de uma corrida pela influência diplomática na África, o que ajudaria a explicar a existência de adidos no continente. Além da Namíbia, o Brasil tem oficiais na área diplomática em Angola, Egito, Moçambique e Nigéria. O representante na Angola recebeu, em março, a maior remuneração, perto de R$ 70 mil.

Na outra ponta, o País mantém adidos em países que estão na elite dos gastos no setor militar. Na França, 5.º maior orçamento bélico do mundo (US$ 60 bilhões), o Brasil tem adidos para as três Forças. O País mantém intenso relacionamento com os franceses no setor: comprou quatro submarinos Scorpène e também o casco do futuro submarino a propulsão nuclear e 50 helicópteros. A França disputa, com os aparelhos Rafale, da Dassault, a escolha para venda de caças ao Brasil.

No país com 2.º maior orçamento militar, a China (US$ 142 bilhões anuais em 2011), o Brasil tem três adidos, enquanto na Rússia, o 3.º colocado (US$ 72 bilhões), apenas um.
‘Política externa e militar norteia escolha de locais’

Wilson Tosta / RIO – O Estado de S.Paulo

O Ministério da Defesa afirma que critérios de estratégia política norteiam o estabelecimento de relações com outros países na área militar por meio de adidos. Para criar as “aditâncias”, o governo leva em conta a importância do país sob exame, segundo o Ministério das Relações Exteriores; e o interesse da Defesa, “em função do nível de cooperação militar existente ou potencialmente existente”. Há, porém, questões geopolíticas mais amplas.

“Vale lembrar que é interesse do Brasil manter o Atlântico Sul um oceano livre de conflitos e armamentos nucleares”, diz a pasta. “A cooperação com diversos países sul-americanos e africanos na área de defesa reflete essa preocupação.” Os militares das Forças Armadas brasileiras servindo no exterior recebem a chamada “retribuição”.

Sua remuneração é regulada pela Lei no 5.809, que dispõe sobre a retribuição e direitos do pessoal civil e militar em serviço da União no exterior. Valores recebidos fora do País variam conforme a missão desempenhada, posto ou graduação, o período de permanência e peculiaridades inerentes à jurisdição da sua área de atuação e ao local onde suas funções estão sediadas, explica o ministério.

“Eventuais variações de valores recebidos por militares podem decorrer de condições afeitas à sazonalidade das substituições dos mesmos nas referidas missões. Nesses casos, alguns militares no exterior poderão apresentar valores totais de retribuição, em dólares, em montantes variados em relação à média. Isso ocorre, principalmente, devido ao recebimento de indenização de ajuda de custo no exterior, por movimentação para localidade no exterior ou por motivo de regresso ao Brasil”, diz a pasta. Os valores, pagos em dólar, podem ultrapassar legalmente o teto constitucional.

FONTE: Estadão

Porta-aviões chinês Liaoning atraca no Mar da China Meridional

 
 O porta-aviões chinês "Liaoning" atracou nesta sexta-feira pela primeira vez em uma base militar no Mar da China Meridional, onde o país asiático mantém reivindicações territoriais com países vizinhos e no meio de um aumento das tensões regionais. Segundo a agência oficial "Xinhua", o "Liaoning" partiu na terça-feira do porto oriental de Qingdao, cruzou ontem o estreito de Formosa e chegou hoje à base de Sanya, na província chinesa de Hainan.

Em sua primeira missão fora de sua base original no Mar Amarelo, o porta-aviões está acompanhado pelos contratorpedeiros "Shenyang" e "Shijiazhuang" e pelas fragatas "Yantai" e "Weifang".

A viagem da pequena frota acontece durante o aumento das tensões regionais, depois que a China anunciou a ampliação de sua zona de defesa aérea, que passou a incluir as ilhas Diaoyu/Senkaku, controladas pelo Japão, mas cuja soberania é reivindicada por Pequim há décadas.

Em sua viagem a Hainan, o "Liaoning" cruzou o Mar da China Oriental, onde ficam as ilhotas Diaoyu/Senkaku.

No Mar da China Meridional, Pequim também mantém reivindicações territoriais, neste caso pelos arquipélagos Spratly e Paracel, disputado com Vietnã, Filipinas e outras nações do sudeste asiático.

Tanto no caso das Diaoyu/Senkaku, como nas ilhas meridionais, o conflito esconde interesses econômicos, pois se acredita na existência de ricas reservas de petróleo e gás nas águas próximas dos arquipélagos.




Da
Exame