sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Rússia implementará três regimentos de mísseis S-400 em 2014

 

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou ontem que no ano que vem serão implantados no pais três novos regimentos armados com sistemas de defesa antiaérea S-400. “Dois regimentos de S-400 foram entregues às Forças russas este ano. Mais três devem entrar em serviço em 2014″, afirmou o presidente durante reunião para o desenvolvimento do setor aerospacial.

Atualmente, a Rússia conta com cinco regimentos equipados com o sistema de mísseis, dois deles próximos a Moscou, e o restante alocado na região da cidade portuária de Nakhodka, no território de Primorye, no extremo leste, e no enclave de Kaliningrado, no Distrito Militar do Sul. Segundo informações do Ministério da Defesa russo, a primeira das novas levas de mísseis será baseada perto de Moscou até o fim deste ano. A expectativa é de que o sistema S-400 Triunf (SA-21 Growler na classificação da OTAN) venha a ser peça-chave da defesa antiaérea e antimísseis russa até 2020.

O S-400 pode engajar alvos a uma distância de até 400 quilômetros e altitude entre 40 mil e 50 mil metros. O sistema emprega disparos sequenciados e é otimizado para neutralizar mísseis balísticos e de cruzeiro. O governo russo planeja implementar 28 regimentos de mísseis S-400 até 2020 – cada um composto de três batalhões com quatro baterias de mísseis cada – a serem alocados principalmente em regiões litorâneas e de fronteira.


FONTE: RIA Novosti (tradução e adaptação do Forças Terrestres a partir de original em inglês)

Assinado contrato de 1,3 bi do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas

Segundo comunicado da Embraer, que tem na Visiona Tecnologia Espacial uma joint-venture com a Telebras, o satélite geoestacionário vai garantir a segurança das comunicações brasileiras
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Concepção Artística do SGDC
 
 
Em comunicado divulgado na quinta-feira, 28 de novembro, a Embraer informou que a Telebras e a Visiona Tecnologia Espacial formalizaram o contrato para executar o projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), cujo valor é de R$ 1,3 bilhão e que prevê a entrega do sistema no final de 2016. O projeto envolve os Ministérios das Comunicações, da Defesa e da Ciência e Tecnologia. O satélite será operado pela Telebras na banda Ka (civil) e pelo Ministério da Defesa na banda X (militar).
A Visiona – joint-venture entre Embraer e Telebras – será responsável pela integração do sistema SGDC, que ampliará o acesso à banda larga nas regiões remotas do País, por meio do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) e a soberania brasileira nas comunicações das Forças Armadas. A partir da assinatura do contrato, a Visiona formalizará a contratação dos fornecedores e dará início às atividades de desenvolvimento e integração do sistema. As empresas selecionadas são a Thales Alenia Space (TAS) para fornecimento do satélite e a Ariane Space para realizar seu lançamento. O contrato com os fornecedores também prevê a transferência de tecnologia para empresas brasileiras, tarefa que será coordenada pela Agência Espacial Brasileira (AEB).
“O SGDC não só atenderá às necessidades do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), da Telebras, e às comunicações estratégicas das Forças Armadas brasileiras, como também representa a oportunidade de o Brasil assegurar a soberania em suas comunicações estratégicas, tanto na área civil quanto militar”, explica o Presidente da Telebras, Caio Bonilha.
“Estamos honrados em termos sido escolhidos para fornecer um sistema tão importante para o País”, afirma o Presidente da Visiona, Nelson Salgado. “Esperamos que este programa represente o início de um processo de capacitação tecnológica de longo prazo, com o estabelecimento de uma empresa brasileira integradora de sistemas espaciais, a exemplo do que a Embraer representa para os segmentos aeronáutico e de defesa”, acrescenta Salgado.
O sistema SGDC trará total segurança às comunicações estratégicas do governo e às comunicações militares, pois seu controle será realizado no Brasil em estações localizadas em áreas militares, sob a coordenação da Telebras e do Ministério da Defesa.
A aquisição de um satélite próprio para as comunicações civis e militares brasileiras é uma decisão estratégica para garantir a soberania nacional. Atualmente, os satélites que prestam serviço no Brasil, ou são controlados por estações que estão fora do País ou possuem o controle de atitude nas mãos de empresas de capital estrangeiro. Em qualquer dos casos há riscos de acontecer interrupções dos serviços em uma situação de conflito internacional ou decorrente de outros interesses políticos ou econômicos.
Informações sobre a Telebras e a Visiona
A Telecomunicações Brasileiras S. A. – TELEBRAS é uma sociedade anônima aberta, de economia mista, fornecedora estratégica de soluções de telecomunicações para a Administração Pública e mercado, atuando como agente do desenvolvimento local e fomentando a democratização do acesso à informação. Oferece serviços de acesso dedicado à internet aos prestadores de serviços de telecomunicações, que possuem autorização expedida pela Anatel; além de prover infraestrutura a serviços de telecomunicações prestados por empresas privadas, Estados, Distrito Federal, Municípios e entidades sem fins lucrativos.
A Visiona Tecnologia Espacial S.A. é uma empresa dos grupos Embraer e Telebras, constituída com o objetivo inicial de atuar na integração do sistema do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) do governo brasileiro, que visa atender às necessidades de comunicação satelital do Governo Federal, incluindo o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) e um amplo espectro de comunicações estratégicas de defesa. A Visiona tem também como objetivo atuar como empresa integradora de satélites, com foco nas demandas do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE/AEB) e do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE/FAB).
FONTE (divulgação): Embraer

ADIZ: China envia aviões de guerra para a zona aérea recém declarada



A China deslocou um avião de alerta antecipado e caças Su-30 e J-11 para patrulhar a sua recém declarada zona de defesa aérea.

A China enviou aviões de guerra para a sua zona de defesa aérea recém-declarada no Mar da China Oriental, segundo a imprensa estatal.

A vasta zona, anunciada na semana passada, abrange o território reivindicado pela China, Japão, Taiwan e Coréia do Sul.

A China avisou que todos os aviões em trânsito na zona devem apresentar planos de voo e identificar-se, ou enfrentar “medidas de emergência defensivas”.

Mas o Japão, Coreia do Sul e os EUA têm tudo desde pilotado aviões militares com a área.

A nova disputa em uma região já tensa levantou preocupações que poderia transformar-se em um incidente militar não planejado.

A agência de notícias estatal chinesa Xinhua, citou o porta-voz da força aérea, dizendo que vários caças e um avião de alerta antecipado foram mobilizados para realizar patrulhas de rotina como “uma medida defensiva e em conformidade com as práticas internacionais”.


O porta-voz relatou que a força aérea do país permaneceria em estado de alerta e que tomaria medidas para lidar com todas as ameaças aéreas para proteger a segurança nacional.

Ilhas disputadas entre a China e o Japão:
O arquipélago é composto por cinco ilhas desabitadas e três recifes
Japão, China e Taiwan reclamam soberania sobre elas, mas elas são controladas pelo Japão e fazem parte de Okinawa
O empresário japonês, Kunioki Kurihara, possuía três das ilhas, mas as vendeu para o Estado japonês em setembro de 2012
As ilhas também foram o foco de uma grande disputa diplomática entre o Japão e a China em 2010

A controversa zona de identificação de defesa aérea (Air Defense Identification Zone – ADIZ) inclui as ilhas conhecidas como Senkaku no Japão e Diaoyu na China, que são reivindicadas pelo Japão, China e Taiwan.

O Japão controla as ilhas, que têm sido o foco de uma disputa amarga e de longa duração entre o Japão e a China.

A zona também abrange uma rocha submersa que a Coreia do Sul diz que faz parte do seu território.

A China diz que a criação da zona foi “completamente justificada e legítima”, mas tem sido amplamente condenada.


OS EUA, que chamaram o movimento de “tentativa de desestabilização para alterar o status quo na região”, fez voar dois bombardeiros B-52, sem anunciar, através da zona na ultima terça-feira (26).

Seul informou que um de seus aviões militares também entrou na zona de terça-feira (26).


Zonas de identificação de defesa aérea
Zonas necessariamente não coincidem com o espaço aéreo, o território soberano ou reivindicações territoriais.
Membros definem zonas, e estipulam regras que as aeronaves devem obedecer; mas a base jurídica não é clara
Durante a Segunda Guerra Mundial, os EUA estabeleceu um perímetro aéreo e as mantém até hoje, sendo quatro zonas distintas – Guam, Havaí, Alasca e uma zona continental contígua.
Reino Unido, Noruega, Japão e Canadá também mantém zonas.



FONTE: BBC News China – Tradução: CAVOK

MD certifica as primeiras empresas e produtos estratégicos de defesa do Brasil

 

Brasília, 28/11/2013 – Numa cerimônia que reuniu representantes de alguns dos mais importantes segmentos da indústria brasileira de material militar, o Ministério da Defesa certificou as primeiras empresas e os primeiros produtos estratégicos de defesa do país. Considerado marco do setor, o ato permite de imediato que as companhias classificadas como estratégicas obtenham vantagens competitivas para comercializar, por exemplo, aviões de combate, artefatos bélicos, munições, equipamento cibernético, produtos químicos, robótica para as Forças Armadas ou para compradores no exterior.

Cada empresa certificada terá benefícios fiscais e tributários que permitirão desonerar a cadeia produtiva entre 13% e 18%, tornando-as mais competitivas nos mercados interno e externo. No pacote, a indústria terá reduzida as alíquotas de IPI, PIS/Pasep e Cofins. Como resultado, estima-se que o segmento permitirá a oferta de 60 mil empregos diretos e 240 mil postos de trabalho indiretos.

Para o ministro da Defesa, Celso Amorim, a certificação das primeiras 26 empresas e dos 26 produtos será fundamental para assegurar ao setor autonomia para que enfrente os desafios do mundo atual. Segundo ele, a iniciativa beneficia segmentos que vão da “produção de pólvora a balística, passando pela área digital”.

Amorim alertou, no entanto, para o cuidado de que as empresas, sobretudo as que recebem financiamento ou outro incentivo do Estado, não sejam no futuro absorvidas por grupos estrangeiros que, na maioria dos casos, as adquirem com o objetivo de fechá-las e, deste modo, tirar do mercado uma concorrente. “Essas empresas não vão crescer e se desenvolver se não olharmos duas coisas: a demanda do Estado e o financiamento”, completou. Segundo o ministro, é necessário que a sociedade brasileira compreenda a importância do setor de defesa para o país.


O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Material de Defesa e Segurança (Abimde), Sami Youssef Hassuani, fez uma exposição sobre os diversos momentos do setor, desde seu auge, nos anos 80, passando pelo seu enfraquecimento na década de 90, até o início, nos primeiros anos do século 21, das ações que levaram à retomada da indústria, dentre elas a adoção de um marco normativo que permitiu ao setor ser mais competitivo. “O evento que ocorre hoje tem significado extraordinário. E o mais importante é que nos deixa com a certeza do futuro. Estaremos juntos para atingir as próximas fases desse processo”, explicou.

O titular da Secretaria de Produto de Defesa (Seprod), Murilo Marques Barboza, contou que há sete anos o governo federal iniciou a reestruturação do segmento com o envio da proposta de legislação, que foi aprovada em 2012 pela presidenta Dilma Rousseff. A Lei nº 12.95/12 foi o marco para que nos passos seguintes ocorresse a regulamentação e culminasse com a série de benefícios para as indústria nacional.

Empresas e Produtos

Na edição de hoje (28), o Diário Oficial da União publica as Portarias nº 3.228 e 3.229, assinadas pelo ministro Amorim, com as 26 empresas e produtos estratégicos de defesa. São elas: AEQ, Akaer, ARMTEC, Atech, Avibras, Axur, BCA, Bradar, Condor, Dígitro, Embraer, EMGEPRON, Flight Tecnologies, Forjas Taurus, Grupo Inbra, IACIT, IAS, Imbel, Mectron, Nitroquímica, Nuclep, Orbital Engenharia, Opto, Rustcon, Spectra Tecnologia e Vertical do Ponto.

O diretor do Departamento de Produtos de Defesa do MD, brigadeiro José Euclides da Silva Gonçalves, explicou que essa relação poderá ser ampliada mensalmente pelos integrantes da Comissão Mista da Indústria de Defesa (CMIND), composta por representantes dos Ministérios da Defesa, Fazenda, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Ciência e Tecnologia. Nestas reuniões, os integrantes do conselho analisarão novas propostas de inclusão no sistema especial de tributação.

De acordo com o brigadeiro Euclides, existem 81 empresas cadastradas no sistema que buscam a aprovação para se tornarem estratégicas de defesa. Ele explicou que o setor tem cerca de 200 empresas. “Publicamos hoje no Diário Oficial as primeiras empresas beneficiadas. Isso abre caminho para que outras peçam os mesmos benefícios estabelecidos na legislação brasileira”, informou.

FONTE / FOTO (J Cardoso – Ascom) / INFOGRÁFICO:
Ministério da Defesa

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Celso Amorim sobre o F-X2: leasing de caças russos ‘não está em consideração’

 

Abaixo, trechos de extensa entrevista concedida pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, ao programa “Poder e Política” da Folha de São Paulo / Uol. A matéria completa está reproduzida no blog das Forças Terrestres. Clique aqui para acessar. Para ver o texto completo no site da Folha de São Paulo, clique no link ao final.

Recomendamos o acesso ao original da Folha para também acessar os vídeos e a transcrição completa da entrevista, que também trata da presença no Haiti, do processo de aquisição de baterias antiaéreas russas, da Copa do Mundo e, principalmente, do recente acordo com o Irã.

O que está faltando para ser encerrado o programa da compra dos caças, o chamado F-X2?

Estou muito confiante de que vai ter um bom andamento, mas quanto menos eu falar dele melhor.

O sr. já disse até que o Brasil poderia negociar uma parceira de construção de caças de quinta geração com a Rússia. A Rússia que está desenvolvendo esses modelos de quinta geração. Houve alguma evolução nessa área?

Isso é uma possibilidade para o futuro. Volto a insistir: nós não podemos ter todos os ovos em uma única cesta. Nós não sabemos o que é o futuro do mundo. Nós gostamos de pensar que o mundo é uma coisa certinha, de que todo mundo vai se comportar sempre de uma mesma maneira. Mas não é assim.

Sou de uma geração que viu a Guerra Fria. A Guerra Fria acabou. Não existe mais bipolaridade. Existe multipluralidade de informação. O mundo mudou muito e não sei nesse mundo novo, cheio de incertezas, o que vai acontecer.

Tenho que ter uma diversificação. Acho que isso é essencial para a segurança do Brasil. Sob esse aspecto é que nós estamos abertos a uma cooperação para um caça de quinta geração com qualidades que o de quarta e meia, com dizem, não terá, com a Rússia – e com, eventualmente, outros.

Não é só com a Rússia. A Rússia sugeriu essa hipótese também. É uma hipótese que nós temos que considerar. De qualquer maneira isso é uma coisa que ainda terá que ser para o futuro porque de imediato nós temos que preencher a necessidade que existe hoje.

Essa necessidade vamos ter que preencher ainda com os caças de quarta geração. Eles dizem quarta e meia porque já estão um pouco melhorados. E é isso que nós estamos tratando de fazer.


Ainda que seja para o futuro, se sair o acordo com a Rússia sobre o caça de quinta geração, isso permitiria uma solução intermediária com o Brasil fazendo, por um tempo, leasing de caças russos de quarta geração?

Não está em consideração.

Não?

Não está em consideração.

Não há essa hipótese?

Não há essa hipótese, tanto quanto eu saiba.

Parece que a Rússia…

Eles gostariam que a gente fizesse um leasing, mas isso não nos dá nada porque nós queremos ter

Seria cancelado o F-X2?

É óbvio que nós não faremos isso. O F-X2 vai se realizar.

Não tem essa história de leasing?

Não.


Qual é o cronograma do F-X2?

Sou sempre muito otimista. Acho que otimismo faz parte da descrição do homem público. Minha expectativa é para que algo muito breve ocorra.

O sr. acha que dentro do governo da presidente Dilma Rousseff, que termina em dezembro do ano que vem, o Brasil vai ter concluído esse programa de compra dos caças?

Veja bem… Entre uma decisão final para comprar determinado caça e a chegada dele no Brasil levará algum tempo. Creio que a decisão final será tomada bem antes disso.

A presidente tem falado para o sr. que vai tomar essa decisão?

Minhas conversas com a presidenta são, do meu ponto de vista, totalmente privadas. Se ela quiser conversar a esse respeito, ela pode. Eu, não.

Em que medida esse episódio aí da espionagem, da NSA, acabou afastando um pouco a possibilidade da Boeing vencer essa concorrência dos caças?

Tanto quanto sei, a decisão sobre esse tema será técnica. Levando em conta os elementos de performance, transferência de tecnologia, inclusive acesso a código fonte, e preço. Três elementos.

Ficaram três países na concorrência. Caças de três países [EUA, França e Suécia]. Quanto a isso não há mais possibilidade de recuo?

Filosoficamente não gosto de falar em coisas absolutas, mas não vejo nenhuma possibilidade de revisão disso. Não está no horizonte, não está nas considerações.

FONTE:
Folha de São Paulo (adaptação do Poder Aereo

FOTOS: UAC e Sukhoi

EUA e Japão desafiam China com sobrevoos em nova zona aérea

 

Por Tim Kelly e Phil Stewart
TÓQUIO/WASHINGTON, 27 Nov (Reuters) – Dois aviões de combate norte-americanos B-52 desarmados sobrevoaram ilhas disputadas no mar do Leste da China, sem informar Pequim, e as principais companhias aérea japonesas também ignoraram as autoridades chinesas ao passarem com seus aviões, nesta quarta-feira, por uma nova zona de defesa aeroespacial.

O desafio dos aliados Japão e EUA às novas regras de identificação impostas pela China sobre o espaço aéreo eleva o tom do impasse territorial entre Pequim e Tóquio por causa das ilhas, e desafia Pequim a dar o próximo passo.

A China publicou no fim de semana as coordenadas de uma nova Zona de Identificação da Defesa Aérea do Mar do Leste da China, alertando que tomaria “medidas emergenciais defensivas” contra aeronaves que não se identificarem corretamente. A zona de vigilância tem aproximadamente dois terços da aérea da Grã-Bretanha.

“Se os Estados Unidos conduzirem mais dois ou três voos desse tipo, a China será forçada a responder. Se a China só puder responder verbalmente será humilhante”, disse Sun Zhe, professor do Centro de Relações EUA-China, da Universidade Tsinghua, em Pequim. “O conceito do tigre de papel é muito importante. Todos os lados encaram isso.”

O ministério chinês da Defesa disse ter monitorado todo o progresso dos aviões bombardeiros dos EUA na região ao longo da terça-feira. Um porta-voz do Pentágono disse que os aviões nem foram observados nem foram contatados pelos chineses.

Qin Gang, porta-voz da chancelaria chinesa, disse que o país poderá responder a futuras violações com “uma reação apropriada”, dependendo “da situação e grau da ameaça”. Sem entrar em detalhes, Qin acrescentou que a China informou os “países relevantes” antes de estabelecer a zona de vigilância.

A pedido do governo japonês, as companhias Japan Airlines e ANA disseram que deixaram na quarta-feira de fornecer seus planos de voo e outras informações às autoridades chinesas. As companhias disseram não ter tido problemas ao sobrevoar a área.

De acordo com a JAL, a entidade setorial japonesa concluiu que ignorar as exigências chinesas não acarretava riscos aos aviões comerciais. A JAL e a ANA divulgaram notas em seus sites explicando sua decisão.

De acordo com os militares dos EUA, o sobrevoo dos B-52 na área era parte de um exercício planejado com muita antecedência.

Alguns especialistas dizem que o objetivo da China é reduzir a credibilidade da reivindicação japonesa sobre essa região marítima, que inclui as pequenas ilhas desabitadas que são conhecidas como Senkaku pelo Japão, e como Diaoyu pela China.

(Reportagem adicional de Jeff Mason, na Califórnia; David Alexander, Matt Spetalnick e Lesley Wroughton, em Washington; Kiyoshi Takenaka, em Tóquio; Ben Blanchard e Michael Martina, em Pequim; e Lincoln Feast, em Sydney)

FONTE: Reuters

EUA querem tomar recursos naturais do Brasil e da região, diz líder da resistência hondurenha

Carlos H. Reyes vê fraudes na eleição de Honduras e analisa consequências desse movimento na América Latina

Um dia depois de o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) hondurenho considerar “irreversível” a liderança do candidato governista, Juan Orlando Hernández, sobre Xiomara Castro, do partido Libre (Liberdade e Refundação), as principais missões de observação eleitoral começaram a divulgar seus relatórios.
 Nos documentos, representantes da UE (União Europeia) e da OEA (Organização dos Estados Americanos) reconheceram a presença de diversas irregularidades, tais como os repetidos casos de compra de votos e de uma campanha eleitoral muito desigual e nada transparente.

Ainda assim, as missões ratificaram a aparente transparência do processo eleitoral, ignorando as denúncias e não aceitação do resultado por parte do Libre e do partido Anticorrupção (PAC). Segundo os relatórios, tais problemas não alteram os dados apresentados pelos juízes do TSE.

Giorgio Trucchi/Opera Mundi

Candidato governista foi eleito, segundo TSE, mas outros partidos não aceitam resultados

Paralelamente, vários países da América Latina começaram a reconhecer Hernández como o novo presidente de Honduras.

A confusão que caracterizou o processo eleitoral do último domingo (24/11), somada às denúncias apresentadas pelos dois partidos, que representaram quase metade dos votos apurados, requerem uma reflexão mais séria e profunda sobre o que aconteceu em Honduras.
Carlos H. Reyes, histórico dirigente sindical e membro da direção da FNRP (Frente Nacional de Resistência Popular), base social do Partido Libre, disse a Opera Mundi que a prioridade, agora, é que o partido reaja de imediato, com planos muito concretos frente ao que acaba de acontecer.

Segundo ele, o contexto eleitoral do país está estreitamente vinculado às eleições do ano que vem na Costa Rica e em El Salvador, assim como a uma “ofensiva neoliberal no restante da América Latina, que tem a intenção de retomar o Brasil e voltar a implantar a ideia fracassada da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas).” Leia a entrevista abaixo.

Opera Mundi: Como você analisa o processo eleitoral que acaba de acontecer em Honduras?
Carlos H Reyes: O processo eleitoral aconteceu em um país onde a falta de valores é notória, e onde a violação dos direitos humanos e os atentados contra a vida são constantes e se repetem. Em um país onde, cada vez mais, o Estado diminui e se entrega mais poder aos empresários privados, no marco de um golpe de Estado que não foi superado e que foi dado para aprofundar o modelo neoliberal. Nesse sentido, o processo foi marcado, desde o começo, por fraudes anunciadas, e o partido Libre optou por aceitar as regras do jogo impostas por essas mesmas instituições desacreditadas. Seria ingênuo pensar que esses setores iriam entregar o poder político e econômico assim, sem mais.

OM: Foi uma decisão certa?
CHR: Aqui não é questão de definir se foi uma decisão “certa” ou “errada”, mas de ressaltar a grande democracia do processo. A decisão de formar o partido Libre foi tomada em uma grande assembleia da qual todos e todas participamos e a imensa maioria votou a favor da via político-eleitoral. Ou seja, já sabíamos que iríamos jogar as regras do jogo do inimigo e não podíamos esperar nada além disso, mas o que realmente não esperava é que fosse tão descarado.
OM: E agora, o que vem pela frente?
CHR: Temos um homem e uma mulher que estão se declarando ganhadores e há dois partidos, que somam quase 50% dos votos, que não reconhecem o resultado. Isso torna claros, uma vez mais, os altos níveis antidemocráticos do país.

Giorgio Trucchi/Opera Mundi


 


Xiomara Castro, mulher do ex-presidente Zelaya, é uma das candidatas que rejeita resultado divulgado pelo TSE

O que fazer agora? Protestos expondo a repressão ao povo? Buscar a via legal sabendo que as instituições estão totalmente controladas pelo próprio Partido Nacional? Estamos praticamente em situação de desamparo e temos de agir com muita inteligência e valor.

Temos de apresentar todas as provas de fraude em todas as instâncias internacionais porque estamos assistindo a um plano perfeitamente orquestrado pelas forças nacionais e internacionais, que deram o golpe e querem que em Honduras ganhem apenas os partidos tradicionais.

OM: Uma situação muito difícil...
CHR: E vai piorar. Imagine que os empresários e transnacionais recebem todos os nossos recursos naturais, nossa água e terra, nos inundando de maquilas [plantas industriais de montagem], palmas africanas e cana de açúcar, terceirizando e tornando mais precários os empregos, militarizando o país.

Estão tentando ir além do que o próprio neoliberalismo vem promovendo, de olho no continente latino-americano. Além disso, não se trata de uma luta política entre dois partidos, mas de uma luta de classes. Há uma investida sem precedentes desses setores, que querem validar ainda mais o golpe de Estado e neutralizar a proposta mudança de modelo.

OM: Em fevereiro do ano que vem acontecerão eleições em El Salvador e na Costa Rica. A situação que está tomando forma em Honduras poderia afetar esses processos eleitorais?
CHR: Não tenho a menor dúvida — e são manobras que têm como objetivo desarticular a área centro-americana da América Latina. Seu objetivo é atacar o processo de integração que está sendo promovido no continente, tomar posse dos enormes recursos naturais, de olho especialmente no Brasil, em sua biodiversidade, petróleo e gás.

Por isso, tantos presidentes, incluindo Lula, lutaram para derrotar o projeto norte-americano da ALCA, que tinha justamente o propósito de tomar posse do Brasil e do restante dos imensos recursos naturais da região.


Opera Mundi

terça-feira, 26 de novembro de 2013

‘Liaoning’ suspende para ciclo de testes no Mar do Sul da China

 













 
 
 
 
 
 
Por Ben Blanchard; Megha Rajagopalan e Manny Mogato. Edição Por Nick Macfie

A China mandou seu navio-aeródromo Liaoning para treinamentos na região do Mar do Sul da China, em meio a disputas territoriais com as Filipinas e outros países da área, além de de tensões com o Japão por conta dos planos de estabelecer uma zona de defesa aérea sobre águas disputadas com Tóquio.

Desde o comissionamento, em janeiro deste ano, o Liaoning – adquirido da Ucrânia e reformado pela China – já realizou mais de 100 exercícios e testes, mas se trata do primeiro envio da embarcação para o Mar do Sul. Segundo comunicado oficial da Marinha do Exército de Libertação Popular da China para o portal de notícias
navy.81.cn/, o porta-aviões suspendeu da base naval de Quingdao, no nordeste do país, acompanhado por dois contratorpedeiros e duas fragatas.

De acordo com o site, durante a permanência do navio no Mar do Sul, serão realizados “testes, pesquisas científicas e manobras militares”. O momento escolhido para esses exercícios levou à inevitável desconfiança por parte das nações vizinhas por conta das reivindicações marítimas e territoriais que sobrepõem. A China protestou formalmente contra os Estados Unidos e o Japão após os dois países terem criticado abertamente os planos chineses de estabelecer novas regras para o espaço aéreo sobre a região de litígio do Mar de Leste. Na última quinta-feira (21) autoridades da Austrália teriam entrado em contato com o embaixador chinês no país para expressar preocupação acerca da chamada Air Defence Identification Zone.

A China, por sua vez, também reivindica soberania sobre toda a região do Mar do Sul, rica em petróleo e gás, entrando em atrito direto com Taiwan, Malásia, Brunei, Filipinas e Vietnã. A disputa é um dos pontos mais sensíveis da expansão militar chinesa, bem como o “pivô” da presença americana da Ásia-Pacífico.

Apesar de ser considerado tecnologicamente atrasado em comparação aos porta-aviões americanos, o Liaoning representa as ambições navais da China, e vem sendo objeto central de campanhas patrióticas do país.


“Não tão preocupante”

O diretor do Instituto de Pesquisa para Paz, Violência e Terrorismo das Filipinas, Rommel Banlaoi, afirmou que o navio-aeródromo chinês ainda está anos longe de representar uma ameaça real. “A China ainda está desenvolvendo seu próprio modelo de como operar um porta-aviões, e a tecnologia é muito atrasada em comparação aos Estados Unidos. Banlaoi ainda completa: “Pessoalmente, eu não acho tão preocupante um porta-aviões a diesel em uma missão de treinamento”.

A Marinha do ELP não especificou que tipo de treinamento seria feito durante o desdobramento do Liaoning, e apenas enfatizou que os exercícios anteriores, envolvendo pouso e decolagem de aeronaves, foram bem-sucedidos. Boa parte das manobras divulgadas haviam acontecido até então na região do Mar Amarelo, entre o território chinês e a Península da Coreia.

Segundo o professor de ciência política, Joseph Cheng, da Universidade de Hong Kong, ”obviamente, as autoridades chinesas vêm adotando uma série de medidas para reforçar as reivindicações nos territórios litigiosos”. Cheng ainda aponta: “ao ver o Japão e países do Sudeste Asiático também tomando medidas para reforçar sua soberania, a China tem que responder”.

A Marinha chinesa comunicou que a missão do porta-aviões é de rotina, e que o Liaoning ainda está em fase de testes. “Os testes no Mar do Sul são parte dos procedimentos normais para provas e adestramento”, aponta o comunicado. “Viagens longas são uma etapa necessária de experimentação a fim de testar equipamentos e pessoal ao longo de semanas de trabalho contínuo em condições hidrológicas e meteorológicas variadas.


FONTE: Reuters (tradução e adaptação do Poder Naval a partir de original em inglês)

EUA podem retirar todas as tropas do Afeganistão por falta de acordo




Os EUA estudam a possibilidade de uma completa retirada das tropas americanas do Afeganistão no ano que vem depois que o presidente afegão, Hamid Karzai, se recusou a assinar um acordo de segurança, informou a Casa Branca.

Karzai disse na segunda-feira para a assessora de Segurança Nacional dos EUA, Susan Rice, que Washington deve encerrar imediatamente os ataques militares contra lares afegãos e demonstrar seu compromisso com as negociações de paz para que ele assine um acordo bilateral de segurança, afirmou o porta-voz de Karzai.

A Casa Branca disse que o presidente afegão apresentou novas condições na reunião com Rice e “indicou que não está preparado para assinar o acordo imediatamente”. “Sem uma rápida assinatura, os EUA não teriam escolha senão iniciar o planejamento para um futuro pós-2014 em que não haveria presença dos EUA ou da Otan no Afeganistão”, disse Rice, segundo nota da Casa Branca.

A retirada completa dos soldados, a chamada “opção zero”, seria semelhante à retirada das tropas dos EUA do Iraque, há dois anos.

No domingo, uma assembleia de líderes tribais afegãos, chamada Loya Jirga, endossou o acordo de segurança, mas Karzai sugeriu que só assinaria depois das eleições nacionais do primeiro semestre de 2014.

O impasse intensifica as dúvidas sobre se forças da Otan ou dos EUA permanecerão no Afeganistão depois do ano que vem. O país continua enfrentando a insurgência islâmica do Taleban e militares afegãos continuam em treinamento.

A relutância de Karzai surpreendeu muitos dos participantes da Loya Jirga, que ele dizia que teria a palavra final sobre o acordo.

Segundo um político de alto escalão em Cabul, aparentemente a recusa de Karzai em assinar o acordo decorre da sua avidez em manter as mãos nas alavancas do poder até a eleição presidencial de abril, quando ele deve deixar o cargo. “Ele está agora em confronto com sua própria nação e também com os Estados Unidos.”

O político, que pediu anonimato, acrescentou que a exigência do presidente para que não haja interferência dos EUA na próxima eleição indica que Karzai está buscando assegurar uma margem de manobra suficiente para que ele próprio influencie no resultado.

Os EUA e outras forças estrangeiras estão no Afeganistão desde a deposição do regime islâmico do Taleban por forças pró-americanas, no final de 2001.

Há apenas dois anos, o presidente americano, Barack Obama, encerrou negociações sobre a manutenção de uma força residual no Iraque, onde ainda restavam 40 mil militares americanos. Menos de três meses depois, esse contingente já havia sido totalmente retirado.

Nos caso do Afeganistão, os EUA ainda mantêm 47 mil soldados no país e discutem a manutenção de 8 mil para tarefas de apoio e treinamento./ REUTERS

FONTE:
O Estado de S. Paulo

China pronta para ir à Lua

 
 
China afirma estar pronta para enviar sonda projetada para pousar na Lua.

A Sonda depositará na Lua o veículo de exploração ‘Coelho de Jade’, um veículo de seis rodas com nome mitológico.

A China anunciou nesta terça-feira (26) que lançará no início de dezembro sua primeira sonda espacial projetada para pousar na Lua, onde depositará um veículo de exploração teleguiado, o “Coelho de Jade”.

A data exata do lançamento não foi informada e os grandes meios de comunicação estatais destacam os benefícios do veículo de seis rodas, cujo nome é uma referência à mitologia chinesa.

Segundo a lenda, o Coelho Lunar (ou ‘Lebre da Lua’, segundo a linguagem clássica chinesa que não faz distinção entre coelhos e lebres) vive na Lua, onde tritura o elixir da imortalidade em suas crateras. O animal lendário tem a companhia de Chang’e, a deusa chinesa da Lua.





 


Segundo a lenda, o Coelho Lunar (ou ‘Lebre da Lua’) vive na Lua, onde tritura o elixir da imortalidade em suas crateras. O animal lendário tem a companhia de Chang’e, a deusa chinesa da Lua.

Com esta missão chamada Chang’e-3, a China deve fazer seu primeiro pouso “suave”, como parte de seu ambicioso programa “Chang’e”, marcado pelo sucesso de duas sondas lunares precedentes.

Além de garantir o status de grande potência, a China sonha em se tornar o primeiro país asiático a enviar um homem à Lua.

O “Coelho de Jade”, equipado com painéis solares para gerar sua energia, será responsável pela realização de análises científicas e enviar para a Terra imagens tridimensionais de seu satélite.

A conquista do espaço é percebida na China, que investe bilhões de dólares ao setor, como o símbolo do novo poder do país e das ambições do Partido Comunista (PCC) no poder.

AFP via G1
 
Nota G&D: Partido comunista que de comunista não tem nada...

Marinha da Rússia recebe seus primeiros Mig-29K

A Marinha russa recebeu seus primeiros quatro MiG-29K/KUB produzidos em série.

“A corporação-fabricante de aviões MiG entregou dois MiG-29K monoplace e dois biplaces MiG-29KUB para uso em porta-aviões”, disse um porta-voz.

O Ministério da Defesa da Rússia assinou um contrato com a MiG em fevereiro de 2012 para a entrega de 20 caças MiG-29K e quatro caças MiG-29KUB até 2015.

A aeronave será empregada no único porta-aviões russo, Admiral Kuznetsov, com base em Murmansk, com a Frota do Norte. O Kuznetsov opera atualmente caças navais Sukhoi Su-33.


REVO no sistema “buddy”

O MiG-29K é uma variante naval do MiG-29 Fulcrum, com asas dobráveis, gancho na cauda, estrutura reforçada e capacidade multirole.

Ao contrário do Su-33, que é capaz apenas de missões de defesa aérea, o MiG-29K pode ser armado com uma ampla variedade de sistemas de armamento ar-ar e ar-superfície. A aeronave também é capaz de reabastecer outro caça através do sistema buddy-buddy usando um pod de reabastecimento PAZ-1MK.

Até o momento, a aeronave só entrou em serviço com a Índia, para uso no INS Vikramaditya, que foi entregue à Marinha da Índia em 15 de novembro.


FONTE: Rianovosti – Tradução: CAVOK

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Após acordo nuclear com Irã, EUA reiteram que “manterão compromisso” com Israel

 Obama telefona para Netanyahu, que classifica pacto internacional com governo iraniano como "um desastre histórico"

 Barack Obama telefonou na madrugada desta segunda-feira (25/11) para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para discutir o acordo nuclear fechado ontem (24) pelo G5+1 com o Irã. O presidente norte-americano reiterou que os EUA "se manterão firmes" em seu compromisso com Israel, acrescentando que o principal aliado do Oriente Médio "tem de fato boas razões para ser cético sobre as intenções iranianas".

 


Agência Efe

Netanyahu condenou acordo nuclear com Irã: "um desastre histórico"


Em comunicado oficial, a Casa Branca informou que os dois líderes "reafirmaram seu objetivo comum de impedir que o Irã obtenha uma arma nuclear". Obama explicou ao primeiro-ministro israelense que os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (EUA, Reino Unido, França, China e Rússia) mais a Alemanha utilizarão os próximos meses para buscar "uma solução duradoura, pacífica e integral".


 De acordo com o portal israelense Haaretz, o telefonema de Obama serviu para amenizar o desconforto diplomático entre os países já que, com a retórica contra o acordo nuclear, o governo israelense se afastou do discurso das grandes potências, que apoiaram em grande escala o pacto de inspeção.

Washington também confirmou que a intenção dos EUA é "iniciar imediatamente consultas com Israel", a respeito das negociações realizadas para uma solução integral. Segundo informações da Agência Efe, Obama e Netanyahu acertaram permanecer em contato estreito durante os seis meses que durar o acordo.
 O acordo congelará nos próximos seis meses o programa nuclear do Irã para que sejam tomadas medidas de inspeção das instalações de enriquecimento de urânio. A intenção é comprovar que o programa iraniano seja "completamente e exclusivamente para fins pacíficos", segundo os negociadores de paz.

 

O premiê iraniano, Javad Zarif, afirma que uma comissão conjunta será encarregada de verificar a implementação do acordo. Em entrevista coletiva, o chanceler afirmou estar confiante que o plano de Genebra "vai na direção correta". Ele acredita que a medida mostra confiança para a comunidade internacional "que suspeitava que as atividades nucleares pudessem ter fins militares".

No entanto, Javad Zarif disse que se trata de "um primeiro passo" e que agora todas as partes devem continuar trabalhando juntas "e sobre uma base de igualdade e respeito mútuo" para garantir este resultado a longo prazo.
 

PT e Foro de SP manifestam "preocupação" com suspensão de apuração dos votos em Honduras

Tribunal Supremo Eleitoral decidiu não contar 20% das urnas das eleições do domingo por supostos problemas em atas

 O PT e o Foro de São Paulo divulgaram notas nesta segunda-feira (25/11) em que se dizem preocupados com a decisão do Tribunal Supremo Eleitoral de Honduras de suspender a apuração e não incorporar 20% das urnas à totalização dos votos das eleições presidenciais do país, realizadas no domingo (24), A Justiça hondurenha diz que problemas com atas levaram à suspensão.

 

O partido e Foro também expressam preocupação com o fato de o candidato governista, Juan Orlando Hernández, ter se autodeclarado eleito, apesar de a apuração ainda não ter sido concluída. Os petistas se dizem preocupados, ainda, com o reconhecimento de países do continente – como Colômbia e Panamá – da eleição de Hernández..

Os textos manifestam, ainda, solidariedade com o partido Libre e com a candidata Xiomara Castro, que vem sendo pressionada “por setores hondurenhos e internacionais a reconhecer este resultado parcial como definitivo”.
 O PT e o Foro pedem, ainda, que a apuração seja retomada e concluída com urgência, para que todos os votos sejam contabilizados.
Leia a íntegra da nota:

Nota do PT

O Partido dos Trabalhadores manifesta preocupação com a decisão do Tribunal Supremo Eleitoral de Honduras de suspender o processo de apuração dos votos das eleições nacionais realizada ontem no país. Tal suspensão deixa de incorporar cerca de 20% das urnas, sob a alegação de inconsistência nas atas, o que representa cerca de 400 mil votos.

Neste sentido, também expressamos preocupação com o fato do candidato governista proclamar-se eleito antes da conclusão do processo de apuração e com o reconhecimento desta eleição por parte de alguns países do continente com base em resultados parciais.

Manifestamos nossa solidariedade ao partido LIBRE e à companheira Xiomara Castro, que vêm sendo pressionados por setores hondureños e internacionais a reconhecer este resultado parcial como definitivo.

A apuração deve ser retomada e concluída com urgência, de modo que todos os votos sejam contabilizados e que a vontade das urnas seja respeitada.


Rui Falcão, presidente nacional do PT
Iriny Lopes, secretaria de relações internacionais
Valter Pomar, secretário executivo do Foro de SP

 
Leia a íntegra da nota do Foro de SP (em espanhol)

Nota sobre las elecciones hondureñas

La Secretaría Ejecutiva del Foro de Sao Paulo se solidariza con el Partido Libertad y Refundación (Libre) y su candidata y posible Presidenta electa, compañera Xiomara Castro. Expresamos nuestra preocupación ante las denuncias de manipulación de los resultados electorales, corroboradas por los hechos anteriores a las elecciones y las dificultades impuestas a los observadores internacionales. Esperamos que las autoridades investiguen esas denuncias de manera clara y transparente. Llamamos todos los partidos del Foro de Sao Paulo a rechazar las tentativas de fraude y se solidarizar con las y los hondureños y con el partido LIBRE, y apoyar la compañera Xiomara Castro.

Secretaría
 

Suspeitas de fraude paralisam apuração em Honduras



TSE afirma que houve problemas em atas; Libre, de Xiomara Castro, e PAC anunciaram que não irão reconhecer resultado

Honduras amanheceu nesta segunda-feira (25/11) com a incerteza pintada no rosto. Ruas semidesertas, caminhonetes repletas de policiais e militares e uns poucos veículos privados e táxis que se “atreveram” a sair depois da convulsa noite de domingo (24), quando o TSE (Tribunal Supremo Eleitoral) praticamente entregou a faixa presidencial ao candidato oficialista, Juan Orlando Hernández, em meio a fortes sinalizações de irregularidades e até de fraude, denunciadas pelo partido Libre (Liberdade e Refundação) e pelo partido Anticorrupção (PAC).

 
Com quase três quartos dos votos apurados, os dois partidos anunciaram que não vão reconhecer os resultados apresentados pelas autoridades eleitorais. Durante entrevista coletiva à imprensa, o ex-presidente Manuel Zelaya e toda a direção do partido Libre não aceitaram o resultado, exigiram respeito à vontade popular e asseguraram que, se for necessário, defenderão esse direito nas ruas.




Agência Efe

 


 
 
 
Zelaya afirmou que Libre não irá reconhecer resultado das eleições e exigiu "respeito à vontade popular"

“Não vamos negociar absolutamente nada com essas instituições. Exigimos que se respeite a decisão do povo de que Xiomara seja a sua presidenta. Não importa o que façam, porque esse processo se iniciou e ninguém vai pará-lo”, afirmou Zelaya.

 
O ex-presidente afirmou que o Libre está pronto para comparar as atas que têm em suas mãos e as que chegaram com as do TSE. “Que nos demonstrem com atas nas mãos que perdemos. Nunca poderiam fazê-lo”, afirmou.

“Plano bem estruturado”

Enrique Reyna, candidato a vice-presidente, disse a Opera Mundi que, à medida em que passam as horas, se torna pública a enorme quantidade de irregularidades que seriam parte de um plano bem estruturado para forjar a fraude eleitoral.
“Não estão contabilizando umas 1.900 atas. Quer dizer, quase 400 mil votos que, em sua maioria, são de zonas onde o Libre ganhou amplamente. Além disso, muitas atas foram retidas por membros do Partido Nacional [de Hernández] e nunca foram contabilizadas”, denunciou Reyna.Segundo dados do Libre, seria o equivalente a cerca de 40% do total de votos. “A isso, ainda se agregariam outras 900 atas que, tampouco, foram transmitidas porque vêm de zonas onde não nem energia elétrica, nem internet”, explicou Rixi Moncada, delegada do partido no Conselho Consultivo do TSE.

Segundo ela, os mesmos juízes eleitorais tiveram que chamar “a sua própria gente do Partido nacional” para deixarem de reter o envio de atas “onde estava ganhando o Libre”.
Juan Orlando Hernández se autodeclarou vencedeor, mesmo com apuração ainda incompleta

Estado de Direito

Salvador Nasralla, candidato do PAC, aprofundou a denúncia e assegurou que, neste momento, não há Estado de Direito em Honduras. “Os resultados estão dramaticamente violentados e não correspondem à realidade”, afirmou, em entrevista a Opera Mundi.

Em sua denúncia, Nasralla disse que, no sábado (23/11), se descobriram dois call center do Partido Nacional, onde se estariam fazendo e escaneando atas, que, depois, seriam enviadas ao centro de apuração, alterando os resultados.

Além disso, ele assegurou que “desconhecidos” haviam subtraído ilegalmente uma grande quantidade de CPU e de modens, para, depois, enviar atas falsas entrando no sistema de transmissão de resultados do CSE.

“Tenho todas as provas e já apresentei uma denúncia à fiscalização. Além disso, o partido do governo comprou muitos dos representantes de mesa do meu partido, para que se retirassem do centro de votação e não defendessem nossos votos”, explicou o candidato do PAC.

Narsalla reafirmou a vontade de não reconhecer os resultados do TSE e pediu novas eleições. “Se Honduras fosse um país decente, repetiria as eleições dentro de seis meses, e com voto eletrônico”, concluiu.


Opera Mundi

INS ‘Vikrant’ tem previsão de comissionamento para 2017

 











 
 
 
 
Segundo declarações feitas no último sábado (23) pelo chefe do Estado-Maior da Marinha indiana, almirante D.K. Joshi, o INS Vikrant, primeiro navio-aeródromo construído pela Índia, tem previsão de comissionamento para 2017. “Com o comissionamento do INS Vikrant, a Índia se juntará ao clube de elite das nações capazes de projetar a construir um porta-aviões com recursos e tecnologia próprios”, disse Joshi a jornalistas durante evento na Indian Naval Academy.

Ao ser questionado sobre o atraso de outro projeto – a construção de submarinos Scorpene em Mumbai – , o almirante declarou que os navios provavelmente estrarão em serviço em 2015.

O INS Vikrant está em construção nas instalações da Cochin Shipyard Limited, e foi oficialmente lançado em agosto deste ano.

FONTE: The Hindu (tradução e adaptação do Poder Naval a partir de original em inglês)

Forças Armadas russas recebem segunda brigada de mísseis Iskander-M

 











 
As Forças Armadas russas receberam a segunda brigada de sistemas de mísseis táticos Iskander-M, que será estacionada na região de Krasnodar, no sul do país. A primeira brigada entregue às Forças Armadas no último verão foi instalada em Birobidjan, no Extremo Oriente. Embora os detalhes não tenham sido divulgados, sabe-se que o programa federal de armamentos até 2020 prevê a criação de 10 brigadas de sistemas Iskander-M. A cada ano, duas brigadas destes sistemas, composta cada uma por 12 lançadores autopropulsados e uma frota de veículos de apoio, devem ser entregues ao Exército.

Os Comandos Militares do Centro e do Oeste contam com batalhões especiais de Iskander-M, mas as brigadas completas só estão, por enquanto, em serviço nos Comandos Militares do Sul e do Leste.

Além da Rússia, nenhum país possui o Iskander-M. Concebido para ser entregue a um país do Oriente Médio, possivelmente à Síria, seu apelido ignifica Alexandre Magno em árabe. O sistema, no entanto, não chegou a ser entregue a seu destinatário devido à retomada das relações diplomáticas entre a Rússia e Israel no início dos anos 1990 e ao pedido do governo israelense para não entregá-lo ao Oriente Médio.

Mesmo assim, a existe a versão de exportação do míssil, o Iskander-E, com alcance máximo de 300 km, conforme normas fixadas por acordos internacionais determinando esse como o alcance máximo para mísseis destinados à exportação. Além dos modelos M e E, ainda existe o Iskander-K.

O Iskander-M leva mísseis balísticos com um alcance máximo de 500 km, segundo os termos do Tratado INF (Tratado de Eliminação dos Mísseis de Médio e Curto Alcance entre a Rússia e os EUA). Já o Iskander-K conta com dois mísseis de cruzeiro supersônicos, que são extremamente difíceis de detectar por sistemas de defesa antiaérea e antimíssil.

Porém, um dos aspectos interessantes dos mísseis Iskander é que eles voam em uma trajetória irregular mais difícil de prever. A trajetória inicial é a de míssil balístico, depois como míssil de cruzeiro e, em seguida, retoma a trajetória balística para se aproximar do alvo a uma velocidade supersônica. Os mísseis dos sistemas Iskander podem ser equipados com ogivas explosivas, de fragmentação e nucleares.

Um aspecto a ser assinalado é que as brigadas de sistemas Iskander não possuem equipamento de reconhecimento. Sua função é cumprir missões de combate fixadas pelo comando de um exército ou de um Comando Militar de área. Portanto, recebem as coordenadas de alvos dos comandantes superiores, que, por sua vez, recebem informações de satélites, aviões de reconhecimento aéreo, aeronaves não tripuladas e outras fontes. Nesse nível, é elaborado um termo de informação e compatibilidade tecnológica único, que inclui uma nomenclatura, formato e o algoritmo uniformes de recepção e transmissão de informações para os sistemas de combate de todos os ramos das Forças Armadas do país.

Segundo o comandante das tropas de mísseis e de artilharia do Exército, general Mikhail Matvéevski, suas unidades utilizam não só os meios de reconhecimento tradicionais, mas também aeronaves não tripuladas, que permitem identificar alvos inimigos em tempo real.

FONTE: Gazeta Russa (Adaptação do Forças Terrestres)

Zona de defesa aérea chinesa é inaceitável, diz Japão





 
EUA também criticam a alteração da zona de segurança aérea da China

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, falou nesta segunda-feira sobre a nova zona de defesa antiaérea e de identificação obrigatória de aeronaves da China, anunciada neste sábado. A área inclui uma cadeia de ilhas também reivindicadas pelo Japão, o que levou Tóquio a protestar contra a medida. De acordo com Abe, a alteração da zona de defesa aérea da China é inaceitável e agrava uma situação que já é tensa entre os países.

“As medidas chinesas não têm nenhuma validade sobre o Japão e exigimos que a China revogue quaisquer ações que poderiam infringir a liberdade de voo no espaço aéreo internacional”, afirmou Abe durante uma sessão da Câmara Alta japonesa. O primeiro-ministro disse ainda que as medidas impõem regras definidas pelo exército chinês e violam a liberdade de voar acima do mar aberto, um direito assegurado por lei internacional.

Reação dos EUA – O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, chamou o movimento chinês de “tentativa de desestabilização na região”. “Esta ação unilateral aumenta o risco de mal-entendidos e erros de cálculo”, disse Hagel em um comunicado. “O anúncio por parte da República Popular da China não vai alterar a forma como os Estados Unidos conduzem operações militares na região”, acrescentou.

Yang Yujun, porta-voz do Ministério da Defesa Nacional da China, disse que a reação do Japão foi “absolutamente infundada e inaceitável”. “Exigimos fortemente que o lado japonês suspenda todos os movimentos que minam a soberania territorial da China, bem como observações irresponsáveis ​​que desencaminham opiniões internacionais e criam tensões regionais”, disse Yang. O porta-voz também pediu que os EUA “respeitem a segurança nacional da China e parem de fazer comentários irresponsáveis ​​sobre o Mar da China Oriental e a zona de defesa aérea da chinesa”.

Histórico – As Ilhas Senkaku – chamadas de Diaoyu pelos chineses – estão situadas no Mar da China Oriental, a 200 quilômetros a nordeste da costa de Taiwan – que também reivindica o arquipélago – e 400 quilômetros a oeste de Okinawa, no sul do Japão.

As relações entre Japão e China passam por uma crise devido à disputa pelas ilhas. Em setembro de 2012, o Japão comprou o arquipélago de proprietário japonês, o que provocou a ira de Pequim e motivou violentos protestos em várias cidades da China.

O desabitado arquipélago Senkaku/Diaoyu é composto por cinco ilhotas e três rochas. A área é importante rota e habitat de cardumes e por isso é frequentada por navios pesqueiros do Japão. Acredita-se, além disso, que a região na qual se encontram as ilhas possa abrigar grandes reservas de gás.

Zona de defesa aérea chinesa delineada em vermelho no mapa


FONTE: Veja/Estadão

domingo, 24 de novembro de 2013

Cargueiro da Embraer voa em 2014

 



O gigante está trancado em uma sala grande como ele mesmo, um prédio inteiro para acomodar com folga o corpo de 35 metros. O modelo em escala real do novo jato da Embraer, o cargueiro militar KC-390, criado para cumprir várias missões, fica isolado na reservada unidade de Eugênio de Melo, a 20 quilômetros da sede da empresa em São José dos Campos. O jato em modelagem ainda está sem as asas – seriam necessários outros 35 metros.

Do mesmo local, há pouco menos de 40 anos, o Brasil influenciou guerras travadas no Oriente Médio e no norte da África, armou Exércitos latinos e equipou ex-colônias portuguesas. Em certa época, o complexo de Eugênio de Melo abrigou a extinta Engesa – de onde saíram os blindados batizados com nomes de serpentes brasileiras, Urutu e Cascavel.

O tempo é outro e a influência está regida pelo mercado. O KC-390 é uma iniciativa focada na ampla demanda internacional detectada pela Embraer – cerca de 700 aeronaves desse tipo serão negociadas em dez anos por US$ 50 bilhões. “Acreditamos que poderemos entrar na disputa por alguma coisa como 15% desse total, na faixa de 105 unidades”, diz o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar.

Incluído no Programa de Aceleração do Crescimento – o PAC da presidente Dilma Rousseff -, o cargueiro e reabastecedor vai custar R$ 4,9 bilhões até a fase de construção dos 2 protótipos de desenvolvimento. A propriedade intelectual é da FAB. A etapa de encomendas pode chegar a mais R$ 3 bilhões – ao longo de 12 anos, estima o Ministério da Defesa.

O programa já acumula 60 cartas de intenção de compra emitidas por seis diferentes governos: Brasil (28 jatos), Colômbia (12), Chile (6), Argentina (6), Portugal (6) e República Checa (2). “Penso que, mais uma vez, chegamos na hora certa em um segmento restrito, não atendido pelas ações tradicionais”, diz Aguiar.

De fato, o nicho está virtualmente vago. O principal concorrente é nobre: o poderoso Hércules C-130J, o mais recente arranjo da Lockheed-Martin, para o seu quadrimotor turboélice. A primeira versão voou faz 60 anos. Até 2010, haviam sido entregues 2.500 deles para 70 clientes.

O KC-390 leva vantagem em quase tudo, a começar pelo fato de estar saindo agora das telas dos engenheiros de projeto. Mais que isso, transporta 23 toneladas contra os 20 mil quilos do C-130. Voa a 860 km/hora, mais alto, a 10,5 mil metros, e a um custo significativamente menor.

A concorrência de outras fontes é rarefeita e não se encaixa exatamente no mesmo viés, como é o caso do japonês Kawasaki C-2, em teste desde 2010, ou do europeu A-400M. Os dois são maiores e têm valor de aquisição elevado, de US$ 120 milhões a US$ 180 milhões. O modelo da Embraer fica na faixa pouco superior a US$ 80 milhões. E carrega tecnologia embarcada de última geração.

Os motores, por exemplo, permitem a operação nas pistas não pavimentadas e sem acabamento. As turbinas V-2500 da americana International Aero Engines não estão sujeitas à sucção de detritos. Todo o projeto utiliza conceitos avançados.

O pessoal. Na Embraer, o grupo de profissionais que trabalha no desenvolvimento do cargueiro e avião-tanque para reabastecimento em voo, é conhecido como “o pessoal do KC”.

Jovens quase todos, como o engenheiro Rodrigo Salgado, de 34 anos. Formado na escola de Itajubá, sul de Minas, trabalha na empresa há 11 anos. No programa, cuida dos aviônicos e da integração dos sistemas. Considera a possibilidade de conviver com o produto ainda por muito tempo, decorrência “do desenvolvimento contínuo e da atualização das funções”.

De olho na impressionante cabine, repleta de telas digitais, terminais móveis e painéis de instrumentos que dão ao módulo ares de ônibus espacial, um piloto de ensaios da Força Aérea torcia para estar na equipe dos testes, previstos para o primeiro semestre de 2015. Combatente, “com mais de 2 mil horas de voo” em supersônicos, e contemplado com um curso de especialização de custo estimado em US$ 1,2 milhão, o oficial avalia o advento do KC-390 na Aeronáutica “pelo valor estratégico: a aviação militar do País será capaz de se manter no ar, em quaisquer condições, com aeronaves de abastecimento, de ataque, transporte e inteligência, todas de projeto e fabricação próprios”.

O gigante da Embraer é parte de um acordo de cooperação entre a EDS e a Boeing. A composição abrange o compartilhamento de conhecimento tecnológico e avaliação conjunta de mercados. É um bom modelo. A Boeing produz transportadores de carga e reabastecedores em voo há não menos de 45 anos. A Embraer é inovadora e imbatível em redução de custos. Conforme Luiz Aguiar, a análise dos mercados potenciais incluirá clientes que não haviam sido considerados nas projeções iniciais para o KC-390. É uma forma cuidadosa de dizer que os alvos passam a incluir países como a Itália e, talvez, mesmo os Estados Unidos.
‘Há mercado em toda parte’



O diretor do Programa KC-390 trabalha na Embraer há 13 anos – e desde 2005, depois de um longo período na área de inteligência de mercado, atua na definição dos conceitos que levaram ao maior avião produzido pela empresa. Paulo Gastão é engenheiro formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), turma de 1976.

Como nasceu o programa KC-390?

No começo, aí por 2005, a ideia era outra, era a de usar partes do modelo civil 190, integradas a uma nova fuselagem com rampa traseira, e um ou outro ajuste. Era muito menor e mais leve. Ele foi revelado como C-390, apenas cargueiro, em 2007. Ao longo de 2008, a FAB, que já tinha entrado na história, revelou parâmetros do que seria o avião que serviria à Força. Redefinimos do zero. Trabalhamos em um avião completamente novo. O contrato foi assinado em abril de 2009. Assim foi a gênese.

Houve dificuldades, claro.

Ah, sim. Cada fase tem algo difícil. A primeira foi convencer as pessoas que vinham da outra ideia, a migrar para o novo avião. Depois tem o momento em que se diz “Será que vai dar certo? Nunca fizemos nada desse tamanho…”. Foi a etapa do ganho de credibilidade. Hoje, temos 1.500 pessoas trabalhando no KC-390.

O avião sairá da fábrica de Gavião Peixoto, a 300 km de São Paulo. Que tamanho terá o hangar de produção?

O pavilhão maior, da montagem final, é imenso, tem 13 mil metros quadrados com pé direito de 22 metros, cerca de sete andares de altura. O vão livre para movimentar o avião tem de ter 18 metros. Fica pronto nas próximas semanas. O módulo por onde passará o KC-390 é um hangar de 40 por 60 metros.

Em relação ao mercado mundial, em que regiões o KC pode prosperar?

É um mercado muito espalhado, tem potencial em toda parte, não depende de poucos e grandes clientes. Nosso estudo de mercado endereçado indica demanda por 700 aeronaves em 80 países (menos Estados Unidos, Rússia e China) em 10, 15 anos. A gente quer disputar pelo menos 15% disso.

Quais são os concorrentes do 390?

Há um projeto conjunto da Índia e da Rússia, mas em fase preliminar. Os chineses falam do Y-9, um turboélice. Ainda indefinido. O japonês Kawasaki está focado na necessidade interna. Tem quem pergunte sobre o A-400M, da Airbus. É uma outra classe de carga, alcance maior, preço bem maior. Sobra o C-130J. Não é pouco. A Embraer encara todo concorrente com muito respeito.

Haverá uma versão de ataque ao solo como o Hércules Spectre/Stinger II, armados com canhões, mísseis, foguetes e bombas?

Não está no portfólio e depende de haver um cliente que eventualmente queira essa versão. Acho difícil.

 
O Estado de São Paulo

Putin desfruta da crescente influência da Rússia no Oriente Médio

Novo papel de liderança dos russos no Oriente Médio se dá mais por causa da passividade dos Estados Unidos do que por méritos próprios. E pode durar pouco.



Ele foi sugerido para o Prêmio Nobel da Paz, tomou o lugar do presidente dos Estados Unidos no topo da lista das pessoas mais poderosas do mundo da revista Forbes e está de viagem marcada para visitar o papa – as coisas não têm sido tão ruins para o presidente russo, Vladimir Putin.

Para consolidar a nova posição da Rússia – de ator influente no Oriente Médio – Putin tem exercitado a diplomacia. Nesta segunda-feira (18/11), ele falou por telefone com o presidente sírio, Bashar al-Assad, e com o presidente iraniano, Hassan Rouhani. Dois dias depois, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, esteve em Moscou, e uma visita do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, está prestes a ser acertada.

"Os russos estão desfrutando de um ressurgimento em todo o Oriente Médio", diz Jonathan Eyal, diretor do instituto britânico Royal United Services Institut, um centro de estudos de defesa e segurança. "Há uma grande frustração em relação aos americanos, especialmente no que se diz respeito às negociações com o Irã, as quais, na opinião de muitos árabes, estão indo contra seus próprios interesses."

"É claro que Putin aproveitou uma série de fatores, criando uma grande abertura para a Rússia", diz Leon Aron, diretor de estudos russos no American Enterprise Institute, um centro de estudos sobre relações internacionais.

Três vias: Síria, Egito e Irã

Entre esses fatores, o mais espetacular foi fechar o acordo sobre as armas químicas da Síria, quando Putin habilmente transformou um comentário espontâneo do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, em salvação para seu aliado Assad. "Foi de tirar o chapéu", avalia Aron.

Enquanto isso, a Rússia está aproveitando o vácuo de influência no Egito, para onde os EUA pararam de mandar ajuda financeira depois que um golpe de Estado depôs o presidente Mohammed Morsi. Depois de um intervalo respeitoso, dois ministros russos, o do Exterior, Sergei Lavrov, e o da Defesa, Sergei Shoigu, visitaram o Cairo, na semana passada, para discutir um possível acordo, no qual a Rússia venderia sistemas de defesa antimísseis para os militares egípcios.

Além disso, a Rússia também está tirando proveito do inesperado progresso nas discussões sobre o programa nuclear iraniano. As negociações, que poderiam levar a um acordo de inspeções nucleares em troca do relaxamento de sanções, não estão agradando nem a Israel nem à Arábia Saudita.

"Há uma clara discordância entre os membros da coalizão que apoiaram as sanções ao Irã", diz Aron. "Os franceses querem mantê-las, e é improvável que o Congresso dos EUA vá relaxar qualquer tipo de sanção. Então, os EUA estão novamente enfraquecidos, e, para Putin, a definição da Rússia como uma grande potência se dá em oposição aos EUA."

Poder russo ou fraqueza americana?

O especialista em assuntos russos Stephen Sestanovich, do Council of Foreign Relations, um centro de estudos dos EUA, diz que a visão de Putin é compartilhada por muitos americanos. "A grande maioria tem um sentimento negativo em relação a Putin: ele é considerado um símbolo antiamericano", afirma. "Este ponto de vista, obviamente, amplia suas conquistas: quando ele consegue o que quer, isso é visto como uma derrota americana."

Por outro lado, a política externa de Putin está sujeita a pressões inerentes à sua natureza. A visita de Netanyahu ao Kremlin foi uma tentativa desesperada de impedir um acordo internacional com o Irã. Mas a Rússia, como um membro do grupo P5+1, que conduz essas delicadas negociações, não deve ameaçar a possibilidade de um acordo, especialmente depois que Putin disse a seu colega iraniano, nesta segunda-feira, que "surgiu uma oportunidade real de encontrar uma solução para esse problema de longa data".

A especialista Lilia Shevtsova, do Carnegie Moscow Center, lembra que a política externa da Rússia é paralisada também por outros motivos. "Moscou não tem recursos suficientes ou capacidades diplomáticas para manter este ritmo", comenta.

Ela lembra ainda que Putin, assim como o presidente dos EUA, Barack Obama, tem que lidar com preocupações domésticas. "Para Putin, a política externa é apenas um meio para assegurar seu próprio poder", diz. "Muita gente não apoia sua política interna, mas apoia a crescente importância da Rússia no cenário internacional. A Rússia está afundando numa crise e está tentando compensar isso com atividades internacionais. E, por coincidência, isso está acontecendo exatamente quando o Ocidente passa por dificuldades."

Ela afirma que o sucesso do acordo sobre as armas químicas da Síria serviu para esconder outros problemas que Putin está enfrentando. "De uma maneira geral, os americanos tendem a superestimar a habilidade de Putin", diz. "Em muitos aspectos, a política externa dele fracassou – afastando os seus vizinhos europeus, assim como os principais governos do Oriente Médio e os EUA. Se Putin conseguir de fato restabelecer uma relação segura com o Egito, seria impressionante."

Tudo pode mudar

Há ainda bons motivos para acreditar que essa atitude mais "moderada" de Washington em relação ao Oriente Médio não deva durar muito tempo. No mais tardar, deverá mudar em 2016, quando Obama deixar o cargo. "A política dos EUA é muito personalizada", diz Eyal.

Além disso, Eyal também discorda da opinião generalizada de que os EUA estão em um declínio de longo prazo. "Se você considerar a quantia que os americanos gastam com defesa, por exemplo, fica claro que eles têm a maior capacidade militar do mundo, e continuará sendo assim pelas próximas décadas."

A ideia de que os EUA vão ignorar o Oriente Médio não faz sentido, afirma. Ele cita cita três motivos importantes: a sobrevivência de Israel é uma questão "pessoal" para os EUA, a necessidade de garantir recursos energéticos para a economia mundial – mesmo que os EUA sejam menos dependente dos recursos fósseis da região – e, em terceiro lugar, o fato de que a proliferação de armas de destruição em massa e de extremistas islâmicos continua sendo uma ameaça à segurança do país.

Tudo isso, claro, não impede Putin de desfrutar o seu atual momento de glória diplomática – dure o quanto durar.
 
 
Nota G&D: É muito claro o fato de, os EUA estarem bem mais focados em problemas internos, e é muito claro também o redução no orçamento de defesa e o inicio da defasagem e redução de suas FA. E a Russia como natural contraponto, esta de fato aproveitando-se disso para aumentar a influencia no cenário global, mas definitivamente isso não e um evento corriqueiro e com o crescimento do BRIC, a perda de influencia dos EUA tende a diminuir gradativamente.
 

sábado, 23 de novembro de 2013

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Lembo diz que há base legal para impeachment de Barbosa

Para ex-governador de São Paulo, poder Judiciário 'não pode ser instrumento de vendeta' e classificou de "constrangedora" a atuação de Barbosa.


O ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo é mais uma voz dos setores conservadores da sociedade a também manifestar repúdio pelas arbitrariedades do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, contra os condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão.

Lembro criticou a maneira com Barbosa determinou as prisões dos réus, desconsiderando seus direitos e obrigando um deles em particular, o deputado federal José Genoino, a ficar quase uma semana encarcerado com graves problemas de saúde.

“Foi constrangedor, um linchamento”, disse o ex-governador ao programa É Notícia, da Rede TV, segundo a página da emissora na internet. O programa vai às 0h30 de segunda-feira (25).

Lembo disse ainda que as ilegalidades da prisão podem levar ao impeachment de Barbosa. "Nunca houve impeachment de um presidente do STF. Mas pode haver, está na Constituição. Bases legais, há (...).O poder judiciário não pode ser instrumento de vendeta", afirmou.

Fonte: Rede Brasil Atual
 
 
Nota G&D: Quem diria, Barbosa, indicado por Lula em 2003 agora, manda em cana todos os conhecidos pelo pig como mensaleiros. Lula inclusive reconheceu que indicar Barbosa foi um grande erro. A direita comemora, a Abril comemora. Mas nós temos o que comemorar? Aí e possível observar o tamanho da hipocrisia e da impunidade que esta estruturalmente ligado ao "estado brasileiro". 6 anos, de um verdadeiro show midiático, um verdadeiro BBB mensalão. mobilização de boa parte da população pra que? para botar na cadeia uma dúzia de políticos corruptos? Em países como China, Inglaterra ou mesmo na terra do tio sam, um fato como esse receberia tamanha importância? ou mesmo tanta enrolação já que são apenas bandidos que desviaram dinheiro publico indo pra cadeia.(roubar e coisa de pobre, rico desvia). Barbosa não e nenhum santo, esta intimamente ligado ao PIG(seu filho trabalha na GLOBO) possui uma casa de +1 milhão em Miami, criou uma empresa de fachada para evirtar tributos e da forma mais descarada, CONDENOU SEM PROVAS! obviamente ninguém deve condenar sem provas para não abrir precedentes mas todos nos sabemos que de inocentes os mensaleiros não tem nada(talve J.Jenuino, mas esse calou-se perante a corrupção, e quem cala...) o que resta saber é, BARBOSA IRÁ TRABALHAR COM TANTA VONTADE APONTO DE TRABALHAR EM UM FERIADO PARA JULGAR O MENSALÃO TUCANO? duvido muito.